A Verdade – um estudo filosófico, parte II

Por Ir. Jean-Dominique, o.p.
Tradução de Euro B. de Barros


Santo Tomás de Aquino, pintura do ano 1800, autoria desconhecida (Hulton Fine Art Collection) 

** Ler a primeira parte

Artigo 1º — Definição e Divisão da Verdade

A FIM DE DESCOBRIRMOS em que consiste, exatamente, a verdade, acompanharemos Santo Tomás no seu primeiro artigo, que leva o título: “A verdade está nas coisas ou tão-somente na inteligência?”.

    A linguagem corrente utiliza o termo “verdade” em dois sentidos. Para começar, diz-se que uma coisa é verdadeira. Por exemplo, alguém poderia dizer: "Este cinto é de couro verdadeiro (legítimo)"; ou: "Este acontecimento nos causa verdadeira felicidade; ou ainda: "Tal homem é um verdadeiro artista".

    Quer-se dizer com isso que a coisa em questão realiza plenamente sua definição, ou que ela corresponde perfeitamente à intenção de quem a faz. – À verdade dessa natureza se chama verdade ontológica

    Por outro lado, empregamos o termo “verdade” para dizer que tal propósito é verdadeiro, tal asserção é verdadeira, como: "A verdade é que a corrupção generalizada dos nossos políticos daquele país parte do exemplo do próprio presidente da república". No sentido contrário, podemos dizer, também, que determinada proposição é falsa (com o sentido de desprovida de verdade ou contrária a ela). Quando dizemos de uma afirmativa que é verdadeira ou falsa, estamos falando da verdade lógica.

    Destas duas acepções, qual convém mais propriamente à verdade? A resposta de Santo Tomás vai-nos dar a definição de verdade.

    Uma vida consagrada à verdade é uma vida sacrificada, por certo, pois se trata de restaurar a ordem destruída, isto é, a primazia da contemplação (da própria verdade). Mas ela também está subentendida na alegria e no entusiasmo da pesquisa, no maravilhar-se pela descoberta. Seu caminhar pode resumir-se em três proposições:

    1) Há verdade quando há conhecimento completo;

    2) Há conhecimento quando há certa presença do objeto naquele que o conhece, e, pois, certa “conformidade” da inteligência à coisa;

    3) A verdade está, pois, primeiramente na inteligência (verdade lógica), e secundariamente nas coisas (verdade ontológica). – Estas são as duas primeiras asserções de Santo Tomás que nos interessam aqui, para que possamos, afinal, definir o que é a verdade.


Há verdade quando há conhecimento completo


Santo Tomás parte do princípio que verificamos no preâmbulo: “Chama-se verdadeiro aquilo para o qual tende a inteligência”.

    Ora, aquilo para o qual tende a inteligência é o conhecimento. Ela busca conhecer o que a cerca, tão profundamente quanto possa.

    A verdade é, portanto, o caráter do nosso conhecimento: estar na verdade, conhecer as coisas realmente. O verdadeiro é o termo em que o conhecimento repousa, seu bem, sua perfeição, seu coroamento; ao passo que o erro é o seu insucesso, seu aborto, seu mal, sua imperfeição.

    Se eu digo, por exemplo, que tal homem é marceneiro, celibatário e protestante, enquanto ele de fato é confeiteiro, casado e católico, então eu não o conheço realmente, não estou na verdade.

    A rigor, não há conhecimento completo que não seja verdadeiro. Um conhecimento falso não é conhecimento. Do mesmo modo que a natureza de um retrato é conformar-se perfeitamente ao modelo, – e se não o faz, já não é um retrato, – assim também a natureza do conhecimento é corresponder ao seu objeto, adaptar-se exatamente a ele: se não o faz, não existe como conhecimento; se o faz, está tudo dito, ele é verdadeiro.

    Notemos, entretanto, que um conhecimento pode ser inteiramente verdadeiro sendo limitado. Este é sempre o nosso caso. Não sabemos absolutamente tudo e, no entanto, sabemos algumas coisas, como diz o Apóstolo: "Agora vemos como por um espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos faze a face. Agora meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido" (1Cor 13,12).



