Beato Salvio Huix-Miralpeix, Bispo e Mártir


MONS. SALVIO Huix Miralpeix é o primeiro bispo mártir e titular de uma diocese catalã após os últimos 17 séculos. O anterior foi São Severo, martirizado durante a perseguição de Diocleciano, no século IV. A beatificação de Mons. Savio é um sinal singular de esperança para a igreja em terras catalãs.1

Salvio Huix nasceu no dia 22 de dezembro de 1877, em Santa Margarita de Vellors, Girona, Espanha. Sua família, camponesa e católica tradicional, tinha razoavelmente boas condições e se mantinha repetindo boas práticas como a Missa diária, o Rosário, as visitas ao Santíssimo Sacramento e às práticas de devoção ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria.

Havia sempre padres visitando a casa, bem como alguns sacerdotes na família. Por isso, o jovem Savio não surpreendeu ninguém ao anunciar sua intenção de oferecer-se como um candidato ao sacerdócio, saindo de casa para o seminário menor local quando tinha 10 anos de idade2. Como conta seu biógrafo, Narciso Tubau, “em sua profundidade humana, Padre Huix era um soldado da Tradição”.

Durante o tempo no seminário, destacou-se nos estudos por ser muito aplicado aos trabalhos. Aqueles que o conheceram diziam que ele sempre fazia tudo o que era necessário, tão bem quanto podia; era uma pessoa muito prática, não se dava a devaneios e em nada perdia tempo. As virtudes notadas pelos seus colegas foram admiradas pelos companheiros Oratorianos. Era obediente, alegre e bondoso, interessava-se naturalmente pelo outro e assumia trabalhos árduos e liderança. Ao mesmo tempo, afastava-se de qualquer publicidade. Ainda assim, era um jovem irritado e às vezes tinha dificuldade em controlar seu temperamento.


Foto da família Huix com o Beato Salvio ao centro (sem data)

Salvio foi ordenado sacerdote em 19 de setembro de 1903 e enviado para trabalhar como pároco auxiliar. Ele atuou em duas paróquias rurais, mas descobriu que não havia trabalho suficiente para absorver as suas energias; além disso, seu desejo era estar perto de pessoas e ajudá-las a se tornarem santas. Foi esse desejo que o levou, aos 30 anos de idade, a entrar para a Congregação do Oratório de São Filipe Neri em Vich, em 1907. Esteve ali por 22 anos. Em 1922, Padre Salvio se tornaria o prepósito dessa Congregação.


Padre Salvio Huix na Congregação do Oratório

Professor no seminário, a maioria de seus discípulos o escolheu como diretor espiritual, assim como a maioria dos jovens e pais de família que circundavam esse oratório.

Os padres acordavam todas as manhãs às 4h30, exceto aos domingos e dias de festa, quando se levantavam meia hora mais cedo. Após uma hora de oração mental, eles desciam até a igreja para ouvir confissões e, a seguir, diziam suas santas Missas em um dos Altares laterais da igreja.

A tarde era passada no confessionário ou trabalhando com um dos grupos ou congregações anexas à igreja: Irmãos do Oratório Menor, grupos de jovens etc. Havia os doentes a serem visitados e crianças a serem catequizadas. Padre Salvio tomou ciência de que não havia nada dirigido aos jovens homens casados, que pareciam não ter parte na vida da Igreja. Acreditava que uma religião que atraía apenas mulheres e crianças em grande número era seriamente deficiente (o que muitos pensam, erroneamente nos nossos dias, que “religião é coisa para mulheres e crianças”). Então, começou uma confraria de homens casados sob o patrocínio de São José.

Tanto os homens quanto os jovens ele encorajou ao apostolado. Estava ansioso para vê-los trabalhando com os doentes, não apenas visitando-os, mas realmente olhando para suas necessidades físicas e materiais. Ele próprio, quando não estava ocupado no confessionário ou no seminário, onde foi professor de Teologia Mística e Ascética, era encontrado cuidando de um doente – lavando-o, se fosse necessário, e trocando a roupa da cama.

