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Um pontificado com mão de ferro: dez anos de punições e afastamentos de todos os que ousam discordar
NÃO FORAM SOMENTE Strickland ou Burke. A longa série de bispos destituídos prematuramente pelo Papa Francisco acelerou no último ano e meio: a tão falada misericórdia só é aplicada para os inimigos declarados da Igreja. Todo aquele que se atreve a questionar as direções atuais ou defender a sagrada Tradição e o Magistério perene da Igreja – mesmo que respeitosamente –, é punido, como que para servir de exemplo ao demais. Até quando?
Cada caso individual é sempre desconcertante, mas o número total é chocante e impacta profundamente os rumos da Igreja para o futuro. Por isso, resolvemos publicar aqui a informação atualizada. Confira abaixo a lista dos bispos severamente defenestrados por discordar ou questionar o projeto de uma nova igreja “conciliar” e “sinodal” que está em pleno curso.
O último caso flagrante foi o castigo autoritário e totalmente constrangedor aplicado ao Cardeal Raymond Leo Burke (saiba mais), pouco tempo depois de Dom Joseph Strickland, que vinha sofrendo pressão do Núncio para a sua demissão “voluntária”, ter sido afastado de sua diocese sem qualquer motivo justo ou sequer explicação, já que não há registro de qualquer escândalo financeiro ou sexual contra ele, muito menos de que fosse culpado de heresia. Strickland parece ter sido punido simplesmente pelo crime de pensar como sempre pensaram todos os bispos fiéis da Igreja, assumindo posições que desagradaram ao que já está sendo chamado “o politburo eclesiástico”[1]: coisas como resistência às políticas sanitárias que cerceassem o direito de culto, oposição à bênção de duplas homossexuais, resistência à proibição da Missa de Sempre. Além disso, ele é culpado daquele “vício imperdoável” de insistir em manter numerosas vocações e um grande número de seminaristas em sua diocese.
Esse “vício” Strickland partilha com outro Bispo posto na lista negra: Dom Domique Rey, de Fréjus-Toulon, em cuja diocese as ordenações sacerdotais foram simplesmente congeladas, há mais de um ano, sem nenhum motivo razoável. A solução, segundo o jornalista Jean-Marie Guénois, seria uma “saída honrosa para o Mons. Rey e para o seu trabalho pastoral”: a nomeação de Dom François Touvet, Bispo de Châlons en Champagne, como “coadjutor” da diocese; uma espécie de diarquia durante os quatro anos que separaram Rey dos seus fatídicos 75 anos. Sendo realistas, se pensarmos no que aconteceu ao Bispo de Albenga-Imperia, Dom Mario Oliveri, isso seria um congelamento das faculdades do Bispo ordinário. É bastante difícil compreender como é que o pleno poder de jurisdição de um bispo sobre a sua diocese poderia ser assim dividido com um coadjutor ao gosto do Papa.
Essa longa série de afastamentos e punições exemplares, porém, começou com a terrível destituição, em 25 de setembro de 2014, do Bispo de Ciudad del Este, Paraguai, Dom Roger Ricardo Livieres Plano, que se recusava a renunciar sob pressão da Santa Sé. Várias críticas absurdas graves e comprovadamente falsas pesaram então sobre ele: ter acolhido um padre norte-americano acusado de abuso de um jovem (maior de 18 anos), cujo caso foi posteriormente arquivado por falta de provas e má gestão dos fundos da diocese; além disso, o “grande crime” de querer erigir um seminário independente na sua própria diocese.
Depois veio o dia 8 de novembro de 2014, com a destituição do já citado Cardeal Burke do cargo de Prefeito do Tribunal da Assinatura Apostólica, o mais alto órgão judicial da Santa Sé, para nomeá-lo patrono da Ordem dos Cavaleiros de Malta, um título puramente formal e que lhe destituía de qualquer poder, na prática. Mas também desse cargo ele foi demitido no dia 19 de junho de 2022, quando ainda não tinha 75 anos, para ser substituído pelo cardeal Gianfranco Ghirlanda, de 81 anos.
A seguir foi a vez do referido Bispo de Albenga-Imperia; em 1 de setembro de 2016, a sua renúncia foi aceita por Francisco, depois de Monsenhor Oliveri ter sido obrigado a dividir o seu poder de bispo e suas responsabilidades, durante mais de um ano, por um coadjutor, que ao final o substituiu efetivamente.
