A Missa Tridentina e sua sacralidade versus ministros extraordinários da Eucaristia


O autor da aclamada obra 'Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental', o Ph.D Thomas E. Woods Jr.*, fala sobre a banalização do Sagrado através do uso indiscriminado dos ministros extraordinários da Comunhão Eucarística. Publicamos porque consideramos que se trata de uma crítica válida e bem fundamentada, que pode servir de base para reflexões positivas; as opiniões do autor, entretanto, não necessariamente expressam as posições do nosso apostolado. Rezamos para que a sua leitura seja útil. Segue:



 O ESPÍRITO DE INOVAÇÃO dos últimos quarenta anos tem endurecido a sensibilidade de muitos clérigos para a seriedade e gravidade de suas rupturas quase rotineiras com a Tradição. Ainda que tenha sido mostrado a eles que algumas inovações obviamente foram detestadas pela Assembleia dos Santos, eles os ignoram – uma atitude que outrora seria impensável para um católico – ou alegam que a Igreja tem feito "progressos" desde os primeiros tempos em que tais inovações começaram a ser implantadas. Tal é o nível da idiotice que só uma era tão empobrecida espiritual, intelectual e esteticamente quanto a nossa poderia descrever como “progresso”, enquanto interpreta o desagrado dos santos como sinal de atraso destes (dos santos), ao invés de prova da sua própria imaturidade.

Como um convertido, sempre considerei o uso dos “ministros de Eucaristia” uma das inovações pós-conciliares mais incômodas. Eu me perguntava: se nós, católicos, realmente cremos no que diz a Igreja sobre a Sagrada Eucaristia, e se realmente cremos no santo sacerdócio, por que estimulam tanto a introdução dos leigos em área tão sagrada da vida da Igreja – uma área para a qual, de fato, os leigos nunca reivindicaram ou manifestaram desejo de admissão? Afinal de contas, Sto. Tomás de Aquino já fizera uma ligação explícita entre a ordenação do sacerdote e a sua missão de distribuir a Santa Comunhão, e o Papa João Paulo II uma vez indicou a relação entre a consagração das mãos sacerdotais com o seu inestimável privilégio de distribuir as Hóstias consagradas aos fiéis.

Nada disso, porém, parece sensibilizar os inovadores, cujo ponto ideológico não é exatamente sutil: a introdução dos ministros da Eucaristia clara e obviamente denigre o ofício do sacerdócio sacramental em nome de um igualitarismo que é totalmente estranho à tradição Católica – embora (não coincidentemente) agrade os materialistas e/ou aqueles que têm dificuldades em aceitar/entender a transcendência da Religião e cause boa impressão aos olhos do mundo. A premissa implícita é justamente a de que devemos nos conformar ao mundo: uma vez que a era em que vivemos é aquela que, profundamente influenciada pelo pensamento marxista, enfatiza a “igualdade” e, uma vez que os privilégios do sacerdócio parecem intoleráveis aos formadores de opinião do nosso tempo, é esta exigência do tempo que deve ser satisfeita, ainda que à custa das tradições imemoriais.

Em pelo menos um caso, os ministros da Eucaristia continuam sendo harmoniosamente (porque não há conflitos) evitados na comunidade da Missa: pelos sacerdotes e fiéis católicos que celebram a Missa extraordinária, tradicional ou tridentina. Certamente as pessoas que procuram o rito antigo o fazem a fim de evitar a sensação de banalidade – de familiaridade quase casual – que existe na "Missa nova". Ao se colocaram na Presença do Eterno, sabedores de que estão adentrando lugar santo (lugar separado, outro, consagrado) querem manifestar a sua reverência diante da Majestade infinita de Deus. Já o uso dos ministros extraordinários da Eucaristia é um costume introduzidos que claramente transmite a indesejável aparência e sensação de coisa comum, meramente humana, como se a Missa fosse uma simples ação de louvor a Deus organizada pelos irmãos de fé, a exemplo do culto protestante. 

