Cristãos devem guardar o sábado ou o domingo? Um estudo integral

JÁ FALAMOS SOBRE esse assunto de forma breve aqui em "O Fiel Católico", com apontamento de referências bíblicas e históricas (leia), mas parece não ter sido o suficiente, na medida em que continuamos recebendo mensagens indignadas a respeito, acusando a Igreja de ter mudado o Mandamento divino sobre o dia de descanso e adoração. Retornamos, portanto, ao problema, desta vez de maneira mais completa e definitiva.



Introdução

A controvérsia acerca do dia de guarda é antiga: nasceu já na Igreja primitiva, mas foi logo resolvida. Ao longo da História, porém, a questão ressurgiu, e temos hoje grupos e indivíduos que se autodenominam igualmente "cristãos" mas que observam dois dias diferentes para dedicar a Deus e ao repouso. De um lado, a maioria observa com sinceridade o domingo, o "primeiro dia da semana" bíblico, o Dia do Senhor, memorial da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

    De outro lado há grupos (principalmente novos protestantes e seitas judaizantes) que creem, muitas vezes também com sinceridade, que devem honrar e guardar apenas o sétimo dia como o "Sábado do Senhor", o shabat judaico do Antigo Testamento (AT). O principal argumento deste último grupo é o seguinte: quando Deus deu ao seu povo os Dez Mandamentos, também deixou claro que eram ordens perpétuas, as quais ninguém jamais poderia mudar. Ainda que o católico argumente que a antiga ordem das coisas se passou e que vivemos agora a nova e eterna Aliança em Cristo, na qual a Lei foi consumada, os sabatistas insistem em dizer que foram revogados apenas os antigos preceitos e costumes judaicos, mas não a Lei imutável de Deus, que não poderá nunca ser abolida por instituição humana alguma.

Por que a Igreja guarda o domingo e não o sábado?

'As Três Marias e o Túmulo', Peter von Cornelius (1815/1822)

O LEITOR EDNARDO Barbosa enviou-nos a pergunta que reproduzimos abaixo:

Mais porque mudarão o santo sábado do senhor para o domingo dos pagão, deus santificou e abençoou o sabado pará guardamos.

Agradecemos pela pergunta, caríssimo Ednardo, porque nos dá oportunidade de esclarecer uma questão que de tempos em tempos retorna em diversas oportunidades, inclusive em outras publicações que se prestam ao esclarecimento da Sã Doutrina cristã e católica.

Seu defeito dominante pode levar sua alma à perdição. Saiba como identificá-lo e vencê-lo


A VIDA ESPIRITUAL não é fácil, pelo contrário, nessa peregrinação rumo à Pátria Celeste caminhamos e caminharemos ainda por vias duras, tortuosas e acidentadas e não faltarão as noites frias e ameaçadoras e os dias de jornada por longos desertos escaldantes; enfrentaremos animais selvagens, verdadeiras bestas assassinas; lutaremos contra assaltantes de toda espécie; precisaremos cultivar a sabedoria e o discernimento para evitar as armadilhas dos nossos inimigos, tanto os visíveis quanto (principalmente) os invisíveis. E diariamente – mas especialmente quando o fim de tudo chegar –, teremos que enfrentar o pior de todos os nossos inimigos: nós mesmos.

    Sim. Enfrentar o Eu, para muitos, se não para todos, é o maior dos obstáculos. E tanto mais duro, beirando o impossível, será para aqueles que não reconhecem sua própria fragilidade, não conhecem o seu “ponto fraco”: o ponto que frequentemente será atacado pelos mais diversos inimigos, especialmente os espirituais. Grande teólogo e mestre, o Padre Garrigou-Lagrange definiu o defeito dominante nos termos seguintes:

A Sagrada Face: qual era a aparência de Jesus Cristo?

RECEBEMOS HÁ ALGUNS dias, de um inscrito de nossa Formação Teológica Integral cujo nome não estamos autorizados a publicar, a seguinte pergunta:

Por gentileza, poderiam me informar o que  a tradição da Igreja diz a respeito da aparência física de Jesus?

