A Igreja santa e o pedido de perdão do Papa


ESTE ARTIGO surgiu da recorrência das mensagens de muitos leitores que mencionam o pedido de perdão do Papa João Paulo II, entendendo que teria sido feito pelos "grandes crimes da Igreja". Destas, a maior parte cita a Inquisição, outros o comportamento durante a segunda guerra mundial. A situação de ignorância (e, em muitos casos, de má vontade e/ou malícia) chega a tal ponto que hoje, diante das atrocidades cometidas pelo grupo Estado Islâmico, certos indivíduos que nunca leram sequer a orelha de um bom livro de História, chegam a dizer que a Igreja cometeu atrocidades ainda piores no passado, e que por isso não teria moral para se pronunciar a respeito...

Ainda mais triste e lamentável é ver certos católicos acreditando nesse tipo de mentira diabólica, e até ajudando a difundir essas gravíssimas calúnias. Mesmo com a boa quantidade de estudos de que dispomos hoje, via internet, que demonstram e comprovam que essa linha de raciocínio é completamente equivocada (em vídeo-aulas ou artigos com referências, farta indicação bibliográfica, disponibilização de livros para download ou online, etc.), continuam surgindo comentários que insistem na mesma questão: "a Igreja cometeu atrocidades no passado, tanto é verdade que o Papa João Paulo II precisou pedir perdão". Sendo assim, por consequência, não poderíamos confiar na Igreja. Assim é que surge aquela triste figura do sujeito que diz: "Sou católico, mas...".

Bem, é preciso dividir a questão em duas partes distintas, e, como ambas são de trato delicado, trataremos cada uma em um artigo separado. A primeira está relacionada à santidade da Igreja. Como podemos crer que a Igreja é santa e imaculada, diante de tantos escândalos do presente e do passado? Diante de tantos membros indignos do clero, entre padres pedófilos, devassos, hereges? Diante de tantos católicos que são contumazes pecadores?


'Igreja santa e pecadora'?

Em primeiríssimo lugar, precisamos entender do que estamos falando quando usamos a palavra "Igreja". Isto é fundamental.

Todos os domingos, o católico professa sua fé diante de Deus e em comunhão com seus irmãos, afirmando crer na Igreja una, santa, católica e apostólica: o Catecismo diz que “esses quatro atributos, inseparavelmente ligados entre si, indicam traços essenciais da Igreja", que "não os confere a si mesma; é Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja que seja una, santa, católica e apostólica, e é ainda Ele Quem a chama a realizar cada uma destas qualidades” (CIC §811). – Nem o Credo ancestral e nem o Catecismo dizem "creio na igreja santa e pecadora": essa construção, embora tenha um sentido muito específico, como veremos abaixo, em sentido absoluto e teologicamente falando, é absurda. Cremos, isto sim, na Igreja de Jesus Cristo, que é e será sempre santa.

Vós (Igreja) sois a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a Nação santa, o povo que Ele conquistou para proclamar as obras admiráveis daqu'Ele que vos chamou das trevas para sua Luz maravilhosa”. (1Pd 2,9) 

As Sagradas Escrituras afirmam que a Igreja é santa, assim como afirmam que é una (um só Senhor, uma só fé e um só Batismo, cf. Ef 4,5); fundada por Jesus Cristo sobre o Apóstolo Pedro, constituído seu fundamento visível (Mt 16,18) e formada pelo povo santo de Deus (1Pd 2,9).

A Igreja é santa porque Deus Santíssimo e Perfeitíssimo é o seu Autor; Cristo, o seu Esposo, a santificou e santifica; o próprio Espírito de Santidade a vivifica.

Embora seja composta também por membros fiéis, – cristãos católicos verdadeiramente merecedores deste nome, – e conte com muitos milhares de sacerdotes dignos e santos, que vivem o seu sacerdócio com empenho e servem ao povo de Deus com zelo e santidade, realizando magnífico trabalho pastoral, a Igreja também congrega pecadores, o que por sua vez não faz com que deixe de ser santa e imaculada em seu núcleo, em seu âmago, em seu ser mais profundo.