Num mundo que crê que tudo é relativo em sentido absoluto e nada é imune às mudanças e numa sociedade esquizofrênica em que a própria família é objeto de "redefinição" de acordo com os caprichos humanos, esses fiéis católicos, soldados da Fé amantes do Cristo e filhos de Maria Santíssima, apreciam o fato de que a piedade e a reverência da Missa tradicional, em sua beleza e imponente austeridade, com a reserva dos serviços sagrados unicamente aos sacerdotes, relembra-nos que algumas coisas de fato não devem e não podem ser tocadas pelo homem. Que mensagem mais necessária à nossa sociedade e aos nossos filhos, nestes tempos insanos?

O grande Rei Felipe II da Espanha, ao ver uma criança que aprendia a engatinhar tentando escalar a grade que nas igrejas antigas separava a assembleia do Presbitério e do Altar da Comunhão, disse-lhe: “Apenas os sacerdotes podem estar aí”. Hoje, uma geração possuidora de autoconfiança imerecida e inconsequente, sem nenhuma maturidade espiritual, ri da piedade bela e solene dos nossos antepassados, que nunca teriam sonhado em transgredir o solo do santo sacerdócio e desmistificar e profanar o lugar mais belo e sagrado de toda a Terra.

Não é fácil, mas os bons pais católicos devem, portanto, trabalhar contra as pressões da mídia, da indústria do entretenimento e de todo Zeitgeist[1] a fim de aquinhoar nos seus filhos a ideia de que algumas coisas são sagradas, são maiores do que nós, estão além do nosso alcance; eis uma ideia que é sempre mais bem expressa nas ações e nos gestos do que em palavras. A santa Comunhão, ensinem aos seus filhos, ao permitir-nos a Comunhão com a própria Vida Divina, é o maior Dom de Deus para nós, aqui na Terra. 

A santa Comunhão simplesmente contém Corpo, Sangue, Alma e Divindade do próprio Senhor Jesus Cristo, Deus e Salvador nosso. A única resposta racional e espiritual madura para tal Dom é a maior reverência, e esta é a mensagem às crianças que a presença dos ministros de Eucaristia, membros não-ordenados dentre os fiéis comuns, vai minando. Uma vez que, além disso, a custódia exclusiva do sacerdote sobre a Eucaristia tem sido tradicionalmente um dos aspectos que mais fascinava os jovens meninos no sagrado Ofício, o uso dos ministros de Eucaristia pode apenas afastá-los do mistério do sacerdócio que tanto os atraía. Por que tanto sacrifício associado à vida de sacerdote se o leigo comum pode alimentar o rebanho, tanto quanto você e eu?

É esta enfermidade espiritual que nos assedia de todos os lados e que está praticamente institucionalizada através da vida paroquial, e que as pessoas que participam da Missa tridentina procuram evitar. Muitos fazem grandes sacrifícios para participar de tais Missas, frequentemente percorrendo longas distâncias ou, em alguns casos, até mesmo mudando suas residências, a fim de que a "Missa de sempre" se torne mais acessível para eles. Bispos e pastores que se desviam do caminho para demonstrar a sua “compreensão pastoral”, por exemplo, aos católicos divorciados ou recasados, dissidentes, feministas, homossexuais inveterados, etc, etc... (a lista se torna cada vez maior e pior) nada têm a oferecer àqueles católicos que estão simplesmente tentando viver a Fé que seus pais e avós lhes transmitiram, e que por seus meios procuram resistir à obsessão da "cultura" secular com a dessacralização e profanação contra as quais os bispos e pastores deveriam resistir ao invés de serem tão indulgentes.

Ao contrário do que imaginam muitos, há bem mais do que um toque de fanatismo naqueles que não se conformam com os espetáculos histéricos na Missa –, com as "danças litúrgicas", a distribuição do Pão Consagrado ao estilo "self-service" e tantas outras aberrações –, submetidos às mais impiedosas e destrutivas inovações pós Vaticano II, muitas das quais violam claramente toda a ética do rito antigo e a visão tradicional do sacerdócio, a única que os santos reconheceriam. Será que essas pobres criaturas não poderiam ser deixadas em paz?