    Apesar de se tratar de uma questão acidental (secundária, que não tem importância doutrinal), essa é também uma dúvida ou curiosidade recorrente, que surge de tempos em tempos, em perguntas semelhantes que nos fazem via redes sociais ou por mensagens enviadas ao nosso e-mail. Assim, resolvemos postar aqui a nossa resposta, ampliada, para que mais pessoas possam saciar essa curiosidade, que não deixa de ser interessante. Segue:


A Igreja e o problema das drogas ilícitas

Por Caio Takeda 

O INTENSO CRESCIMENTO do uso de drogas em todo o mundo tem sido a maior preocupação de muitos governos. Qual o verdadeiro alcance do problema? A Igreja Católica trata dessa importante questão no seu Catecismo, no número 2291, ao constatar o fato: "O uso de drogas causa gravíssimos danos à saúde e à vida humana. Salvo indicações estritamente terapêuticas, constitui falta grave. Pela produção clandestina e o tráfico de drogas, (...) constituem cooperação direta com o mal, pois incitam a práticas gravemente contrárias à lei moral".

Todas as religiões são iguais? Todas dizem o mesmo, de modos diferentes?

Foi tudo em vão?

A PERGUNTA QUE DÁ título a este artigo é especialmente pertinente em nossos tempos. Vivemos numa sociedade em que a tolerância “politicamente correta” para com as diversas religiões não só está "na moda" como também constitui um verdadeiro compromisso para muita gente e muitas organizações importantes. Nem todos são mal intencionados. Conheço pessoalmente homens e mulheres de bem que acreditam e pregam a igualdade entre todas as crenças, principalmente em nome da paz. E em nome da "tolerância" e da "fraternidade humana", põem "num mesmo saco" a Religião, as diversas religiões e as seitas de todo e qualquer tipo.

A força dos símbolos

Como foi que passamos disto...

...para isto?!

DOIS PRINCÍPIOS BÁSICOS, aceitos com unanimidade, balizam o trabalho das empresas especializadas em estratégias de comunicação. O primeiro diz que existem apenas dois tipos de instituição: a que já sofreu e superou uma crise e a que ainda irá passar por uma. O segundo princípio dita que as crises, se bem gerenciadas, servem para aprimorar as instituições.

    A Igreja Católica, ao longo de 21 séculos de história, sofreu e teve que lidar com diversas e diferentes crises: das perseguições promovidas pelos judeus e pelo Império Romano nos primeiros séculos da era cristã àquelas promovidas pelos regimes ateus e totalitários que marcaram o século 20, até o atual genocídio dos chamados “adoradores da cruz” em países no Oriente e no continente africano com forte atuação de grupos islâmicos radicais.

O Nome sagrado de Deus

O Tetragrama


AS RELIGIÕES DESDE sempre buscaram se referir ao Criador com reverência e temor, cada qual à sua maneira representando os diversos aspectos da concepção humana sobre a Divindade e o seu relacionamento com a humanidade. A partir do judaísmo, o Nome mais importante do Criador é o que conhecemos como o sagrado Tetragrama, que é como se chamam às quatro letras – YHWH – que formam o Nome de Deus. Esse Nome em hebraico tem base no Livro do Êxodo (3,14) e constitui o primeiro fundamento do monoteísmo para judeus e cristãos.


EU SOU ou EU SEREI? 


Aqui se faz necessário – se é que pretendemos apresentar bem o tema – esclarecer a polêmica da  correta tradução para o Tetragrama do Nome Sagrado. O leitor mais interessado possivelmente já terá se deparado com uma interpretação menos conhecida que ganhou força nos últimos tempos, a qual defende que o modo mais correto de traduzir o Tetragrama estaria em EU SEREI e não no tradicional EU SOU. Qual a solução?

14/8/2023 | Segundo o Arcebispo Viganò, um Cardeal tem provas de que a eleição de Francisco foi corrompida!

