Católico e espírita?! – calúnias espíritas contra a Igreja – conclusão

SEGUE ABAIXO a segunda parte do artigo sobre a disparidade que há entre o espiritismo e a Sã Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, visando esclarecer as difamações e calúnias frequentemente divulgadas por representantes do espiritismo numa tentativa de desonrar a Igreja Católica.


Leia antes a primeira parte deste estudo


2 – "O Vaticano não soube, porém, senão produzir obras de caráter exclusivamente material."
(p. 31)

No desenrolar do texto de Chico Xavier, escrito em nome do "espírito Emmanuel", o festival de absurdas e maldosas mentiras vai-se tornando cada vez pior. Segundo o suposto “espírito” – que a esta altura já poderíamos chamar tranquilamente de diabólico, pois quem sustenta falso testemunho está a serviço do maligno –, a Igreja Católica sempre foi fútil e nunca criou nada que auxiliasse a elevação da alma humana(!). Segundo ele, o canto sacro (gregoriano e franco-romano), a orquestra sinfônica, os corais polifônicos, a riquíssima arte sacra, a extasiante liturgia, o cerimonial da Santa Missa, do Matrimônio, bem como os ritos de todos Sacramentos, e mais além o método científico, a estruturação dos cemitérios (que resolveram um gravíssimo problema civil e de saúde pública), a arquitetura das igrejas e catedrais (que recriou a maneira de se pensar a engenharia da construção civil), os majestosos vitrais e esculturas que contavam as histórias da Bíblia para os analfabetos, a criação da Universidade, a cartografia, a alfabetização de tantos povos, as centenas de milhares de obras assistenciais e de caridade espalhadas pelo mundo, que foram o auxílio e a esperança dos feridos de guerra, dos doentes, órfãos, idosos, viúvas e inválidos abandonados pelo Estado em tantas épocas de crise, etc, etc, etc... Nada disso tem valor algum!

Tudo isso e muito mais é enquadrado pelo suposto "espírito" maligno, ao qual Xavier ousou dar como nome um título do Filho de Deus, como “obras de caráter exclusivamente material”...


3 – "Ninguém ignora a fortuna gigantesca que se encerra, sem benefício para ninguém, nos pesados cofres do Vaticano." (p. 57)

Peço perdão pelo desabafo, mas preciso observar que Xavier e/ou o seu “espírito” mentor, além de maledicente, é puramente estúpido. Existe, sim, alguém que ignora a “fortuna gigantesca” do Vaticano: o próprio Vaticano! Se alguém tiver dúvidas a esse respeito, basta confirmar a situação financeira do menor Estado do mundo, que hoje em dia é pública. O fato é que, já há vários anos consecutivos, o Vaticano vem apresentando déficit orçamentário (confira).

Não, o Vaticano não é rico, como pensam muitos. Seu maior patrimônio material se restringe, quase que unicamente, ao acervo em obras de arte, estas sim, de valor inestimável. São históricas, belíssimas e impressionantes. Mas isso não é sinônimo de fortuna e grande riqueza para um país. O Vaticano, como dito, é o menor país do mundo: bem administrado, mas não rico.


4 - "A Igreja fez mais vítimas que as dez perseguições mais notáveis" (p. 56):

Patético. Mais uma afirmação criminosa, que de tão esdrúxula sequer mereceria comentários. Todo inimigo da Igreja em algum momento apela para o ultrapassado argumento da Inquisição. Será que "o espírito" amigo de Chico Xavier acreditava nas fábulas escritas por Voltaire? Será que ele, por exemplo, acreditou que a Igreja teria mandado matar quatro milhões de mulheres na Inglaterra, como tantas vezes ouvimos e lemos por aí, quando a população de Londres do século XV era de aproximadamente seis milhões de pessoas? Bem, se ainda existem ingleses no mundo, hoje, esta já é a prova cabal da ridícula calúnia.

O Papa João Paulo II afirmou certa vez: “Na opinião do público, a imagem da Inquisição representa praticamente o símbolo do escândalo”. E perguntou “Até que ponto essa imagem é fiel à realidade?”. Vamos, então, aos fatos: aqui, a elucidação da questão depende diretamente dos dados e números históricos; apresentemo-los, então (para mais informações, leia este estudo específico):

Vamos tomar como referência as atas do grande Simpósio Internacional sobre a Inquisição – do qual participaram 30 reconhecidos historiadores de diversas confissões religiosas –, com o objetivo de conferir um tratamento histórico e definitivo ao controverso tema Inquisição: uma proposta feita e motivada (atenção) pela própria "cruel" Igreja Católica.