Como se realiza o conhecimento?


Esta questão nos conduzirá à noção exata da verdade. Santo Tomás diz, sem explicações: “Há conhecimento na medida em que o conhecido está no conhecedor”. E aqui reside a dificuldade: Como o objeto conhecido pode estar naquele que conhece?

    Perguntemo-lo, antes, em linguagem corrente. Numerosas expressões traduzem a ideia de conhecimento, com termos que expressam certa "posse", uma "tomada": recebe-se uma informação; compreende-se (apreende-se) um problema; assimila-se uma ideia; abraça-se toda uma questão; possui-se um motivo, ou, ao contrário, ele nos escapa.

    Certas comparações são tomadas da nutrição: fala-se em "devorar um livro"; "alimentar-se da Bíblia"; ter "digerido bem um texto". Em Lectio Divina se usa a expressão ruminar o texto sagrado. Todas estas expressões são sinônimas de compreender bem.

    Pode-se dizer, também que determinado discurso nos enriqueceu. Todas essas expressões sugerem a ideia de que conhecer é nutrir-se de algo, tomá-lo para si, captar algo (de real), possuí-lo em si de certa maneira. Por exemplo: quando acabamos por surpreender uma ação encoberta, ou por saber um segredo, sentimos perfeitamente que, daí em diante, levaremos conosco esse fato, ou nos sentimos um pouco como um ladrão que toma algo para si, que leva consigo o produto do seu roubo.

    Em resumo, o conhecimento é um ato pelo qual a inteligência "toma posse" do objeto que conhece, tornando-o presente em si de certa maneira. Como, evidentemente, esta presença não pode ser física, só pode ser espiritual, dado que a inteligência que a recebe é, ela própria, espiritual.

    Não nos proporemos, aqui, a questão a respeito de como uma coisa material pode estar presente numa inteligência espiritual. Vamo-nos contentar em constatar que essa presença é uma informação. A inteligência, antes de conhecer, é como um quadro-negro ('tabula rasa', disse Aristóteles). Quando é posta em contato com seu objeto, ela recebe um aperfeiçoamento, como se fosse um acréscimo, que não é outra coisa senão um simulacro do objeto. De certa maneira ela “se torna” seu objeto pela informação que recebe dele. A inteligência se transforma de acordo com o seu objeto, e se modela sobre ele.

    Segundo Santo Tomás, o objeto conhecido é a perfeição daquele que conhece. Se vincularmos o que vimos até aqui à nossa primeira afirmação (Há verdade quando há conhecimento completo), seremos levados a constatar o que é a verdade: a verdade está na inteligência na medida em que esta se torna conforme a coisa inteligida.

    A inteligência que conhece é verdadeira (ela está na verdade) enquanto tem uma similitude com a coisa conhecida, similitude que é sua forma tanto quanto a conhece.

    A inteligência é verdadeira na medida em que está identificada (adaequatur) à coisa conhecida.”

    “Encontra-se a verdade na inteligência na medida em que ela apreende a coisa tal qual é.”

    Isso é o que exprime esta definição de verdade, formulada por um filósofo árabe do século X (Isaac), e reproduzida por Santo Tomás: “Veritas est adaequatio rei et intellectus”: A verdade é a adequação (conformidade, correspondência) entre a inteligência e a coisa”.

    Esta definição é completa? Não, porque falta ainda precisar em que ato da inteligência reside a verdade (o reto julgamento das coisas). Mas agrada por enquanto, porque é suficiente para responder à questão que se põe: a verdade reside, com propriedade, na inteligência. Ela está nas coisas secundariamente.

    Ficaremos nós, também, com esta definição, porque ela lança uma luz muito forte sobre o nosso objeto, e vai permitir-nos responder, já, a certas opiniões errôneas.

    A lição principal que ela nos dá consiste em que a verdade é uma relação entre dois termos: um sujeito que conhece e o objeto conhecido. Relação de conformidade e, portanto, de dependência, que resulta de ter sido o sujeito transformando, aperfeiçoado por tal ou qual característica do objeto.