O Papa Paulo VI publicou, no ano 1968, a seguinte explicação, contida no Catecismo:

A Igreja é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da Graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo Dom do Espírito Santo.” (CIC §827)

Diante desta luz, esta pérola de esclarecimento, compreendemos que a Igreja é como um núcleo santo e santificador pelo Poder de Deus; cada católico é um membro, que pode aproximar-se ou afastar-se deste núcleo. Ao aproximar-se da Igreja, o católico é cada vez mais santificado pela Graça que dela emana. Da mesma forma, se livremente o católico decide afastar-se dela, por sua própria responsabilidade afasta-se da Comunhão com o Corpo de Cristo.

A santidade da Igreja é uma realidade que pode ser observada também em outros aspectos, como na sua infalibilidade em matéria de fé, pois o próprio Cristo cuidou que assim fosse:

Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, Ele que é a Verdade. Pelo 'sentido sobrenatural da fé', o povo de Deus 'adere de modo indefectível à fé', sob a conduta do Magistério vivo da Igreja.” (CIC §889) 

Trata-se, portanto, de um "rebanho", um grupo que há de permanecer fiel à Igreja mesmo sob as piores tribulações. Não se trata de quantidade, mas de qualidade. De pessoas comprometidas com a fé, unidas à vida da Graça, àquela santidade e santificação promovida pela união com o Corpo de Cristo. Estes são indefectíveis na fé.

Aspecto importante a destacar é que, quando falamos em infalibilidade, estamos falando de uma característica da Igreja, que é infalível em matéria de fé. O Papa, os Concílios, o Magistério, constituem um ministério a serviço da infalibilidade. Quem é infalível, de fato, é a própria Igreja, que não irá jamais perder a fé.

Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade, Ele que é a Verdade. Pelo 'sentido sobrenatural da fé', o Povo de Deus 'se atém indefectivelmente à fé', sob a guia do Magistério vivo da Igreja." (CIC §889) 


Vemos então que a Igreja participa da infalibilidade do próprio Cristo porque é seu Corpo; são seus membros. Há uma participação, que é possível pelo sentido sobrenatural da fé, pela qual o povo de Deus se atém indefectivelmente (infalivelmente) à fé sob a guia do Magistério vivo da Igreja. Podemos assim antecipar à pergunta que fez Nosso Senhor (Lc 18,8) quando caminhava entre nós: “Quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a Terra?”. A resposta é sim. Mesmo que encontre fé sobre a Terra somente naquele pequeno rebanho, num pequeno grupo que permaneceu fiel. Mas haverá sempre uma Igreja fiel, um grupo com fé indefectível, que é a verdadeira Igreja.

Onde reconhecer esta Igreja? como saber onde está? Poderemos reconhecer esta Igreja naquela que continua a fé dos apóstolos ao longo dos séculos. Não se trata de uma questão de quantidade, de maioria, mas de qualidade. A fé da Igreja não é composta pela maioria dos que se dizem católicos. Muitas vezes, a fé da Igreja esteve e está no pequeno rebanho. Muitas vezes, a oficialidade da Igreja aparece inchada e cheia de membros que com seus pecados e em sua apostasia vão deixando a vida da Graça, permanecendo aquele pequeno grupo que se mantém fiel, que persevera na santidade promovida pelo Corpo de Cristo. São estes os indefectíveis católicos, a indefectível Igreja.


O papel do Magistério da Igreja

O Magistério da Igreja, com o papa e os bispos, garante que o Povo de Deus continue em Aliança com Deus em Cristo. Embora membros possam livremente sair dessa Aliança, o Magistério garante que o Povo não se perca, não confunda os caminhos.

Quando o pronunciamento é feito de forma oficial, não resta dúvida de que se trata de um Magistério infalível. Contudo, no dia-a-dia fica mais difícil perceber essa infalibilidade. O primeiro critério é observar se o pronunciamento ou o documento contém o que a Igreja prega semper, ubique et ab omnibus, ou seja, se está de acordo com a Tradição, o que sempre foi crido e pregado, em todos os tempos, em todos os lugares.