O cotidiano de padre Salvio o levava a dormir sempre depois da meia-noite, e por conta desses doentes era continuamente acordado, tendo parcas noites de sono. Era fervoroso pela salvação das almas e pelas obras de misericórdia.

Depois de dez anos no Oratório foi nomeado diretor das Congregações Marianas de Vich. Magistralmente organizou as seções da Caridade e Propaganda, realizou a grande Assembleia das Congregações Marianas da Catalunha em 1921, e organizou os atos de coroação canônica da Virgem de Gleva, Padroeira de Vic, em 1923. Não admira que o Cardeal Tedeschini, núncio na Espanha naquela ocasião, notasse aquele padre pelos seus dotes de piedade. Durante o banquete festivo da citada festa de coroação, ao não ver o Padre Huix no salão, o núncio perguntou sobre o sacerdote a fim de felicitá-lo. Foram buscá-lo, mas encontraram-no absorto ante ao Santíssimo Sacramento.

Quatro anos depois, o núncio iria propô-lo à cúria espanhola como bispo de Ibiza, uma diocese que já fazia 69 anos estava sem bispo próprio e precisava de um pastor zeloso e capaz. A ilha de Ibiza recebeu este anúncio com grande alegria.


Bispo de Ibiza


Em 1927, no mesmo ano de sua consagração episcopal ocorrida em 28 de abril, Beato Salvio, então reitor da pequena comunidade, foi nomeado bispo de Ibiza. Mesmo o novo compromisso não permitiu que o Padre Huix deixasse sua congregação. Ele permaneceu como um filho de São Filipe, até mesmo na forma como ele governava sua diocese.

Como bispo, mostrou-se um pastor muito cuidadoso, e muito prático também. A fotografia tirada em uma recepção logo após sua nomeação como bispo, mostra-o com a cabeça inclinada para uma pessoa com quem está falando, segurando sua mão, evidentemente interessado no que ele está dizendo.

O clero fundado por ele era extremamente pobre, e assim ele organizou um esquema de seguro de vida que iria garantir-lhes alguma segurança na velhice. Mons. Salvio Huix (ao centro), junto aos congregados marianos da Academia Bibliográfico-Mariana de Lérida (A.D. 1936)

Permaneceu incentivando os leigos no apostolado social e também as obras de misericórdia. As devoções que fizeram parte de sua infância também transmitiu ao seu rebanho, em especial uma patronal proteção do título de Nossa Senhora das Neves, padroeira de Ibiza.

Em 1931, a Espanha foi declarada república. Embora os bispos espanhóis inicialmente tenham exortado os fiéis a cooperarem com o Governo, dentro de algumas semanas as coisas começaram a mudar e uma nova ordem se fez sentir. Em Madrid e em outros lugares, conventos foram pilhados e queimados; os jesuítas foram reprimidos; o arcebispo de Toledo foi expulso; todas as escolas administradas por ordens religiosas foram fechadas. Cemitérios foram secularizados e enterros católicos foram proibidos.

Ordenou-se a remoção de todos os crucifixos dos cemitérios. Em Ibiza, o próprio bispo carregou nas costas um grande crucifixo, trazido do cemitério pelos homens até as portas da catedral, e o levou para o santuário sob grande comoção dos fiéis que enchiam o local. Beato Salvio não se impressionou com as leis e ideias antirreligiosas e em sua carta pastoral quaresmal de 1932 disse ao seu povo que, “mesmo que os cães ladrem e os porcos grunham, o sol e a lua continuarão a brilhar”.


Bispo de Lérida


Ele permaneceu como bispo de Ibiza por 8 anos, quando em 1935, por indicação de Mons. Tedeschini, foi transferido para o lado mais prestigiado do continente: na Diocese de Lérida. Lá, esperava continuar seu programa pastoral, mas isso não aconteceria, pois em um ano a guerra civil eclodiu.