O encontro realizou-se entre os dias 29 e 31 de outubro de 1998. Com a total abertura dos arquivos da Congregação do Santo Oficio e da Congregação do Índice. As atas deste Simpósio foram, alguns anos depois, reunidas e apresentadas ao público sob a forma de livro, contendo 783 paginas, intitulado originalmente “L’Inquisioni”, por Agostinho Borromeo, historiador, professor da Universidade de La Sapienza de Roma e presidente do Instituto Italiano de Estudos Ibéricos. 

As atas documentais do Simpósio já foram e continuam sendo utilizadas em diversas obras acadêmicas; tais documentos são o resultado de uma profundíssima pesquisa sobre os dados realmente históricos dos processos inquisitoriais: as seguintes afirmações foram declaradas pelo historiador Agostinho Borromeo[1]:

Sobre a “terrível” Inquisição Espanhola: “A Inquisição na Espanha celebrou, entre 1540 e 1700, 44.674 juízos. Os acusados condenados à morte foram apenas 1,8% (804) e, destes, 1,7% (13) foram condenados em 'contumácia', ou seja, pessoas de paradeiro desconhecido ou falecidos os quais, em seu lugar, simbolicamente se 'executavam' bonecos”.

Sobre a famosa “caça às bruxas”: “Dos 125.000 processos ocorridos em toda a sua história, os tribunais da Inquisição espanhola condenaram à morte 59 pessoas” (a propaganda anticatólica diz que foram 'milhões'!).

Constatou-se que os tribunais religiosos eram indubitavelmente mais brandos que os tribunais civis; que tiveram poucas participações nestes casos, o que não aconteceu com os tribunais civis que, estes sim, condenaram à morte milhares de pessoas.

Sentenças de um famoso inquisidor – “Em 930 sentenças que o Inquisidor Bernardo Guy pronunciou, em 15 anos, houve 139 absolvições, 132 penitências canônicas, 152 obrigações de peregrinações, 307 prisões e 42 'entregas ao braço secular'”, isto é, ao Estado (AQUINO, 2009, p.23).

O Simpósio concluiu, ao final, que as penas de morte e os processos em que se usou de tortura foram raros e pouco expressivos, ao contrário do se imaginava e do que foi amplamente propagado, por séculos a fio. Tais dados históricos definitivos representam a verdadeira demolição das falsas e fantasiosas ideias sobre a Inquisição. E, sim, Chico Xavier e o "espírito Emmanuel" não só ajudaram a difundir essas graves calúnias históricas, como também exageraram-nas a um nível inédito.

Dados os parcos números finais sobre a Inquisição, e considerando-se que o "espírito evoluído" afirmou que "a Igreja fez mais vítimas do que as dez perseguições mais notáveis", poderíamos indicar-lhe, por exemplo, a leitura do Livro Negro do Comunismo (esgotado nas livrarias: download gratuito aqui), desenvolvido por vários pesquisadores de renome mundial e que aponta as 100 milhões de vítimas do regime vermelho.


5 – “...a imensidade de crimes perpetrados à sombra dos confessionários penumbrosos.” (p. 52):

A maledicência elevada à categoria poética! Se o “espírito” conhece tantos "crimes" assim, por que não cita pelo menos um? Note-se que a Igreja, Noiva do Cordeiro, é Santa e Imaculada, apesar de abrigar pessoas sujeitas ao pecado. E, como sempre dizemos por aqui, isto é assim desde os tempos de Pedro e Paulo. Evidente que padres, bispos e até alguns Papas falharam, e muitas vezes gravemente. A Igreja nunca negou tais fatos. Todavia, estas são indiscutivelmente exceções à regra. Temos uma superlativa maioria de Papas santos, sejam canonizados (80 pontífices receberam o título oficialmente) ou não.