Também no dia 1º de setembro, Monsenhor Josef Clemens, prefeito do Pontifício Conselho para os Leigos, que durante muitos anos foi secretário pessoal do Cardeal Ratzinger, ficou sem cargo após a decisão de Francisco de abolir o referido Conselho.
Em 1º de julho de 2017, o Cardeal Gerhard Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé à época, foi demitido no final do seu mandato de cinco anos e, a seu pedido, não recebeu nenhuma outra missão.
Em 24 de outubro de 2018, uma defenestração relâmpago, para os padrões da Igreja: o Papa destituiu o Bispo de Memphis, Dom Martin David Holley, nomeado apenas dois anos antes. A série longa de remoções por “questões administrativas” havia começado.
Em 2018 começam os expurgos argentinos. Primeiro, o Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, despediu-se menos de uma semana depois de completar 75 anos, ficando sem teto. Depois foi a vez de Dom Pedro Daniel Martinez Perea, Bispo de San Luis que, em 2017, havia se posicionado contra a abertura da polêmica Amoris Lætitia; em dezembro de 2019, a Santa Sé ordenou uma visita apostólica à sua diocese e, em 13 de março do ano seguinte, foi convocado a Roma: em 9 de junho de 2020, foi anunciada a aceitação da sua renúncia pelo Papa. Nenhuma explicação, nenhuma possibilidade de defesa. Dom Perea também foi mandado para casa sem designação.
No caso de outro prelado argentino, Dom Eduardo Maria Taussig, Bispo de San Rafael, uma intervenção do Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Beniamino Stella, obrigou-o a encerrar o então próspero seminário diocesano em 2020, e em 2022 ele foi “encorajado” a deixar o cargo, com apenas 68 anos de idade. O Papa aceitou sua renúncia.
Em 17 de janeiro de 2019, o Papa decidiu extinguir a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, e o seu secretário, Dom Guido Pozzo, foi enviado, com apenas 68 anos, para ser o superintendente económico da Pontifícia Capela Sistina Musical, um cargo meramente honroso.
Depois foi a vez de D. Francesco Cavina, Bispo de Carpi, nomeado em 14 de novembro de 2011, que, depois de menos de oito anos, foi forçado a entregar a sua demissão, depois de ter vivido a tragédia do terremoto e de ter trabalhado arduamente pela reconstrução; aos 64 anos, ficou sem qualquer trabalho e até hoje vive em casa de sua família, “desempregado”.
Não houve a tão alegada “misericórdia” para outra “vítima do terremoto”. Na verdade, 2020 foi o ano da demissão de Monsenhor Giovanni D’Ercole, que também foi pressionado a apresentar a sua demissão. Envolvido no trágico terremoto de L’Aquila (2009), onde foi Bispo auxiliar, encontrou-se depois na linha de frente, como Bispo de Ascoli Piceno, após o terremoto de Amatrice-Norcia-Visso (2016-2017). Também no caso dele, não houve nenhuma explicação oficial. Ficou, no entanto, bastante claro que o seu vídeo, no qual mostrava que não gostava das contínuas restrições à vida sacramental da Igreja devido à histeria coletiva causada pelo surto de Covid, pesou na decisão.
Novembro de 2021. O Arcebispo de Paris, Monsenhor Michel Aupetit, foi acusado por um semanário francês de ser demasiado atencioso para com uma mulher, nove anos antes. Os promotores franceses abriram uma investigação preliminar por agressão sexual contra uma pessoa vulnerável. Aupetit, aos 70 anos, apresentou a sua demissão, que foi imediatamente aceita pelo Papa. Admitiu ele que aceitou sob pressão da comunicação social, porque, segundo disse, “um homem difamado já não tem condições de governar”. O processo foi encerrado em setembro de 2022 por inexistência do crime.
Do mesmo modo, no último ano e meio, seis prelados foram atingidos em cheio pela “misericórdia” de Francisco. Já o Mons. Giacomo Morandi, depois de nem cinco anos como Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, substituiu Mons. Massimo Camisasca na diocese de Reggio Emilia-Guastalla: uma provável recompensa pelo Responsum sobre a bênção de duplas homossexuais.