    Os erros mais importantes que encontramos a respeito do que definimos até aqui provêm, precisamente, do esquecimento da existência de um destes dois termos da relação, a saber, do objeto conhecido. Podemos apontar quatro erros fundamentais que grassam nas mentes contemporâneas:

    Erro 1: "É a sinceridade que faz a verdade". – Alguém pode ser muito sincero e mesmo assim estar completamente equivocado em relação à verdade.

    Erro 2: "É a maioria que faz a verdade". – Nada mais incorreto, e a história está repleta de exemplos que o demonstram. A maioria da população da Alemanha nazista parece ter acreditado, em algum momento, que o regime nazista era justo, digno, positivamente progressista e que seria permanente.

    Erro 3: "É orgulho pretender possuir a verdade". – Se assim fosse, teríamos que rotular como "orgulhosos" praticamente todos os maiores gênios que a humanidade já possuiu, a começar pelo próprio Jesus Cristo homem, que dizia com absoluta propriedade: "Em verdade vos digo...).


    Erro 4: "A verdade evolui". – O que era objetivamente verdade ontem, permanece hoje e continuará eternamente, a despeito de todas as mudanças, tendências e/ou variáveis do mundo e da natureza.

    A seguir, aprofundaremos melhor as respostas a cada uma destas objeções errôneas.


Respostas a algumas objeções

    1 — Sinceridade e verdade

    “O que conta é estar bem consigo mesmo... estar de acordo com a sua consciência... ser feliz como se é... dizer o que se pensa... o que vale é a espontaneidade da palavra ou do gesto.”

    Essas reflexões vem e voltam, com muita frequência, aos lábios dos nossos contemporâneos. Desenvolvem sempre a mesma ideia: é a sinceridade que faz a verdade. Estar na verdade consistiria, então, em estar conforme a uma coerência interior, sem encontrar nenhum obstáculo, nenhuma dúvida no desenvolvimento da nossa vida psicológica.

    A primeira resposta que podemos dar a essa opinião é constatar os presídios cheios de pessoas coerentes consigo mesmas, que seguem sua própria consciência. Pode-se até pensar que os maiores inimigos da humanidade, como Herodes ou Stalin, tenham sido homens sinceros. Esse critério de verdade é, pois, fraquíssimo!

    Isso aparece ainda mais claramente se nos reportarmos à definição de verdade. Limitar a verdade à sinceridade é negar um dos termos da “adequação” que acabamos de ver. A verdade deixaria de ser a conformidade com a coisa real que ela conhece. É fazer do conhecimento como que um jogo solitário.

    Para que haja verdade é preciso uma comparação, um contato com o real. É o que expressou Aristóteles:

Tu não és branco porque julgamos que sejas branco, mas, ao contrário, julgamos que és branco porque tu o és na realidade. Donde é manifesto que é a disposição da coisa (aquilo que a coisa é em si mesma) que é a causa da verdade do pensamento e da palavra...(ARISTÓTELES. Metafísica)

    Não se pode expressar melhor o caráter objetivo da verdade.


    2 — Maioria e verdade

    A primeira opinião a que respondemos destruiria a verdade, limitando-a à conformidade de um homem consigo mesmo. A segunda que se nos apresenta tenta fazer consistir a verdade na conformidade com a opinião da multidão. O que diz a maioria das pessoas; “o que se diz”; “o que pensa a opinião pública”; os produtos do sufrágio universal ou até “o que se diz na televisão”: aí estariam os critérios da verdade de muitos dos nossos contemporâneos.

    O pior mal, neste aspecto, é a demissão da inteligência. – Assim como a opinião anterior, esta segunda crítica não se dá conta do objeto real por conhecer, mas, – ainda mais grave, – destrói o próprio sujeito, podando-lhe sua atividade própria de apreensão do real, do raciocínio, da verificação do que é e do que não é, objetivamente. O indivíduo que não adequa sua opinião à da maioria é excluso, hostilizado, por vezes ridicularizado.