Mons. Huix sabia que as leis iníquas trariam consequências desastrosas às vidas dos católicos, pois os homens de maiores instâncias haviam colocado na cabeça dos mais simples um veneno anticlerical e antirreligioso que envenenava as almas – coisa que ainda ocorre com muita facilidade. Em 6 de junho de 1936, Mons. Huix ordenou na catedral vários sacerdotes que, no prazo de um mês, seriam levados ao martírio, assim como esse bispo ordenante.

Entre julho de 1936 e março de 1937, houve um ataque devastador de violência contra a Igreja. Em poucos meses, milhares de pessoas morreram. Até o final da guerra, 6832 sacerdotes e religiosos, 12 bispos e 283 irmãs haviam sido mortos.

Pouco antes de 18 de julho de 1936, ele organizou algumas Jornadas Eucarísticas de oração e penitência, como se sentisse os dis trágicos que estariam por vir.


Premonição do Martírio

Em 18 de julho, houve uma revolta militar contra o governo republicano. Dois dias mais tarde, a cidade de Lérida estava nas mãos de forças republicanas que queimaram a catedral e as igrejas da cidade, matando, ao longo de vários meses, 80% dos sacerdotes da diocese. Um de seus seminaristas, com cerca de 15 anos, teve um julgamento simulado. A multidão gritou por sua morte e o “juiz”, assim chamado, fez um movimento de lavar as mãos, antes de condená-lo à morte. O menino foi então espancado, despido e pregado a uma viga, onde morreu.




De cima para baixo: corpos exumados e deixados à mostra por milicianos em atos de profanação de conventos e catedrais; milicianos republicanos fazem mira ao Sagrado Coração de Jesus; milicianos fazem burlas com as vestes sagradas e profanam, queimam e destroem igrejas, conventos e catedrais em seu caminho de destruição

Em uma resenha de sua viagem a Roma, em visita "Ad Limina", Mons. Salvio escrevia: “Sentimos como o coração nos palpita, com fé renovada e confirmada, em firme propósito de fidelidade até a morte, e o martírio se fosse mister, com a ajuda da divina Graça”2.

Poucos dias antes de eclodir a guerra, Mons. Irurita (antigo bispo de Lérida) passou em retorno a Barcelona vindo de Navarra e visitou a Mons. Huix, seu amigo. Comeram juntos e comentaram as crescentes ameaças a eles como máximos representantes de suas respectivas dioceses. Convenceram-se a não abandonar os seus fiéis, o que quer que ocorresse, e ofereceram a Deus suas vidas defendendo a fé católica, a fé de seu povo.

Após discutirem entre si se seriam dignos de tal ato heroico, do martírio em nome do Senhor, decidiram que sim, animando-se um ao outro, e esperavam que com toda docilidade pudessem assim fazê-lo, para maior glória de Deus.

Após o martírio de Mons. Huix, com muita dor, Mons. Irurita quis imitar o amigo e apresentou-se às autoridades para ser sacrificado.


A Via Crucis

Na noite do dia 21 de julho de 1936, depois de queimarem a catedral, os republicanos voltaram sua atenção para a residência episcopal. Enquanto estavam arrombando as portas, procurando armas e foragidos, Huix administrou os Sacramentos ao secretário, o porteiro e sua filha, que saíram em seguida pela porta dos fundos.

Mons. Huix já sabia o que iria lhe ocorrer e mantinha uma mala pronta com um traje simples embalado, caso precisasse. Refugiou-se na casa do jardineiro, mas percebendo o perigo a que estava expondo esse homem e sua família, entregou-se à polícia. “Eu sou o Bispo de Lérida e me coloco aos vossos cuidados.”

A polícia prontamente o entregou aos republicanos, que o aprisionaram planejando matá-lo ali mesmo. Em contato com o comando geral, diziam que havia com eles “um peixe gordo” que poderia trazer-lhes algum benefício. Muitas pessoas importantes da cidade já estavam na prisão, e também homens do clero. Um boletim eclesiástico da diocese, do ano de 1938, informa os seus 12 dias de estadia neste cárcere e como recordam-no aqueles que ali com ele estiveram: “Um bispo humilde e sensível, não permitindo ser relevado por conta de seu posto, nos serviços mais baixos, se coloca como mais um entre os presos. Distribuía sempre comida que as almas piedosas lhe traziam, entre os reclusos mais necessitados, contentando-se com um canto do cárcere. Valente e apostólico animava a todos com sua palavra, exercendo devidamente os sagrados ministérios, confessando, orientando o grupo de fiéis, distribuindo a sagrada Comunhão.”