9 de março de 2022: Francisco destituiu o Bispo de Arecibo (Porto Rico), Dom Daniel Fernández Torres, com apenas 58 anos de idade, após este se recusar a renunciar. As razões são claras, mas não publicamente admissíveis: recusa em assinar primeiro uma declaração conjunta dos bispos porto-riquenhos, que obrigava como um dever católico a polêmica vacina; depois, as declarações contrárias à limitação das Missas no rito antigo. Torres também se recusou a enviar os seus seminaristas para o recém-aprovado Seminário Interdiocesano. Não foi sinodal o suficiente e foi cortado do pontificado da misericórdia que acolhe a todos – menos aqueles considerados “muito católicos”.
Depois disso, o mesmo destino se abateu sobre outros dois secretários do Papa Bento XVI : Monsenhor Georg Gänswein, literalmente expulso de Roma e enviado para a Alemanha, sem posto; e Dom Alfred Xuereb, enviado como núncio na Coreia e na Mongólia, com término do cargo no momento em que se preparava a Viagem Apostólica de Francisco(!): 64 anos, desempregado.
As bombas que ceifaram as atuações de Strickland, Rey e Burke, fecham (por enquanto) esta longa série de atos totalitários e injustos. Recordemos ainda o tratamento dispensado ao Cardeal Giovanni Angelo Becciu, a súbita demissão de Dom José Rodríguez Carballo, o tratamento dispensado a Dom André Léonard, com a supressão da Fraternidade Sacerdotal dos Santos Apóstolos que ele fundou. O fato cada vez mais evidente é que este Papa não pretende “fazer prisioneiros”, apesar de pregar a tolerância, o acolhimento de todos e a a sinodalidade “democrática” na Igreja. Mais preocupantes são as remoções forçadas de bispos comuns, sem que as razões sejam conhecidas, não só pelo público, mas sequer por eles próprios. Outro sinal perigoso de uma plenitudo potestatis mal compreendida . E de uma pastoral nada – realmente nada – misericordiosa, inclusiva ou tolerante. É a política do “golpear um para educar cem”.
Que será da Santa Igreja? Quando Nosso Senhor voltar, ainda encontrará a Fé sobre a Terra? Rezemos e ofereçamos sacrifícios pela restauração da santa Igreja, e por um Papa e Bispos fiéis e santos.
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[1] Politburo (ou Bureau Político), é o nome dado ao comitê executivo dos partidos comunistas, o órgão de tomada de decisão mais importante do partido. O primeiro politburo foi criado na Rússia pelo Partido Bolchevique em 1917. Ficou caracterizado pelo uso da força e repressão radical, especialmente durante o período de Stalin, onde desempenhou papel central na execução sumária de milhares de inocentes e na perseguição de seus opositores políticos.
Referência para este artigo:
SCROSATI, Luisella. “The pontificate of purges: ten years of defenestrations”, para o New Daily Compass, disp. em:
https://newdailycompass.com/en/the-pontificate-of-purges-ten-years-of-defenestrations
Acesso 30/11/2023.
Cardeal é cruelmente punido: Dom Burke já havia sido afastado, agora é castigado por se opor ao projeto de igreja do "Papa da misericórdia"...
Com informações do LifeSiteNews
O BIÓGRAFO FAVORITO do Papa, Austen Ivereigh , afirmou que Francisco teria confirmado pessoalmente os relatos de que pretende despojar o Cardeal Raymond Leo Burke do seu apartamento e do salário que recebe.
27/11/2023 | Sobre a saúde de Francisco e as perspectivas para o próximo pontificado
FRANCISCO FOI SUBMETIDO a uma tomografia computadorizada pulmonar na manhã do último sábado (25) no Hospital da Ilha Tiberina, Roma. Seus compromissos de sábado foram cancelados por causa de uma alegada “gripe ligeira”. Segundo o Catholic World Report, o Papa mantinha o que parecia ser um acesso intravenoso no domingo e disse a pessoas próximas que tinha “uma inflamação nos pulmões” que o impediria de ler ele próprio o seu discurso do Angelus.
21 de novembro: Festa da Apresentação de Nossa Senhora
A SANTA IGREJA CELEBRA três festas especiais em honra a Maria Santíssima: a da Natividade, a do Santo Nome de Maria e a deste dia, da Apresentação, que são como que o eco das três primeiras Festas do Ciclo Cristológico: Natal, Santo Nome de Jesus e Apresentação do Senhor Menino no Templo.
A Festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo já existia no Oriente no século VI; foi introduzida no Ocidente no século XIV, na corte dos Papas de Avinnhão (Avingnon), França, residência dos Papas naquela época[1]. A memória da consagração da Virgem no Templo está intimamente ligada à de Nosso Senhor, assim como todas as demais devoções e eventos importantes da vida de Nossa Senhora espelham as do Cristo Salvador.
11/2023 | Mais uma aberração: culto pagão 'homenageia' deuses astecas em solo sagrado
NUM DOS VÍDEOS mais impactantes produzidos por Lorenzo Lazzarotto até aqui, fica exposta mais uma vez a abominável traição da Fé e do Evangelho perpetrada por aqueles que deveriam defendê-la até a morte, se preciso. No inacreditável escândalo da vez, o solo sagrado foi profanado com homenagens a antigos demônios assassinos (não é exagero) adorados pelo povo asteca antes da colonização espanhola. Respire fundo antes de assistir.
O segredo cristão e católico para a felicidade – já neste mundo
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"Filhos, sede alegres! Não quero escrúpulos nem tristeza: Basta-me que não façais pecados." (São Filipe Neri, 'o Santo da Alegria')[1] |
HOJE É DIA DE DIREÇÃO espiritual! O prof. Henrique Sebastião vai compartilhar com os seus leitores o seu maior segredo para a felicidade que já é possível neste mundo! Meu nome é Paula, sou graduanda de sociologia em uma universidade de Curitiba e entrei em contato com esse homem admirável há umas semanas para pedir uma entrevista para um trabalho da faculdade. Ele disse que podia responder algumas perguntas e essa conversa aconteceu pelo Whatsapp. Eu fiz questão de transcrever a parte que ele deu a resposta da minha pergunta “O que é a felicidade? Dá para ser feliz neste mundo ou nós temos que esperar para sermos felizes só no Céu?”.
Mandei essa transcrição para ele, dizendo que a resposta dele mudou a minha vida (de verdade!), e ele perguntou se podia fazer uma revisão no meu texto e postar nesse maravilhoso site O Fiel Católico. Depois eu acrescentei mais algumas coisinhas que eu tinha “pulado” na nossa conversa gravada e ficou esse texto que para a minha honra vai ser postado. Prefiro não divulgar o meu nome completo por motivos particulares, mas o que me deixa muito feliz (olha aí a felicidade já nesse mundo!) é saber que com certeza vai ajudar muitas outras pessoas, como me ajudou.
14/11/2023 | Dom Strickland, deposto, conduz de joelhos o santo Rosário do lado de fora da Conferência dos Bispos dos EUA
Strickland apareceu fora da reunião, segundo disse, porque “já tinha planos de estar aqui, de qualquer maneira”. Ele disse à CNA que também já se comprometera a rezar o Rosário fora da reunião, e antes que alguém diga que ele fez isso para provocar algum tipo de sensacionalismo ou polêmica, este é realmente um costume adotado pelo bispo, ele já vem fazendo isso nos últimos anos (esperamos que não seja punido, agora, por rezar publicamente).
Nota de esclarecimento d'O Fiel Católico aos negacionistas
SOMOS UMA FRATERNIDADE laical que tem por finalidade a catequese e a conversão das almas. Nosso apostolado existe há mais de 15 anos e o nosso corpo de colaboradores é formado por professores e profissionais de comunicação, jornalistas, pesquisadores e redatores católicos dirigidos por sacerdotes. Procuramos servir como um auxílio aos fiéis católicos nestes dias de crise, escândalos e confusão na Igreja e na sociedade. Nunca publicamos nenhuma informação antes de confirmá-la com a devida responsabilidade e de checar a validade das suas fontes.
13/11/2023 | Dom Strickland fala em vídeo sobre sua deposição; Dom Schneider comenta: "Nestes dias negros, assistimos a uma injustiça flagrante..."
"FOI CALADA UMA VOZ profética dentro da Igreja (...). Ao mesmo tempo, bispos que promovem o pecado não são de forma alguma incomodados. (...) Parece que estamos diante de uma espécie de expurgo dos bispos fiéis, como aconteceu no tempo da crise ariana", disse Dom Athanasius Schneider. Notícias importantíssimas para o futuro da Igreja estão se seguindo tão rapidamente que sequer temos tempo de assimilar ou publicar em tempo hábil. Recorremos a nossos bons irmãos em Cristo: no vídeo abaixo, Francisco Viotti (IPCO) traduz as declarações de Dom Strickland e comenta as declarações de Dom Schneider.