Qualquer documento da Igreja só tem valor se estiver em sintonia com a Igreja de sempre, com a fé de dois mil anos. Assim, o Magistério infalível nunca erra. Aquele que está unido continuamente à fé dos apóstolos não erra, contudo, podem ocorrer escorregões ou palavras mal empregadas, que precisam de adequação, revisão ou esclarecimento. Pior, existem membros do Magistério que podem pecar, caindo na heresia, na apostasia ou no cisma. A História da Igreja está recheada desses exemplos e essa é grande dificuldade na aceitação da infalibilidade do Magistério.

Como vimos, todos os homens, inclusive os membros do clero, são pecadores, e é preciso um esforço conjunto para que cada um mantenha-se em comunhão com a fé de sempre, com os santos, com a Tradição. E todos os fiéis estão obrigados a obedecer aos Sagrados Pastores, conforme diz o Código de Direito Canônico:

Cân. 212 § 1. Os fiéis, conscientes da própria responsabilidade, estão obrigados a aceitar com obediência cristã o que os sagrados Pastores, como representantes de Cristo, declaram como mestres da fé ou determinam como guias da Igreja.

Contudo, sabendo que nem sempre os prelados são infalíveis em suas decisões, o próprio cânon diz que:

§ 2. Os fiéis têm o direito de manifestar aos Pastores da Igreja as próprias necessidades, principalmente espirituais, e os próprios anseios.

§ 3. De acordo com a ciência, a competência e o prestígio de que gozam, tem o direito e, às vezes, até o dever de manifestar aos Pastores sagrados a própria opinião sobre o que afeta o bem da Igreja e, ressalvando a integridade da fé e dos costumes e a reverência para com os Pastores, e levando em conta a utilidade comum e a dignidade das pessoas, dêem a conhecer essa sua opinião também aos outros fiéis.

A nós, cristãos, cabe sermos fiéis à Igreja de Cristo, respeitando e colaborando com nossos sacerdotes, humanos como nós, que dedicam as suas vidas ao trabalho religioso em total renúncia do mundo material, salvo os casos de quedas em tentações às quais todos os humanos estão sujeitos. A nós, cristãos, cabe o compromisso de tudo fazermos pelo nosso próximo. De transformarmos nosso lar em igreja viva, cumprindo nossos votos de amor e fidelidade e assim levarmos nossos exemplos a todos de nossa comunidade, bem como as Boas Novas do Reino de Deus através das nossas atitudes de solidariedade e harmonia com Deus em nossa vida quotidiana.

Rezemos muito para que os sacerdotes tenham convicção de sua vocação, sejam fiéis aos seus votos e não caiam em tentações. Que os Papas sejam verdadeiros sucessores de Pedro na sustentação da Igreja de Cristo.

** Ler a conclusão
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"Conferência episcopal sozinha não é magistério"


É O QUE AFIRMOU O PREFEITO da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Mueller (foto), em entrevista ao jornal francês Famille Chrétienne. A entrevista ocorreu após as declarações do Cardeal Reinhard Marx, presidente da Conferência Episcopal alemã, que afirmou: “Nós não somos uma filial de Roma. Cada conferência episcopal é responsável pelos cuidados pastorais em seu contexto e deve pregar o Evangelho de uma maneira original e própria. Nós não podemos esperar que um Sínodo nos diga como formular os cuidados pastorais pelo matrimônio e a família”.

Para o Cardeal Mueller, a hipótese de que decisões doutrinais ou disciplinares possam ser delegadas às conferências episcopais

É uma ideia absolutamente anticatólica, que não respeita a catolicidade da Igreja. As conferências episcopais têm uma autoridade sobre alguns assuntos, mas não constituem um magistério ao lado do Magistério, sem o papa e sem a comunhão com todos os bispos.”