Todos ficaram impressionados com a alegria do Bispo e seu cuidado contínuo para com seu rebanho. Na festa de São Tiago, conseguiu celebrar Missa, utilizando vasos contrabandeados para a prisão. Ele administrou a Comunhão e ouviu confissões.

A figura do bispo de Lérida era de suma importância para a causa sanguinária dos revolucionários. A seleção e fuzilamento de numerosos detidos, entre eles a figura destacada do senhor Bispo, daria ainda mais popularidade ao grupo. Já havia a generalidade de Barcelona, indicando-se como comando superior e reclamando a presença do bispo para que em Barcelona fosse julgado em público e possivelmente executado, tal era o desejo de destaque e exibição que os sanguinários queriam em toda Espanha.

Essa ordem de Barcelona foi acatada depois de muita discussão, mas já estava marcado o destino desse santo homem. Ele e os demais seriam executados tão logo saíssem do seu cárcere. Às 4h30 de 5 de agosto, festa de Nossa Senhora das Neves (Virgem Blanca de las Nieves), de sua especial devoção e patrocínio, o bispo e outros 20 foram informados que seriam levados a julgamento em Barcelona. Uma vez fora da cidade, os caminhões pararam no cemitério e os prisioneiros tiveram que sair. Ele usou um ditado popular catalão muito utilizado ao se chegar ao fim de uma longa jornada, quando percebeu que ali seria selado o destino dele e dos demais: “Ja soms a sants” (‘Nós somos santos’).


Ao centro, Dom Manuel Irurita, bispo de Barcelona, ao lado do amigo e antecessor de Mons. Salvio Huix na cátedra de Lérida (sem data)

Percebendo os demais que estavam prestes a serem mortos, pediram a seu bispo a bênção e os Sacramentos. Este atendeu aos pedidos, dizendo-lhes: “Sejam corajosos, pois dentro de uma hora estaremos reunidos na Presença do Senhor”. Aos que queriam confessar, disse sorrindo: “Não temais, a melhor confissão é o martírio”. Eles então recitaram juntos o Credo e foram obrigados a cavar suas sepulturas.

Um relato diz que foi oferecido ao Monsenhor Huix continuar vivo, caso ele renunciasse sua fé. Ele se recusou a fazê-lo, mas pediu um favor: que fosse o último a morrer. Quando todos estavam mortos, ele os abençoou. Um dos homens da milícia, desaprovando o gesto, atirou em sua mão direita. Ele continuou a abençoar com a esquerda.

Em um depoimento escrito após o martírio, o homem que havia administrado o golpe de misericórdia aos moribundos disse como havia muito sangue e como os tendões dos braços do Bispo estavam expostos, por terem sido baleados várias vezes. Dizia seu Verdugo: “Parece de madeira”, tal a quantidade de vezes que foi baleado até ter entregue sua alma ao Senhor.

Morreu assim, naquele 5 de agosto, na festa de sua mãe amada, Nossa Senhora das Neves, Monsenhor Huix. Pelo martírio, seu sangue jorrou em terra como “semente dos novos Cristãos”. Conforme dizia Tubau, seu biógrafo, “Ele foi como Santo Estevão, que vendo o seu martírio conseguia ver o céu aberto”.


Procissão da Virgem Maria das Neves, Padroeira de Ibiza e de sua catedral (2015)

Beato Salvio não foi o único padre do Oratório que perdeu sua vida nos trágicos acontecimentos da Guerra Civil. Quatro padres de Barcelona e cinco de Gracia e Vich foram assassinados. Lérida, por sua vez, perdeu 2/3 de todo seu clero nesta guerra fraticida.

