PADRE ROBSON SEGUE investigado – até o momento sem desfecho do caso – por suspeita de desvio do valor de R$120 milhões de doações da parte de fiéis católicos para as obras promovidas pela AFIPE (Associação Filhos do Pai Eterno).
Entendendo a investigação do MP
Segundo Carolina, a mãe de Welton, o "hacker" que extorquia dinheiro do sacerdote, foi quem apresentou o documento. De acordo com a denúncia do MP do Estado de Goiás (MP-GO), na tentativa de fazer o dinheiro extorquido parecer lícito, os criminosos tentaram simular a venda de uma casa de luxo para a AFIPE, e por isso teriam falsificado a assinatura do padre Robson.
Operação Vendilhões
A partir dessas extorsões, o MP deu início à Operação Vendilhões, deflagrada na última sexta-feira (21). Ela apura desvios na ordem R$ 120 milhões em doações de fiéis por parte da Afipe, presidida até então pelo padre Robson, figura presente na cena católica e bastante famoso em Goiás.

Desde o ano 2016, dois procedimentos de investigação (um administrativo, na Corregedoria da Polícia Civil; outro criminal, no MP de Goiás - MP/GO) seguem em aberto. Essas investigações tentam justamente desvendar as circunstâncias da fuga de Welton Ferreira Nunes Júnior (foto), de 29 anos, ocorrida há pouco mais de 4 anos, no âmbito da Operação Reis do Gado, suspeito de liderar um grupo de roubo de bovinos em Goiás. Trata-se do "hacker" que liderou o esquema de extorsão contra o padre Robson de Oliveira, da AFIPE (Associação Filhos do Pai Eterno).
Welton foi preso e, apenas um mês depois, simplesmente evadiu-se da carceragem da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), em Goiânia, que era monitorada por funcionários da Delegacia Estadual de Capturas (DECAP), escapando tranquilamente pela porta da frente, motivo pelo qual os investigadores suspeitam de facilitação mediante pagamento de propina. O caso só veio à tona sete dias depois, sendo noticiado pela mídia no dia 7 de julho.
A Corregedoria da Polícia Civil de Goiás disse ter instaurado, na época, um procedimento administrativo para investigar o fato. O procedimento, entretanto, não obteve nenhuma conclusão, permanecendo ainda em andamento, apesar dos fortes indícios de participação de agentes policiais na fuga.
Na parte criminal, a investigação foi instaurada na época pelo então coordenador do Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público de Goiás (MP-GO), promotor Giuliano da Silva Lima. Uma cópia do relatório foi enviada à Corregedoria da Polícia Civil e o inquérito encontra-se hoje no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), responsável pela investigação de todo o caso envolvendo o padre Robson.
Por meio de seu advogado, Welton disse que não se manifestará sobre um procedimento administrativo ao qual ele não responde. Em relação ao inquérito instaurado pelo MP/GO, de caráter criminal, o advogado do rapaz, Ricardo Silvestre, diz que não há o que manifestar, já que o fato ainda não gerou ação penal.
Suspeitas
Welton só foi recapturado pela polícia um ano depois, no dia 30 de junho de 2017, no Rio de Janeiro, e naquele momento já era procurado pelo crime de extorsão do padre. Segundo a denúncia oferecida à Justiça pelo MP-GO, referente ao caso, as extorsões ocorreram entre março e junho daquele ano.
Descobriu-se que Welton liderou tudo, contra o padre, enquanto estava escondido, residindo em um apartamento próprio na Barra da Tijuca, RJ.
A investigação que desencadeou a Operação Reis do Gado, em 2016, descobriu que Welton tinha um patrimônio avaliado em torno de R$ 6 milhões. Ele foi preso, na época, em uma residência de alto padrão, no condomínio Jardins Valência, em Goiânia. O crime de roubo de gado era efetivado através da abordagem de caminhoneiros nas estradas: os membros do grupo criminoso se passavam por policiais civis, usando um veículo similar a uma viatura.
Ex-policial sócio
Um dos investigados no procedimento de investigação criminal da fuga de Welton, inclusive, e que teria atuado para intermediar a negociação com os agentes e acertar o pagamento, em 2016, é o ex-policial civil e sócio de Welton (na empresa 'Escava Gyn Locações de Máquinas' Ltda., com sede em Goiânia), Elivaldo Monteiro de Araújo, de 48 anos. É um dos que estão presos e condenados pelo crime de extorsão contra o padre, ocorrido em março do ano passado.
De acordo com a investigação do MP-GO, Elivaldo estava alocado na DEIC durante os meses em que o padre Robson foi alvo de extorsão, em 2017. Em uma das situações apuradas, após um plantão na delegacia, ele teria ido pessoalmente buscar parte do dinheiro, pago pelo padre.
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Portal 'Mais Goiás', disp. em:
emaisgoias.com.br/hacker-de-padre-robson-fugiu-da-delegacia-em-2016-caso-segue-sem-desfecho/
Acesso 29/8/2020
Ele pode ser inocente
ResponderExcluirSe o padre Robson cometeu crime financeiro e manteve casos amorosos deve responder por isso. Mas, pau que dá em Chico, dá em Francisco e é preocupante a quantidade de casos de enriquecimento ilícito e mau uso de dinheiro de fiéis no nosso país, entre investigados e (apesar da publicidade e notoriedade) não investigados. Além da suspeita de lavagem de dinheiro de corrupção, em forma de doações volumosas e inexplicáveis a líderes religiosos. Sem muito esforço se cria uma lista com diversos nomes (e na maioria famosos e prestigiados), são contas milionárias, compras de imensas propriedades rurais, emissoras de TV etc. Os charlatões/mercenários da fé, vendilhões do templo, ou como alertava São Pedro (2 Pedro 2) os falsos doutores (que fazem comércio dos fiéis) trazem imenso dano a fé, enquanto enchem os próprios bolsos. No nosso país as Igrejas não pagam impostos justamente em razão da obrigação de reverter o dinheiro dos fiéis, para as atividades de evangelização e assistência aos necessitados, porém como vemos a prática é muito diferente. O dinheiro e o poder corrompem desde o início da humanidade, visto que Eva comeu do fruto proibido após a serpente lhe prometer poder semelhante ao de Deus.
ResponderExcluirNão sei o que pensa o apostolado, mas sinceramente vejo com muita preocupação essa aproximação entre política e religião no atual cenário político brasileiro, pois os políticos fazem da religião, política e os fiéis, especialmente os mais simples, fazem da política, religião. São dois sistemas de poder que tendem a se corromper muito facilmente. Graças a Deus, a Igreja Católica se desvencilhou da política, deixando os cargos políticos para os leigos ou impondo ao religiosos que abandonem a batina. Mas acho preocupante um presidente da república dizer que um futuro ministro do STF tem que ser evangélico, no Rio de Janeiro, vimos casos de pessoas "furando" filas para tratamentos médicos, em razão da pertença a determinada Igreja, líderes religiosos pressionando a receita federal para o perdão de multas trabalhistas. Até onde sei, Jesus Cristo nunca pregou o toma lá dá cá e até o momento, me parece que os valores cristão ficaram apenas no discurso, e o apoio religioso está sendo trocado por favores políticos.
A paz de Cristo!