Respondendo especificamente aos comentários do Cardeal Marx, Dom Mueller afirmou:

Uma conferência episcopal não é um concílio particular, e menos ainda um concílio ecumênico. O presidente de uma conferência episcopal não é nada além de um moderador técnico, e ele não tem, a esse título, nenhuma autoridade magisterial particular. Escutar que uma conferência episcopal não é uma ‘filial de Roma’ me dá a ocasião de lembrar que as dioceses também não são filiais do secretariado de uma conferência episcopal, nem da diocese cujo bispo preside a conferência episcopal.”

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Fontes:
Famille Chrétienne/ CNA
Catholic Herald, disponível em:
http://catholicherald.co.uk/news/2015/03/26/vatican-cardinal-it-would-be-anti-catholic-to-let-bishops-conferences-decide-doctrine/

Acesso 9/4/015

O lobby do controle populacional


UMA COMISSÃO da ONU deve se reunir em abril/2015 para discutir as consequências da “dinâmica populacional” para a nova agenda mundial de desenvolvimento. Trata-se da Comissão sobre População e Desenvolvimento, que no passado já promoveu a contracepção em regiões de alta fertilidade.

Apesar das crescentes dificuldades enfrentadas pelos países em que a população já começou a diminuir, a versão inicial da resolução deste ano chama a atenção para “os potenciais benefícios de desenvolvimento oriundos da redução da fertilidade”, e pede investimentos na “saúde reprodutiva” e sexual, bem como na promoção de “direitos reprodutivos”. Tais expressões dissimuladas já são bem conhecidas dos militantes pró-vida, que sabem tratar-se de uma maneira discreta de promover o aborto e outros elementos da “cultura da morte”, – expressão consagrada pelo Papa João Paulo II.

O que muitos ingênuos ainda imaginam se tratar apenas de "teoria da conspiração" é a mais pura realidade objetiva dos fatos. A ONU tem desempenhado um papel importante na arquitetura e implementação de transformações comportamentais em escala mundial: o Fundo Populacional das Nações Unidas, por exemplo, conta com 1 bilhão de dólares anuais para influenciar os governos e as sociedades de diferentes países a seguirem as diretrizes da Organização.
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Fonte:
LifeSiteNews
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Marcha pela vida foi a maior manifestação popular da história do Peru


NOTÍCIA POUCO divulgada, e por que será que não mais estranhamos que seja assim? No final do mês passado, mais precisamente no dia 21 de março, mais de 500 mil pessoas marcharam no Peru pelo direito à vida contra o aborto, na maior manifestação cívica da história daquele País. Os pró-vidas se reuniram na capital, Lima, para a Marcha Anual pela Vida. O evento disputa, com a Marcha pela Vida de Washington, nos EUA, o primeiro lugar entre as maiores manifestações pela vida no mundo.

Em entrevista à LifeSiteNews, Carlos Polo, membro do conselho do Instituto de Pesquisa Populacional, contou a história da marcha pela vida no Peru, que começou em 2004. A ideia é defender os bebês ainda não nascidos do aborto e ser uma “voz para os que não têm voz”. A marcha reunia em torno de 20 mil pessoas por ano, até que o Cardeal Juan Luis Cipriani decidiu que a Arquidiocese de Lima deveria assumir a organização para aumentar a participação dos fiéis, em 2012. No ano seguinte, 100 mil pessoas aderiram à marcha. Em 2014 o número aumentou para 250 mil, metade do recorde obtido neste ano.
Um dos segredos desse sucesso e desta grande graça está no comitê organizador, estabelecido em 2013, que se reúne mensalmente e é composto por representantes de 17 movimentos eclesiásticos e 120 paróquias em Lima. O resultado se traduz não apenas no número de participantes, mas também no impacto na mídia nacional, que noticiou em peso a maior manifestação pública da história do País.
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Fonte:
LifeSiteNews, em
https://www.lifesitenews.com/news/hundreds-of-thousands-join-massive-march-for-life-in-lima-peru
Acesso 2/4/015
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Semana Santa e Páscoa da Ressurreição do Senhor em imagens














































































































































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Imagens para a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo


























Cristo Ressuscitado - Antonio Vivarini (1440-1480)












































Cristo Ressuscitado aparece a Maria Madalena



























































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