Em um opúsculo ainda em Vich, Padre Salvio Huix relatou para seus dirigidos um oferecimento: “Peço-vos, Senhor, a graça de querer sofrer sempre qualquer tribulação, trabalho ou enfermidade, incluso a morte, e derramar o sangue se for necessário para sustentar e defender a honra de vosso Sagrado Evangelho. Confirmai-vos, este propósito, e com vossa Virtude divina, fazei eficaz e perseverante esta minha promessa”.

Em 27 de junho de 2011, o Papa Bento XVI assinou o decreto com o qual se reconhece o martírio este Servo de Deus. Sua beatificação ocorreu em 13 de outubro de 2013, durante o pontificado do Papa Francisco.

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Notas:
1. Mons. Salvio Huix – primero bispo Martir catalán en 17 siglos, disp. em:
www.hispaniamartyr.org/Martires/Huix%20Crist.pdf
Acesso 22/12/015
2. Blessed Salvio Huix-Miralpeix
The Oxford Oratory – Catholic Church of St. Aloysius Gonzaga, disp. em:
www.oxfordoratory.org.uk/bl-salvio-huix-miralpeix.php
Acesso 22/12/015

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Fonte e ref. bibliográfica:
• Artigo 'Beato Salvio Huix-Miralpeix, Bispo e Mártir', do Boletim 'A Voz do Oratório', informativo da Congregação do Oratório de São Paulo, n.5, pp. 8-15.
• ORTI. Vicente Cárcel, Persecuciones religiosas y mártires del siglo XX. Madri: Palabra, 2001.
• Salvio Huix Miralpeix, Beato
http://es.catholic.net/op/articulos/36939/salvio-
-huix-miralpeix-beato.html
www.ofielcatolico.com.br

7 comentários:

  1. Eu me pergunto, aonde esta o povo católico que não defendiam a Igreja?. Será que a maioria do povo católico da Espanha naquela época apostatou apoiando os repúblicanos?, ou forma omissos?, lavaram suas mãos?, foram covardes?. Enfim, não consigo entender como uma país como a Espanha em que seu povo era de maioria católica, deixou isto acontecer. Se estourasse a mesma coisa aqui no Brasil, posso garantir que a imensa parte da população que se diz católica iria agir da mesma forma, ou seja, iria apoiar os perseguidores da Igreja, isto se eles mesmos não ajudariam a perseguir, e ainda iriam juras de pés juntos que eram católicos. Católicos assim o inferno está cheio.

    Sidnei

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    1. Os republicanos sanguinários de lá, tiveram as mesmas idéias dos atuais sanguinários de cá têm. É só permanecerem no poder por mais uns anos, com uma enorme diferencia: Os de cá serão financiados por “católicos” da TL e Cia Conferencionista Ltda.

      Não é uma profecia. São evidencias ...

      Beato Salvio Huix-Miralpeix, rogai a Deus por nós!

      Seja Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!

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  2. Belo e santo exemplo. Que Nosso Senhor Jesus, com a intercessão do beato Sálvio, conceda-nos a perseverança inabalável e bispos com a mesma disposição deste beato.

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  3. É uma história realmente comovente. Digna de ser lida atenciosamente. Que eles no Céu peçam a Jesus por nós.

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  4. Henrique você ja fez algum artigo sobre os Cristeros?
    Tenho curiosidade pra saber mais sobre essa historia que pouquíssimos católicos sabem! Tenho medo de procurar por outras fontes que não sejam católicas e ter so informações distorcidas!

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  5. Irmãos
    Estou compondo uma oração e uma novena ao nosso Beto Salvio, por que peço a intercessão dele nesses tempos. Como faço? tá certo essa minha atitude? se ele ja tiver a oração dele, tudo bem, se não, eu poso fazer?