    Reconheçamos que em certos casos, supondo que os homens sejam direitos e bem-informados, o que foi crido por todos e por toda a parte tem, sim, chance de ser verdadeiro. Porém esse acordo universal não é mais que um indício de verdade, e não um critério absoluto.


    3 – Posse da verdade: sinal de orgulho ou de humildade?

    A terceira opinião toma a forma de reprovação frequentemente dirigida às testemunhas da verdade: "Dizeis ter a verdade? Orgulhoso! Arrogante! Que auto-suficiência! Filósofos bem mais inteligentes que vós têm sabido reconhecer seus limites. Ademais, as constantes controvérsias entre os homens bem provam a inanidade da vossa pretensão. Valeis mais que os outros?"

    Aquele que conhece a verdade é o mais sábio, mais valoroso? A isto respondemos: sim e não.

    Sim, é orgulho pretender ter a verdade, se nós mesmos a fazemos. Sim, é orgulhosa a inteligência que deseja ser a regra da verdade, e que se esforça por construí-la.

    Veremos nos artigos seguintes que esse é, precisamente, o erro fundamental dos filósofos contemporâneos. Citemos, a título de exemplo, o socialista Jan Jaurès (1859-1914), um dos mestres do pensamento daqueles que nos governam hoje:

Toda verdade que não vem de nós é uma mentira. Se o próprio Deus aparecesse diante das multidões de forma palpável, o primeiro dever do homem seria recusar obediência, e considerá-lo como a um igual com quem se discute, e não como o mestre.(Les Deux Méthodes,1900)

    Ao contrário, a definição da verdade que resgatamos mostra-nos o estado de total dependência da inteligência em face do real. Longe de ser uma marca de orgulho, a posse da verdade é, portanto, a marca de certa humildade. É o sinal de que a inteligência soube deixar–se gravar e ser informada. É um sinal muito importante que nos impede de seguir por caminho falso.

    A inteligência não aborda a verdade como um superior. Aproxima-se como um mendigo, um inferior. A inteligência está a serviço da verdade, e não o inverso. Serviço afetuoso, por certo, e entusiasmado, porém respeitoso.

    São Bernardo desenvolve essa ideia no início do seu tratado "Os Graus da Humildade e do Orgulho". A verdade a que ele visa é o próprio Nosso Senhor, a Verdade. Mas o que ele diz também se aplica, muito bem, às parcelas de verdades que podemos esperar.

    Comenta a Palavra de Jesus Cristo: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,16). “O Caminho é a humildade que conduz à Verdade.” Para justificar sua interpretação, cita Nosso Senhor: “Aprendei de mim, que sou doce e humilde de coração” (Mt 11,29). “Ele se oferece, pois, como modelo de humildade e doçura. Se for imitado, não se andará nas trevas, mas à luz da vida” (Jo 8,12). “Ora, o que é a luz da vida senão a Verdade, a Verdade, digo, que ilumina todos os homens deste mundo e lhes mostra o verdadeiro caminho? [...] Considero o caminho, isto é, a humildade, e desejo o fruto, quer dizer, a verdade. [...] O conhecimento da verdade se encontra no alto da escada da humildade.”

    S. Bernardo cita, igualmente, e comenta no mesmo sentido, a prece de Nosso Senhor (Lc 10,21): “Eu vos dou glória, ó meu Pai, Senhor do Céu e da Terra, cujo conhecimento das coisas encobristes — isto é, a verdade — aos sábios — isto é, aos orgulhosos — e que revelastes aos pequenos — isto é, aos humildes (Mt 11,25).” “Por aí se vê que a verdade é coberta para os soberbos e revelada aos humildes.”


    4 – A verdade evolui

    Esse novo slogan também é frequentemente encontrado: “O que dizeis é interessante, mas valia noutros tempos”; “o que era verdadeiro ontem, já não o é hoje”.

    A definição de verdade continua a nos dar a resposta. O critério da verdade é a conformidade da inteligência ao real. Daí, se o objeto conhecido não muda, a verdade não mudará. Ao contrário, se o objeto muda, o que dizíamos dele já não será verdadeiro.