Partindo do pressuposto que o “espírito Emmanuel” é uma “entidade de luz”, de mente elevada, é estranho que se ponha a denegrir toda a Instituição Igreja baseado numa minoria que não a representa, ao invés de reconhecer, por exemplo, a glória que merece uma multidão de santos; entre os papas, São Víctor III, Santo Eugênio III, São Gregório X, São Bento XI, Santo Inocêncio XI, São Pio IX; Santo Urbano II e Santo Urbano V ou Santo Inocêncio V, entre muitos outros, sem falar em Santo Agostinho, São Boaventura, Santo Tomás de Aquino, Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz, Santa Teresa do Menino Jesus, São Gregório Magno, São Luiz Rei de França, Santa Catarina de Senna, Santa Perpétua, Santo Afonso de Ligório, São Josemaria Escrivá, São Thomas Moore, São Francisco de Assis, São João Maria Vianei, São Pio de Pietrelcina, São Pio X, Papa Leão XIII, Santa Rita de Cássia, Santo Antônio, São Bernardo, São Eleutério, etc, etc, etc...

Entre os expoentes da Igreja, são milhares de exemplos da mais nobre santidade e do mais alto quilate moral, contra pouquíssimos casos controversos. Mas o tal “espírito” faz questão de ignorar todo um imenso quadro de luzes e dar notoriedade à manchinha no canto da tela. Julga e condena baseado exclusivamente nas supostas falhas, que nem chega a citar, com a clara intenção de difamar e minar a confiança do povo em geral na Igreja, enquanto ignora toda uma maravilhosa história de dois mil anos de fé, heroísmo, caridade e luta pela justiça, revestida de grandiosos milagres, muitos comparáveis às maravilhas descritas na Bíblia (como os Milagres Eucarísticos, os Sinais de Fátima, as milhares de curas milagrosas clinicamente atestadas em Lourdes, e tantos outros), e a inestimável contribuição à construção da civilização ocidental.


6 – "O 'célebre livro de taxas', do tempo de Leão X, em que todos os preços de perdão para os crimes humanos estão estipulados.” (p. 61):

Neste ponto, o festival de barbaridades verbais torna-se cômico, malgrado ainda mais grave. "Célebre livro"?! Ora, o tal “espírito” deveria ter uma fonte de informação realmente muito privilegiada. Tão boa que sabe mais do que o próprio Leão X! Qualquer estudante ou pesquisador que disponha, por exemplo, da coletânea “Compêndio dos Símbolos, Definições e Declarações de Fé e Moral” (Denzinger e Hünermann, Paulinas & Loyola), que representa "a história da Santa Sé sem lacunas" e contém a totalidade dos documentos do Magistério com relação à fé e moral, com mais de 1.400 páginas, pode estudar a coleção dos documentos promulgados por Leão X e descobrir que não há ali absolutamente nada que faça referência ao tal “livro de taxas”.

Como todo caluniador da Igreja, o "espírito" acusa-a de crimes que muitas vezes nem sequer existiram ou daqueles que, se existiram, não foram cometidos por seus membros, como é o caso dos excessos ocorridos durante a baixa Idade Média pela população e pela nobreza, sem participação ou aprovação da Igreja, como já vimos por aqui. Acusar sem provas, difamar, mentir: estes seriam os hábitos de um “espírito de luz”?

Neste ponto abrimos parênteses para desmentir uma falsa informação amplamente difundida na internet, por páginas ateias, protestantes e espíritas: a existência de uma tal "taxa camarae", que teria sido promulgada em 1517[2]. Pois bem, os documentos de Leão X estão dispostos da seguinte maneira:

• Bula “Apostollici Regiminis” – 1513;
• Bula “Inter Multiplices” – 1515;
• Bula “Pastor Aeternus Gregem” – 1516 (esta inclusive determina a doutrina das indulgências conforme observada até os dias de hoje);
• Bula “Exsurge Domine” – 1520 (excomunhão de Martinho Lutero).

Demonstramos e comprovamos em definitivo, portanto, que não há nenhum documento da Igreja –, que tenha sido produzido por Leão X, em 1517, ou por qualquer outro papa, em qualquer outro ano –, que contenha as tais "taxas". Ainda assim, segundo "espírito" difamador, esse livro que não existe seria "célebre"...


7 - "...o dogma da Santíssima Trindade é uma adaptação ocidental da Trimurti da antiguidade oriental":

Esta é provavelmente a pior de todas as acusações. Antes de qualquer coisa é importante esclarecer que foi Allan Kardec quem adaptou e misturou doutrinas religiosas do oriente e do ocidente, numa “salada” sincrética absurda, para formular a sua doutrina, que ele chamou espiritismo; principalmente elementos do cristianismo com outros do hinduísmo.