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    1. Caríssimo Jefferson, fiel católico em Cristo Jesus,
      Sinceramente, não tenho conhecimento sobre os procedimentos de compor orações (súplica, louvor, intercessão, ação de graça, adoração e até mesmo novena), mas, é bom lembrar que nas postulações de beatificação e canonização dos santos, já trazem pedidos de orações.
      No entanto, faz-se necessário trazer o que diz o Magistério da Nossa Santa Igreja à respeito da ORAÇÃO no seu Catecismo:
      "Nem sabemos o que seja conveniente pedir" (Rm 8,26).

      Portando, é salutar lembrar que: “O Espírito Santo dá a certos fiéis dons de sabedoria, de fé e de discernimento em vista do bem comum que é a oração (direção espiritual). Aqueles e aquelas que têm esses dons são verdadeiros servidores da tradição viva da oração” (§2690 CIC)
      "Não possuís porque não pedis. Pedis, mas não recebeis, porque pedis mal, com o fim de gastardes nos vossos prazeres" (Tg 4,2-3). Se pedimos com um coração dividido, "adúltero" Deus não nos pode ouvir, porque deseja nosso bem, nossa vida. "Ou julgais que é em vão que a Escritura diz: Ele reclama com ciúme o espírito que pôs dentro de nós (Tg 4,5)?" Nosso Deus é "ciumento" de nós, o que é o sinal da verdade de seu amor. Entremos no desejo de seu Espírito e seremos ouvidos” §2737
      Expressões e formas de oração
      “O Espírito Santo, que ensina a Igreja e lhe recorda tudo o que Jesus disse, educa-a também para a vida de oração, suscitando expressões que se renovam dentro de formas permanentes: benção, súplica, intercessão, ação de graças e louvor”. (§2644)
      “O Caminho da Oração.Na tradição viva da oração, cada Igreja propõe aos fiéis, segundo o contexto histórico, social e cultural, a linguagem de Jesus na sua oração: palavras, melodias, gestos, iconografia. Cabe ao Magistério discernir a fidelidade desses caminhos de oração à tradição da fé apostólica, e compete aos pastores e aos catequistas explicar seu sentido, sempre relacionado com Jesus Cristo”. (§2663)
      “Na comunhão dos santos, desenvolveram-se, ao longo da história das Igrejas, diversas espiritualidades. O carisma pessoal de uma testemunha do Amor de Deus aos homens pôde ser transmitido, como "o espírito" de Elias a Eliseu" e a João Batista, para que alguns discípulos tenham parte nesse espírito. Há uma espiritualidade igualmente na confluência de outras correntes, litúrgicas e teológicas, atestando a inculturação da fé num meio humano e em sua história. As espiritualidades cristãs participam da tradição viva da oração e são guias indispensáveis para os fiéis, refletindo, em sua rica diversidade, a pura e única Luz do Espírito Santo. (§2684)
      O Espírito é de fato o lugar dos santos, e o santo é para o Espírito um lugar próprio, pois se oferece para habitar com Deus e é chamado seu templo.
      A oração ao Pai
      “Não existe outro caminho da oração cristã senão Cristo. Seja a nossa oração comunitária ou pessoal, vocal ou interior, ela só tem acesso ao Pai se orarmos "em nome" de Jesus. A santa humanidade de Jesus é, portanto, o caminho pelo qual o Espírito Santo nos ensina a orar a Deus, nosso Pai”. (§2664)
      NAS FONTES DA ORAÇÃO
      “O Espírito Santo é "a água viva" que, no coração orante, "jorra para a Vida eterna". É Ele que nos ensina a haurir essa água na própria fonte: Cristo. Ora, existem na vida cristã fontes em que Cristo nos espera para nos dessedentar com o Espírito Santo”. (§2652)
      E finalmente,
      “O Espírito Santo, cuja Unção impregna todo o nosso ser, é o Mestre interior da oração cristã. E o artífice da tradição viva da oração. Sem dúvida, existem tantos caminhos na oração quantos orantes, mas é o mesmo Espírito que atua em todos e com todos. Na comunhão do Espírito Santo, a oração cristã se torna oração da Igreja”. (§2672)

      Seja Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!

      Salve o Santo Magistério!

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