Não queremos, como dizem os jornais, uma Igreja que se move com o mundo. Queremos uma Igreja que move o mundo. E é através deste teste que a história realmente julgará qualquer Igreja, seja ela verdadeira ou não.
(G. K. Chesterton)

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1. O 'espírito do tempo', isto é, o conjunto dos usos e costumes de uma determinada época e que varia conforme os modismos, miscelânea de culturas, desenvolvimento de ideologias, alternância de lideranças políticas, etc.
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* Thomas E. Woods Jr., possui bacharelado em História pela Harvard e Ph. D. pela Universidade de Columbia. Seus artigos apareceram em Investor’s Business Daily, the Christian Science Monitor, Modern Age e dezenas de outros periódicos. É professor de História da Suffolk Community College da Universidade Estadual de Nova York e editor associado da revista The Latin Mass).

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Fonte:
• Missa Gregoriana em Portugal e no mundo, disp. em:

http://missatridentinaemportugal.blogspot.com.br/2011/04/compenetracao-na-liturgia-da-santa.html
Acesso 3/9/016

16 comentários:

  1. Este ano fui convidado pelo meu pároco pra fazer o curso de ministro extraordinario o curso dura 2 anos .
    Estou no primeiro ano mas lento o post fiquei na duvida se devo ou nao continuar . E agora ? Continuo ou nao ?

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    1. Caríssimo Andrei,

      Este post apresenta a opinião de um grande professor doutor católico especialista em História, História da Igreja e Liturgia. A opinião dele tem peso, sim, mas o que ele pensa não é dogma, não é regra, não é mandamento da Igreja.

      Assim, o conselho que posso lhe dar é que, depois de apresentar a questão diante do Espírito Santo de Deus, consulte escrupulosamente a sua consciência e veja se vale a pena continuar o curso ou não. O Catecismo da Igreja Católica diz:

      "Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo. Mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e fazer o bem e a evitar o mal, no momento oportuno a voz desta lei ressoa no íntimo de seu coração. É uma lei inscrita por Deus no coração do homem. A consciência é o núcleo secretíssimo e o sacrário do homem, onde ele está sozinho com Deus e onde ressoa a sua Voz.
      Presente no coração da pessoa, a consciência moral lhe impõe, no momento oportuno, fazer o bem e evitar o mal. Julga, portanto, as escolhas concretas, aprovando as boas e denunciando as más. Atesta a autoridade da verdade referente ao Bem supremo, de quem a pessoa humana recebe a atração e acolhe os mandamentos. Quando escuta a consciência moral, o homem prudente pode ouvir a Deus, que fala."
      (CIC §1776, 1777)

      O Prof. Dr. Joel Gracioso, que trabalha com o nosso apostolado e integra a Associação São Próspero, detesta falar deste assunto, porque entende que se trata de uma questão muito delicada, que pode dar margem a muitos mal-entendidos. Alguns afoitos longo entendem que a partir daí podem descartar todo o restante do Catecismo, os dogmas e as orientações do Magistério da Igreja para ouvir apenas a própria consciência. Nada mais falso, como é óbvio.

      O que esta passagem do Catecismo diz é que Deus nos fala a partir de dentro de nós mesmos, e é ali, em nosso interior, que as verdades mais profundas da fé nos são reveladas. Muito do que aceitamos por obediência da fé só passa a fazer sentido e a se concretizar efetivamente em nossas vidas quando entendemos o seu sentido mais puro e perfeito em nossas consciências.

      A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo

      Apostolado Fiel Católico

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    2. Muito obrigado Henrrique .
      Vou seguir o conselho que Deus te abençoe sempre .