Do LifeSiteNews – HÁ UMA NOTÍCIA extremamente impactante em relação às infindáveis discussões sobre os escândalos promovidos pelo Papa Francisco, relacionada diretamente à eleição de Mario Jorge Bergoglio no conclave de março de 2013. Só é ainda mais inacreditável que tal notícia, por sua extrema importância para 1,3 bilhões de católicos ao redor do mundo e, de modo geral, para toda a humanidade, não esteja sendo divulgada em praticamente nenhum lugar além de algumas páginas norte-americanas. Recentemente (14 de agosto deste 2023) o Arcebispo Carlo Maria Viganò afirmou que um Cardeal da Igreja que participou desse Conclave disse a amigos “que testemunhou fatos que tornam a eleição de Jorge Mario nula e sem efeito”(!).


    Falando ao editor do Catholic Family News, Matt Gaspers, Viganò acrescentou que este particular Cardeal não tornou públicos esse fato inacreditavelmente grave “para não quebrar o segredo pontifício: um segredo que ele já quebrou ao falar sobre isso com aqueles que nada podem fazer, o que obriga Sua Eminência a se manter em silêncio perante a Igreja”. Mas, em sua opinião, esse fato faz com que “os Pastores da Igreja talvez possam resolver a questão” de uma eleição papal inválida, como então teria sido essa de 2013.

O Santo Nome de JESUS

O NOME JESUS, etimologicamente, vem do hebraico Yehôshua e significa O SENHOR é Salvação ou YHWH é Salvação. No correr dos tempos, o Nome sagrado foi transliterado do hebraico para o grego Iesous, e da forma abreviada em hebraico, Yeshua, para o nome mais conhecido e universalmente adotado: Jesus. Em hebraico, Yehôshua corresponde ao nome Josué, que significa Salvador, ou YHWH Salva.

As 23 Igrejas Católicas Orientais sui iuris e seus ritos: um dossiê inédito em português

Por Lorenzo Lazzarotto

AS IGREJAS CATÓLICAS ORIENTAIS são ilustres desconhecidas para nós. Adoramos ver trechos de suas liturgias, rezar algumas preces orientais e ler sobre a vida de Santos católicos do Oriente, mas quando se trata de concretamente conhecer quem são esses nossos irmãos... sabemos quase nada a respeito deles.

15 de agosto | Sobre a Quaresma de São Miguel Arcanjo – até o dia 20 ainda é tempo de começar


TODO DIA 15 de agosto, Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, inicia-se para os católicos um tempo devocional denominado "Quaresma de São Miguel Arcanjo". É um período de 40 dias (excluídos, portanto, os domingos) que vai até 29 de setembro, encerrando-se com a festa dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.

A Assunção da Santíssima Virgem Maria

Francesco Botticini (1475-6), 'A Assunção da Virgem'

POR MAIS QUE REFLETÍSSEMOS, por mais que nos esforçássemos e exercitássemos a imaginação, jamais seríamos capazes de conceber uma glória maior do que a que recebeu a santíssima Virgem Maria, – que foi escolhida para ser a mãe de Jesus, isto é, ser mãe do Filho de Deus e, portanto, Mãe de Deus.

O autêntico Segredo de La Salette (fonte primária)


ENCERRANDO ESTA SÉRIE série especial sobre as aparições de Nossa Senhora em La Salette, com o objetivo de esclarecer os fatos e auxiliar àqueles que buscam a verdade sobre um tema tão difícil – já que há muita desinformação e mesmo muita oposição a respeito, da parte de modernistas inseridos na Igreja –, concluímos com os textos verdadeiros, escritos diretamente pelos videntes, sobre o tão falado e tão deturpado Segredo de La Salette. A fonte primária está citada ao final dos textos[1]. Segue.


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[1]Como vimos em nosso estudo anterior, no ano de 1999 o Padre Michel Corteville encontrou nos arquivos do Vaticano os documentos originais com as narrações de Maximin e Mélanie escritas em 1851 e enviadas ao papa Pio IX, publicando-as no livro que escreveu junto com o Padre René Laurentin, intitulado Découverte du secret de La Salette (Fayard, Paris, 2001) [https://www.fayard.fr/documents-temoignages/decouverte-du-secret-de-la-salette-9782213612836]. Esses textos podem ser encontrados no original em: http://JesusMarie.free.fr/apparitions_salette_secret.html
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 Tradução de Roberto Mallet. Fonte: BLOY, Léon. Aquela que chora – e outros textos sobre Nossa Senhora da Salette. Campinas: Ecclesiae, 2016, pp. 145-153.