Recordando que, segundo Nosso Senhor Jesus Cristo, o único pecado que não será perdoado é a blasfêmia contra o Espírito Santo, perguntamo-nos se Chico Xavier teria alguma noção sobre o que a doutrina da Igreja Católica ensina sobre a Santíssima Trindade e o que a doutrina hindu fala sobre a Trimurti, para chegar a proferir um desvario assim tão grande. Vejamos uma breve explicação:

A Doutrina sobre a Santíssima Trindade, segundo a fé católica, “consiste em venerar um só Deus (em Três Pessoas) na Trindade, e a Trindade na Unidade, sem confundir as Pessoas nem separar a Substância; pois uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas uma é a Divindade (...)”[3].

O Catecismo da Igreja Católica esclarece ainda que "os cristãos são batizados 'em Nome' do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e não 'nos nomes' destes três, pois só existe Um Deus, que é simultaneamente Pai Todo-Poderoso, seu Filho Único e o Espírito Santo: a Santíssima Trindade"[4]; e completa com a seguinte definição: "A Trindade é um Mistério de fé no sentido estrito, um dos 'Mistérios escondidos em Deus que não podem ser conhecidos se não forem revelados do alto'. Sem dúvida, Deus deixou vestígios de seu Ser trinitário em sua obra de Criação e em sua Revelação ao longo do Antigo Testamento. Mas a intimidade de seu Ser como Santíssima Trindade constitui um Mistério inacessível à pura razão e até mesmo à fé de Israel antes da Encarnação do Filho de Deus e da missão do Espírito Santo"[5].

A Visão hindu sobre a Trimurti é a seguinte: “O Sanatama Dharma, a teologia hinduísta, se fundamenta no culto aos avatares (manifestações corporais de um ente espiritual imortal), que muitos hinduístas reverenciam como deuses. Caso particular é o da Trimurti, trio divino composto pelos três maiores deuses: Brahma, o criador; Vishnu, o conservador, e Shiva, o destruidor. O culto direto aos membros da Trimurti, porém, é relativamente raro: em vez disso, costumam-se cultuar avatares mais específicos e mais próximos da realidade cultural e psicológica dos praticantes, como Krishna, Avatar de Vishnu”[6].

Basta um breve olhar para notar que são conceitos completamente diferentes, e que divergem fundamentalmente. Enquanto a Teologia cristã, que é monoteísta, define a Santíssima Trindade como um só Deus Todo-Poderoso que se manifesta à humanidade em Três Pessoas distintas, a Trimurti são três deuses separados, sendo cada um deles possuidor de atributos próprios: um cria, outro mantém e outro destrói a criação, e assim infinitamente num ciclo cósmico interminável.

Somente a imaginação de um desvairado lunático poderia conceber que os Papas tivessem plagiado os hindus para criar o “mito" da Santíssima Trindade. Mais inacreditável é a coragem para afirmar tal barbaridade mesmo com a disponibilidade das abundantes fontes primárias a respeito da mesma disciplina, tanto nas Sagradas Escrituras quanto em uma grande quantidade de documentos oficiais históricos do princípio da Igreja. Citaremos brevemente, abaixo, apenas alguns dos mais conhecidos e diretos.

Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”
(Mateus 28,19)

A Ele [Jesus Cristo] seja dada a glória, com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.”
(São Policarpo, Século I)[7]

O Espírito Santo, que é preexistente, que criou todas as coisas, Deus o fez habitar no corpo de carne que Ele quis. Pois bem. Esta carne em que o Espírito Santo habitou serviu bem ao Espírito, caminhando em santidade e pureza, sem macular absolutamente nada o mesmo Espírito. Como tinha, pois, levado uma conduta excelente e pura, e tomado parte em todo trabalho do Espírito e cooperado com Ele em todo negócio, portando-se sempre forte e valorosamente, Deus a tornou partícipe juntamente com o Espírito Santo. Com efeito, a conduta desta carne agradou a Deus, por não ter se maculado sobre a Terra enquanto teve consigo o Espírito Santo. Assim, pois, tomou por conselheiro a seu Filho e os anjos gloriosos para que esta carne, que tinha servido sem reprovação ao Espírito, alcançasse também algum lugar de repouso e não parecesse ter perdido a recompensa pelo seu serviço, porque toda a carne em que habitou o Espírito Santo, se encontrada pura e sem mancha, receberá sua recompensa.”
[Pastor de Hermas (séc. I/II),
5ª Parábola, 6,5-7] [8]