    Se encontro um menino, por exemplo, que mede um metro e se afirmo: “Ele mede um metro”, estou na verdade. Se, dois anos depois, ao passo que o menino cresceu 20 cm, eu continuo a afirmar que ele mede um metro, estou em erro. Mas, se disser: "Há dois anos ele media um metro", continuo na verdade. Foi o menino que mudou, e não a verdade que eu disse sobre ele. Além disso e mais profundamente, se eu afirmo do menino, nessas duas épocas, que ele tem natureza humana e que, portanto, deve obedecer a determinadas leis, e que é feito para o Céu, então digo uma verdade que não mudará jamais.

    A permanência (ou, ao contrário, a variação) da verdade decorre da permanência (ou mudança) do objeto. Decorre da característica objetiva da verdade. Verdade e objeto estão intrinsecamente ligados.

    Eis, portanto, as características da verdade que sua definição nos permite conhecer, e que essas objeções fizeram ressaltar: a verdade é objetiva, é imutável na medida em que o objeto é imutável. Essa mesma definição guiará o prosseguimento do nosso trabalho. A verdade, sendo a adequação da inteligência ao real, e portanto uma relação entre dois termos, fará com que seja necessário estudar o papel especial desses dois termos na gênese da verdade.

    O artigo 2º estudará a verdade do lado da inteligência. Em que ato da inteligência se situa, e como ela aí nasce. O artigo 3º considerará a verdade do lado do objeto. Um último artigo nos permitirá tirar algumas conclusões práticas ao estudar as relações entre o bem e a verdade.


– II –

O primeiro artigo da questão em que Santo Tomás estuda a verdade, na Suma Teológica (I, q. 16, a. 1), permitiu-nos resgatar a definição da verdade: “A verdade é a adequação entre o real e a inteligência”. Em sua simplicidade, essa definição parece evidente, e não deverá suscitar nenhuma dificuldade. No entanto, quando se estudam de perto os sistemas de pensamento que dirigem a vida intelectual da Europa desde o século XVII, verifica-se que todos têm como ponto de partida a negação dessa definição. Essa rejeição é como um fundo comum que une todos eles.

    Isso aparece, por exemplo, num manual de preparação para um exame de Filosofia. No capítulo “verdade”, um resumo histórico descreve assim a concepção da verdade na Idade Média: “Na Idade Média, é a famosa adequação entre a coisa e o espírito o que constitui a doutrina da verdade. A verdade é, então, a conformidade e adequação do nosso pensamento às coisas.”

    Muito bem. O texto prossegue em forma de comentário: “Mas o que pode significar uma verdade-cópia? Toda verdade supõe uma construção, não uma fotografia pura e simples da realidade”(!). Após essa execução sumária, passa imediatamente aos dois filósofos que solaparam tal concepção realista: Descartes e Kant.

    Uma oposição quase generalizada caracteriza a questão. Nós a abordamos como a um divisor de águas. Segundo a posição que tomamos, nossa vida intelectual, moral, política, religiosa se estabelecerá em mundos totalmente diferentes. Mais do que em qualquer outro lugar, não temos a direito de nos enganar.

    Os que nos objetam a argumentação incitam-nos, igualmente, a prolongar nosso estudo a partir do mesmo ponto em que o deixamos. Essa "verdade-cópia", que eles recusam, e que seria como que uma fotografia, onde o sujeito permanece puramente passivo, essa “verdade” não é aquela da adequação. Não é a do realismo. Vemo-nos obrigados a precisar e defender esta última.

    ** Ler a terceira parte

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Fonte:
A Verdade: estudo filosófico. DOMINIQUE, Jean. Campo Grande: Ed. Santo Tomás, 2003.
www.ofielcatolico.com.br

2 comentários:

  1. Impressionante e incrível aula.

    Muito obrigado! E que Deus abençoe este trabalho.

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  2. Tenho, constante e incessantemente, buscar agir como a um fiel católico, o que é facilitado, em parte, pelos textos aqui encontrados.

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