A Aparição da Santíssima Virgem na montanha da Salette em 19 de setembro de 1846 segundo Mélanie Calvat (fonte primária)


Publicado pela Pastora da Salette com o Imprimatur do Mons. Bispo de Lecce[1]

[O texto de autoria de Mélanie Calvat 
de 1879]


– I –


No dia 18 de setembro, véspera da santa Aparição da Santa Virgem, eu estava sozinha, como de costume, cuidando das quatro vacas de meus senhores. Por volta das onze horas da manhã, vi chegar perto de mim um menino. Assustei-me ao vê-lo, pois achava que todos deviam saber que eu evitava todo tipo de companhia. O menino se aproximou e me disse: "Menina, vim ficar contigo; também sou de Corps". Ouvindo isso, minha maldade natural se mostrou e eu lhe disse: "Não quero ninguém perto de mim, quero ficar sozinha". Depois me afastei, mas ele me seguia, dizendo: "Ah, deixa eu ficar contigo; meu patrão me enviou aqui para que cuide das minhas vacas junto com as tuas. Eu sou de Corps"...

3/ago/2023 | Jovens rezam em reparação a "missa" LGBTQ e o padre chama a polícia! Entrevista ao vivo


Por Lorenzo Lazzarotto


PADRES QUE PROMOVEM heresias e escândalos; jovens leigos que defendem a Fé de sempre. Duas posições inconciliáveis, porque representam duas religiões diferentes: o modernismo e o Catolicismo.

    Assim podemos analisar o ocorrido no último dia 3 na igreja paroquial N. S. Senhora da Encarnação da Ameixoeira, em Lisboa, Portugal. Ali, o "dominicano" frei José Nunes celebrou uma "'missa' LGBTQ" organizada pelo "Centro Arco-Íris", um grupo que está "acolhendo" jovens "católicos LGBTQ" (e seja lá quantas letras mais completem esta sigla) que vieram para a Jornada Mundial da Juventude.

A aparição de Nossa Senhora em La Salette: a verdadeira história – parte 5


O DESAPARECIMENTO DOS ESTADOS Pontifícios, o enfraquecimento do poder da Igreja em toda a Europa, o progresso do ateísmo e do anticlericalismo depois a eclosão da Primeira Guerra Mundial, tudo apontava (pensadores católicos famosos como Léon Bloy, Louis Massignon, Paul Claudel e até Jacques Maritain falaram sobre isso) a veracidade do segredo confiado aos videntes de La Salette. 

    A partir de 1851, após minuciosa e exaustiva investigação eclesiástica, a aparição foi reconhecida como autêntica, e autorizado o seu culto. Mélanie Calvat tornou-se freira aos vinte anos, assumindo o nome de Irmã Marie de la Croix, dedicando sua vida inteira à divulgação da mensagem recebida do Céu. Sobre a grande apostasia e o subsequente castigo universal descrito na aparição segundo ela, em linhas muito impressionantes, dizia que "essas coisas acontecerão quando a desordem moral seja completa sobre a terra e o mundo esteja entregue às suas ímpias paixões", sem acrescentar datas. 

Aparição de Nossa Senhora em La Salette: a verdadeira história – parte 4

Mélanie Calvat e Maximin Giraud, os videntes de La Salette, retratados pouco tempo após a Aparição que colocaria suas vidas de cabeça para baixo.

Ler a primeira parte

O porquê da polêmica


Católicos modernistas e liberais, poderes civis e associações anticatólicas sabiam que se a mensagem dada em La Salette fosse bem recebida, a causa da Revolução estaria perdida. Para complicar ainda mais o quadro, vários charlatães passaram a espalhar mensagens falsas, atribuindo-as aos videntes. Após a publicação do segredo na data prescrita, os inimigos de La Salette exacerbaram ainda mais a oposição.
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