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    3. Henrique, gostaria de sua opinião:

      Quanto a esse caso citado de ser ou não Ministro de Eucaristia, até concordo que possamos agir de acordo com o íntimo da nossa consciência. Eu, por exemplo, não me acho digno de ser um Ministro de Eucaristia (sem falsa humildade), justamente por ser um simples leigo, não tenho as mãos Consagradas nem puras para tocar no Nosso Senhor Sacramentado, por isso não ouso tocar na Santíssima Eucaristia, é apenas o que diz a minha própria consciência.

      Mas quanto ao agir pela consciência em outras questões de Fé, acho complicado, o inimigo é bem mais esperto que nossa miserável natureza humana e pode suscitar pensamentos na nossa consciência e passamos a achar que não devemos obedecer por essa "suposta" acusação na consciência... e achar que isso vem de Deus.

      Creio que o melhor, sempre é obedecer ao Diretor Espiritual, "Quem obedece, NUNCA erra". E mesmo que a Direção seja contrária a vontade de Deus, não "prestaremos contas" se tivermos a reta e pura intenção de agradar a vontade de Deus, nunca a nossa, crendo sinceramente que o Sacerdote age "in Persona Christi"...

      "Quem vos ouve... a Mim ouve"

      Nunca devemos confiar em nós mesmos, essa "consciência" pode errar.

      A Paz de Cristo!

      Salve Maria Imaculada!

      André

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    4. Como dizia Dom Eugene Boylan, podemos seguir a nossa consciência em tudo o que não é Mandamento ou de preceito. Imaginei que este princípio elementar tivesse ficado subentendido na minha fala. É por isso que o professor que citei antes considera aquele parágrafo um dos mais delicados do Catecismo. Sem dúvida é um assunto complexo e cujas explicações podem facilmente ser mal compreendidas.

      A Teologia diz que a consciência não erra, e é por isso que "o homem é capaz de Deus" (no sentido de que ele é, mesmo por natureza, apto a compreender a Vontade de Deus e relacionar-se com seu Criador). Já o juízo que fazemos dos ditames da nossa própria consciência, este sim, erra frequentemente e com grande facilidade. Há uma diferença sutil, mas essencial, aí; muitas vezes nos deixamos enganar por nossos desejos e anseios egoístas e nos permitimos "crer" falsamente que seguimos nossa consciência, quando na verdade damos ouvidos apenas às concupiscentes sugestões da nossa natureza egoísta.

      Por outro lado, veja que é sempre "no interior de si" que o homem encontra Deus e a sua Vontade, e não há como ser diferente. Ainda que um grande sinal divino ou um tremendo milagre aconteça na vida de uma pessoa, se ela não apreender, dentro de si, o significado profundo do que aconteceu, não haverá fruto algum, não haverá aprendizado nem Comunhão com Deus. E todo aprendizado se dá dentro e não fora, pelo uso da consciência do certo e do errado, do verdadeiro e do falso, etc.

      É por meio dos seus atos deliberados que o ser humano pode orientar sua vida na direção das bem-aventuranças, e estes sempre se concretizam por intermédio da consciência. Segundo Sto. Tomás de Aquino, é através da sua consciência que o homem reconhece os preceitos da lei natural, que o conduzem à plenitude, ainda que usando de sua liberdade pode aceitá-los ou rejeitá-los.

      "Presente no coração da pessoa, a consciência moral lhe impõe, no momento oportuno, fazer o bem e evitar o mal. Julga, portanto, as escolhas concretas, aprovando as boas e denunciando as más. Atesta a autoridade da verdade referente ao Bem supremo, de quem a pessoa humana sente a atração e acolhe os Mandamentos. Quando escuta a consciência moral, o homem pode ouvir Deus que fala." (CIC §1777)

      Voltando a Sto. Tomás, a consciência é uma instância contra a qual não se pode ir. Ocorre, porém, que a dignidade da pessoa humana não está na reivindicação de autonomia perante Deus, mas na aceitação de sua dependência dEle. Todavia, mesmo "as Leis de Deus e da Igreja não se aplicam aos nossos atos a não ser pela mediação de nossa consciência" (Super ad Rom. 14,14, lect. 2, n. 1120).