Este teve doze discípulos, os quais, após sua ascensão aos Céus, percorreram as províncias do Império e ensinaram a grandeza de Cristo, de modo que um deles percorreu aqui mesmo, pregando a doutrina da verdade, pois conhecem o Deus criador e artífice do universo em seu Filho Unigênito e no Espírito Santo, não adorando nenhum outro Deus além deste.”
[Aristides, Apologia 15,2 (séc. II)] [9]

Assim, pois, suficientemente resta demonstrado que não somos ateus, pois admitimos um só Deus Incriado e Eterno, e Invisível, Impassível, Incompreensível e Imenso … Quem, portanto, não se surpreenderá de ouvir chamar de ‘ateus’ aqueles que admitem um Deus Pai, um Deus Filho e um Espírito Santo, que demonstram seu poder na unidade e sua distinção na ordem?” 
(Atenágoras de Atenas, Súplica em Favor dos Cristãos, séc. II) [10]


Fica definitivamente demonstrado e comprovado que Chico Xavier ou o “espírito Emmanuel” mentem: a doutrina da Santíssima Trindade é fundamental para a sustentação de todo o Edifício de Fé do cristão desde os primórdios da Igreja.

* * *

Como vimos, as “revelações” do “espírito Emmanuel”, se examinadas a fundo, não passam de uma coleção de ridículas mentiras, maledicência, distorção e blasfêmia. Por outro lado, a pesada e contínua propaganda que a mídia promove a respeito de Chico Xavier anestesiou a mente de muitos brasileiros com relação à enxurrada de provas dos seus crimes e dos grosseiros erros contidos em seus escritos. É obrigação de todo aquele que conhece a Verdade propagá-la e combater o engano provocado pela mentira e pelo seu autor principal, que é o diabo.

Para os católicos, lembramos que é pecado a participação no espiritismo, pois já há tempos esclareceu a Igreja que a doutrina espírita é nociva para as almas, afastando o homem da salvação eterna e das bem-aventuranças do Céu. Quem tiver entendimento para entender, entenda.


_________
Notas e ref. bibliográfica:

1. Fontes dos dados sobre a Inquisição:

• L’INQUISIONI. Atas do Simpósio sobre a Inquisição, 1998.


• AQUINO, Felipe. Para entender a Inquisição. 1º ed. Cleofas. Lorena. 2009.


• PERNOUD, Régine. A Idade Média: Que não nos ensinaram. Ed. Agir, SP, 1964.

• ROPS. Henri-Daniel. A Igreja das Catedrais e das Cruzadas. Vol. III. Ed. Quadrante, São Paulo. 1993.

• DEVEVIER, W. A Historia da Inquisição, curso de apologética cristã. Melhoramentos, São Paulo, 1925.

• TOSSERI, Olivier. 'A Inquisição tinha poderes absolutos'. Falso!, revista História Viva, artigo disp. em:
www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/a_inquisicao_tinha_poderes_absolutos_falso_.html

Acesso 1/6/016

2. Um aspecto interessante dessas falsas histórias difundidas irresponsavelmente na internet: algumas referências chegam a citar os 'preços dos pecados' que a Igreja cobraria nesse período histórico em libras, a moeda corrente do Reino-Unido(?). Ocorre que a moeda utilizada no Vaticano não era a libra. Teria o mesmo 'espírito' inspirado algum inglês a falsificar a fábula das tais taxas? É imporante lembrar que a Igreja Católica foi sumariamente banida da Inglaterra até o século XIX, sendo extremamente hostilizados os católicos residentes ou mesmo visitantes, e até hoje enfrentamos restrições naquele país. Claro está que não se tratam de apenas erros e enganos, mas de pura má-fé, calúnia e desonestidade: flagrante crime doloso contra o qual a Igreja deveria tomar urgentes providências.

3. Santo Tomás de Aquino, Princípio do Símbolo Quicumque.

4. Catecismo da Igreja Católica, §233.

5. Idem, §237.

6. HAZEN, Walter. Inside Hinduism. Missouri: Milliken Pub., 2003.

7.  São Policarpo o declara em seu martírio, vide PADOVESE, Luigi. Introdução à Teologia Patrística - 2ª edição. São Paulo: Loyola, 2004.

