Vivemos o tempo da grande apostasia? Divisões e contendas: a profecia se cumpre




NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, ao contrário do que muitos equivocadamente supõem hoje, nunca foi um pacifista (que é diferente de ser pacífico), mas avisou-nos com assombrosa clareza de que não veio trazer a paz ao mundo, mas sim a espada. Em uma passagem belíssima, profetizou exatamente o que estamos presenciando agora, especialmente dentro da própria Igreja:

Até os próprios cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; vós valeis mais que muitos pássaros [porque dissera antes que os pássaros do céu são guardados e sustentados por Deus Pai do Céu].

Todo aquele, portanto, que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos Céus. Porém aquele que me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante de meu Pai, que está nos Céus.

Não julgueis que vim trazer a paz ao mundo; não vim trazer a paz, mas a espada.

Porque vim separar o filho de seu pai, e a filha de sua mãe, e a nora da sua sogra. E os inimigos do homem serão os de sua própria casa.

    Faz l
embrar a forte profecia de Nossa Senhora dada em Akita, Japão, à Irmã Agnes Sasagawa[1]:

A obra do demônio se infiltrará mesmo na Igreja, de tal forma que veremos cardeais se opondo a cardeais, bispos contra bispos. Os padres que me veneram serão desprezados e combatidos por seus confrades (...) igrejas e altares serão saqueados; a Igreja estará cheia daqueles que aceitam concessões e o demônio pressionará muitos padres e almas consagradas a abandonarem o serviço do Senhor." (Mensagem aos 13 de outubro de 1973)


    As Sagradas Escrituras, que constituem o documento infalível da Igreja por excelência, atestam que nos últimos dias a Fé verdadeira seria quase extinta no mundo. Dizem que no próprio “lugar santo” se instalaria a “abominação da desolação” (Mt 24,15) predita pelo Profeta Daniel, e que haveria um engano tão profundo que, se fosse possível, até os eleitos se perderiam (Mt 24,24).

    
Em 1903, o Papa São Pio X pensou que talvez ele já estivesse presenciando o princípio dos males que haverão de ocorrer nos últimos dias, dizendo: “Há boas razões para temer que esta grande perversão possa ser como se fosse um prenúncio, e talvez o começo dos males que estão reservados para os últimos dias; e que já habite neste mundo o ‘filho de perdição’ (2Ts 2,3) do qual fala o Apóstolo” (São Pio X, E Supremi, n.5, 4 de outubro de 1903).

    O Novo Testamento nos diz que essa farsa ocorrerá no seio das estruturas físicas da Igreja, no “Templo de Deus” (2Ts 2,4), como vimos, “no lugar santo”. Assim será porque as pessoas não receberão o amor da verdade (2Ts 2,10).

    No capítulo 2 da Segunda Carta aos Tessalonicenses, São Paulo Apóstolo nos diz que os últimos dias se caracterizarão por uma grande apostasia que será a pior da História – pior, portanto, inclusive do que a da crise ariana do século IV, durante a qual era difícil encontrar um sacerdote autenticamente católico.

    Se a crise ariana ― que, hoje sabemos, foi apenas um prelúdio da Grande Apostasia ― ainda assim foi tão extensa, quão mais extensa será a Grande Apostasia predita por Nosso Senhor, por São Paulo e por tantos Santos místicos?

    Assim profetizou São Nicolau de Flue (1417-1487), São Bernardo, que disse que o Anticristo seria um antipapa, Joaquim de Fiore e muitos outros, e assim foi transmitido na verdadeira mensagem de Nossa Senhora em La Salette (veja).

    Talvez, porém, a mais aterrorizante e mais explícita profecia nesse sentido seja a de São Francisco de Assis, que disse em seus escritos:

Nos tempos desta tribulação, um homem não canonicamente eleito será elevado ao Pontificado; ele, com a sua astúcia, empenhar-se-á em levar muitos ao erro e à morte. Então escândalos se multiplicarão, nossa Ordem será dividida e muitas outras serão totalmente destruídas, porque consentirão o erro em vez de o combater. [acessar o texto completo com a fonte]


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[1] Após oito anos de investigações, em 1984, o Rev. John Shojiro Ito, Bispo de Niigata, Japão, reconheceu "o caráter sobrenatural de uma série de eventos misteriosos relativos à imagem da Santa Mãe Maria", e autorizou "em toda a Diocese a veneração da Santa Mãe de Akita, enquanto aguarda que a Santa Sé publique um julgamento definitivo sobre o assunto" (Carta do Bispo Ito reconhecendo os eventos em Akita). Consta em diversas fontes que, em junho de 1988, o Cardeal Ratzinger, então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, deu aprovação verbal à carta do bispo Ito, considerando os eventos "confiáveis e dignos de crença", mas não há decreto eclesiástico oficial, o que não é de se estranhar dada a realidade da crise doutrinal que impera na Igreja de hoje. Todavia, fontes fidedignas como o ex-embaixador das Filipinas junto à Santa Sé, Sr. Howard Dee, declararam que receberam garantias privadas do Cardeal Ratzinger quanto à autenticidade de Akita. De todo modo, mesmo em conformidade com as normas atuais, dada a ausência de repúdio à decisão do Bispo Ito por seus sucessores ou por autoridade superior, os eventos de Akita continuam a ter aprovação eclesiástica local. (EWTN, 'A Message From Our Lady — Akita, Japan'disp.  em: https://ewtn.com/catholicism/library/message-from-our-lady--akita-japan-5167,
acesso 25/6/2025)

4 comentários:

  1. Cada dia que passa tenho mais certeza que o sedevacantismo é a única posição teológica Católica racional e lógica para explicar e entender essa imensa crise trazida pela heresia modernista. A maioria esmagadora dos católicos nem sabem que existe essa heresia modernista.

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  2. Não há mais dúvidas que já estamos na grande apostasia

    O sedevacantismo é a única opção. Que Deus abençoe e proteja todos os sacerdotes que se opõem às heresias da seita do Vaticano II

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  3. Professor, o Álvaro do CDB está dizendo que não é verdade que os católicos tem que seguir o tripé Escrituras tradição e magistério. Já vi o senhor dizer o contrário, como fica?

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    Respostas
    1. Eu pude assistir o (início do) podcast dele com o Marcelo Andrade e Editora Caravelas, e vi essa fala. Creio que foi aí que você viu isso também.

      Álvaro não negou que o modo de aderirmos à Sã Doutrina católica se baseia na observância da Revelação conforme nos é transmitida desde o início com base nesse "tripé" — termo que é uma força de expressão para designar esses três pilares da Fé cristã ou essas três fontes da Revelação para a santa Igreja.

      A observação que ele fez, e corretamente, foi no sentido de que esses três pilares não desempenham todos, igualmente, o mesmo papel na manutenção da Fé, já que a função do Magistério é traduzir para nós, fiéis, a Revelação contida nas Sagradas Escrituras e o sentido do que nos chega através da Tradição.

      Ele também pontuou — e foi muito feliz nisso —, que não existe "magistério particular" deste ou daquele Papa, como se cada pontífice estivesse desobrigado de observar aquilo já determinado e definido infalivelmente pelos seus predecessores. O Magistério que é citado como um dos pilares da Fé, ao lado das Sagradas Escrituras e da santa Tradição, é o Magistério perene, isto é, aquilo que a Igreja por meio de todos os seus Papas e Bispos, ensinou infalivelmente no correr da História.

      Henrique Sebastião
      Fraternidade Laical São Próspero

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