      "Saber que uma coisa deve ser feita em consciência, isso nada mais é do que julgar [sinceramente] que se agiria contra Deus se não o fizesse. Ora, agir contra Deus é pecar." (Sto. Tomás de Aquino, Super ad Gal. 5,3,lect. 1, n. 282)

      Como eu disse antes, é um assunto denso, de muitos meandros. No caso apresentado pelo consulente, o principal é lembrar que vivemos tempos um tanto singulares, e que ingressar para o referido curso é uma opção que a própria comunidade paroquial, dirigida pelo seu sacerdote (pároco), oferece.

      Por fim, seria importante lembrar aos desavisados que o sacerdote age "in Persona Christi" ao ministrar os santos Sacramentos (mesmo ao aconselhar durante a Confissão ou direção espiritual), e não em toda e qualquer situação.

      A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo

      Apostolado Fiel Católico

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    5. Realmente muito complexo esse assunto, obrigado pela correção e pela resposta exemplar!

      Só pra deixar claro, citei a importância da obediência ao Sacerdote quando este é Diretor Espiritual de uma alma para ajudar a seguir por caminhos seguros, conforme a vontade de Deus.

      Não nesse caso, onde o Pároco simplesmente o chama pra fazer o curso, não quis dizer que ele tinha que obedecer por que ser Ministro de Eucaristia era da vontade de Deus (Só pra eu não embaralhar as coisas, rsrsrs)

      Salve Maria Imaculada!

      A Paz de Cristo!

      André

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  2. Realmente é muito triste essa "modernização" toda... de chorar mesmo!!

    só acho que talvez nessa parte dos ministros extraordinários, embora concorde com a premissa básica do artigo, mas pensando em termos de praticidade, como seria possível que um só padre entregasse pessoalmente a hóstia consagrada para uma multidão de 300 ou mais pessoas, sem que haja um grande atraso no horário? (este é um exemplo, retirado de minha própria comunidade, onde geralmente esse número comparece nas missas)

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    1. Adilson, a Sagrada Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, na Instrução Inestimabile Donum (10), deixa claro que o sacerdote celebrante é quem deve distribuir a Comunhão e que, se o número de comungantes for muito grande, outros sacerdotes que estejam presentes à Missa, sem a celebrar, devem ser convocados para auxiliar na distribuição da Comunhão, ou diáconos.

      Os sacerdotes e diáconos são os ministros ordinários. Em caso de estar só o padre, então pode contar com os acólitos instituídos que o estejam auxiliando. Faltando acólitos instituídos, chamem-se os temporários para aquela Missa em especial.

      Não havendo padre auxiliar, nem diácono e nem acólitos, instituídos ou não, o sacerdote pode então chamar os fiéis, preferencialmente religiosos, que estejam na Missa. É recomendável que esses fiéis já tenham recebido o devido treinamento doutrinário e litúrgico, tendo sido instituídos como ministros extraordinários da Comunhão Eucarística pelo Bispo local.

      Apenas e somente na falta de todos esses membros especiais da Igreja é que outros fiéis podem ser chamados, se houver necessidade real. Nesse caso, no momento apropriado da Missa, receberão uma bênção que é prevista no Missal Romano.

      A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo

      Apostolado Fiel Católico

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    2. Muito obrigado pela resposta, bastante esclarecedora. Paz e Bem!

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    3. Bom os ministros nao sao usados só nas missas mas tambem pra levar a eucaristia aos doentes nos hospitais , nas suas casas .
      Bom é um assunto delicado mesmo .

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  3. Oi! Tinha uma sessão nesse ou no outro post recente sobre a Santa Missa que a crítica aos inovadores, mas que não aparece mais...