8. LADARIA, Luis F. O Deus Vivo e Verdadeiro. São Paulo: Loyola, 2005, p. 139.

9. BUENO, Daniel Ruiz. Padres Apologetas Griegos. Madri: BAC, 1954, p. 130.

10. MORESCHINI, Claudio & NORELLI, Enrico. História da Literatura Cristã Antiga Grega e Latina. São Paulo: Loyola, 1996.
www.ofielcatolico.com.br

12 comentários:

  1. Simplesmente excelente o estudo, Henrique! Parabéns o site esta virando uma fonte de pesquisa cada vez melhor. Estou gostando muito dessa nova linha que vocs estão seguindo de uma coisa mais de pesquisa mesmo, de nos dar todos esses argumentos para pesquisar e saber enntender os assuntos mais difíceis. Parabéns a toda a equipe!
    Kohn

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  2. Realmente eles espíritas vivem pedindo respeito e falam essas barbaridades dos católicos. Sou calvinista e não comnhecia esse livro do Chico Xavier. Vou estudar mais os textos desse ótimo site, considero os católicos meus irmãos. Abç

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  3. Do que eu li esse é o melhor post sobre o espiritismo e ainda tirou as minhas dúvidas sobre a inquisiçao .

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    1. Não estou encontrando lugar para postar uma dúvida, peço licença para usar este comentário. O que há de verdade nos museus da inquisição que são mostrados pelo google?
      Agradeço a atenção.

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    2. Olá, Ana! Em primeiro lugar quero agradecer por confiar em nosso trabalho por aqui, que fazemos com muita dedicação e seriedade, e também com muito amor pelas almas que procuram a verdade "com fome e sede".

      Estou particularmente feliz por você ter feito esta pergunta, e até emocionado. É que sempre me emociona e me enche de temor a maneira como Deus usa de qualquer instrumento, até mesmo um instrumento tão cheio de falhas como eu, para transmitir a sua mensagem; para instruir e guiar aqueles que O procuram.

      Estou dizendo tudo isso porque eu vinha me programando, ainda antes de ontem e ontem, para postar um estudo exatamente sobre este tema aqui. Mas percebi que não será preciso: meus bons irmãos do apostolado "Apologistas Católicos" já o fizeram, e com extrema competência. Sabe aqueles instrumentos de tortura pavorosos que algumas pessoas irresponsáveis adoram postar no Facebook, dizendo que foram usados pela Inquisição? Bem, eles nem sequer existiam na época; a maioria deles foi elaborada por um artista e jamais foram utilizados para torturar ninguém em tempo algum.

      Por favor, leia o estudo completo acessando o endereço abaixo:

      http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/idade-media/inquisicao/864-o-mito-dos-instrumentos-de-tortura-atribuidos-a-inquisicao

      Mais uma vez, agradeço pela pergunta, a você e a nosso Deus amantíssimo, que é Bom e Providente.

      Apostolado Fiel Católico

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    3. Henrique, agradeço a valiosa resposta. Não conhecia o site citado. Se você colocar no google tortura+inquisição, Apologistas Católicos aparece em 16° lugar. Mais uma vez obrigada. Que Nosso Senhor continue abençoando este apostolado.

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  4. PARABÉNS PELA SANTA LUCIDEZ!!!! ESTE BLOG FAZ UM BEM ENORME. SEMPRE DO LADO DA VERDADE. MUITOS ANOS DE VIDA.
    MAESTRO URBANO MEDEIROS

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  5. Precisão cirúrgica nas excelentes colocações deste artigo. Parabéns!

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  6. Muito bem explicado o assunto que você postou e com fontes de pesquisas confiáveis para fundamentar os argumentos. Parabéns!

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  7. Peçamos ao nosso bom Deus que nos proteja e nos santifique.

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  8. Alguns links indicados no texto, a saber o do "veritatis splendor" e o link para denúncias não estão mais válidos. Pode atualizar, por favor.

    Parabenizo pelo excelente estudo e o seu compartilhamento, pois tem sido de grande utilidade para o meu aperfeiçoamento.

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    Respostas
    1. Artigo atualizado. Muito obrigado.

      A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo
      Apostolado Fiel Católico

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