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    1. O que houve é que o post foi dividido em duas partes, porque tratava de dois assuntos distintos, apesar de relacionados; consideramos que desse modo ficou mais fácil a compreensão dos assuntos expostos. A outra parte você pode ler no endereço abaixo:

      http://www.ofielcatolico.com.br/2006/09/a-santa-missa-seus-significados.html

      A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo

      Apostolado Fiel Católico

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  4. O que MAIS preocupa é a Comissão que o Papa Francisco pretende instalar para estudar a questão do diaconato às mulheres...

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  5. " O artigo 154 do Redemptionis Sacramentum diz textualmente:
    "Como já foi recordado, ministro com capacidade de celebrar in persona Christi o sacramento da Eucaristia é somente o sacerdote validamente ordenado. Por isso, o nome "ministro da Eucaristia" cabe propriamente somente ao sacerdote. Também por causa da sagrada Ordenação, os ministros ordinários da santa comunhão são os Bispos, os Sacerdotes e os Diáconos, aos quais, portanto, cabe distribuir a santa Comunhão aos fiéis leigos na celebração da santa Missa. Manifeste-se, assim, corretamente e com plenitude o seu múnus ministerial na Igreja, e se cumpra o sinal sacramental".

    O artigo 155 diz que o Bispo Diocesano, por razão de "autêntica necessidade" pode delegar a um leigo como "ministro extraordinário da comunhão" -- não da Eucaristia -- e que "Somente em casos particulares e imprevistos, pode ser dada permissão por um sacerdote, a um leigo, para dar a Comunhão, só para uma ocasião concreta" ( não para sempre).

    Que essa permissão não deve ser para sempre, ou habitualmente, é afirmado no artigo 156 que diz:

    "Este ofício -- [de distribuir a comunhão extraordinariamente] -- seja entendido em sentido estrito conforme sua denominação de ministro extraordinário da santa Comunhão, e não "ministro especial da santa Comunhão" ou "ministro extraordinário da Eucaristia" ou "ministro especial da Eucaristia" definições que ampliam indevidamente e impropriamente o alcance dessa denominação".

    A distribuição da Comunhão não pode ser delegada para sempre, definitivamente, pelo sacerdote. Esse é um dos abusos que o Papa determinou extirpar.

    O artigo 157 do decreto papal afirma que havendo Padre, é ele quem deve distribuir a sagrada Comunhão e não delegar essa função a um leigo.

    O Papa determinou - e todos os católicos, inclusive o padre --devem obedecer:

    "157. Se costumeiramente está presente um número suficiente de ministros sacros também para a distribuição da santa Comunhão, não se podem deputar para essa função os ministros extraordinários da santa Comunhão. Em tais circunstâncias, aqueles que fossem deputados a tal ministério, não o exercitem.

    É reprovável o costume daqueles sacerdotes que, se bem que estejam presentes à celebração, se abstém normalmente de distribuir a Comunhão, encarregando os leigos para tal dever".

    Assim, nunca distribuaze a comunhão, havendo um padre presente.

    E o artigo 158 prossegue explicando:

    "158. O ministro extraordinário da santa Comunhão, de fato, poderá administrar a Comunhão somente quando faltem o Sacerdote e o Diácono, quando o Sacerdote estiver impedido por doença, velhice ou outro motivo sério, ou quando o número de fiéis que acedem à Comunhão é tão grande que a própria celebração da Missa se prolongaria por demais. Todavia, isto se compreenda no sentido de que um breve prolongamento da Missa, conforme a cultura e os hábitos locais, será considerado motivo totalmente insuficiente para delegar a distribuição..."

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    1. Caro Almir
      Muito pertinente esta sua intervenção.
      Nos dias de hoje, 10 pessoas na Igreja para receber a Sagrada Comunhão, já é motivo para classificar a multidão presente como sendo excessiva, que vá prolongar a Santa Missa por demais, prejudicando com isto, as novelas da Globo. É uma realidade, infelizmente.

      Seja Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!

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