O heroísmo dos mártires cristãos e as misérias dos nossos tempos


Fonte: Antonio Socci – Tradução: "Dominus Est"

É PRECISO OLHAR para o rosto daqueles 21 jovens cristãos que, na Líbia, por não renegarem a Cristo sofreram o martírio, e que antes de serem degolados pelo ISIS, – segundo a leitura labial que foi feita, – pronunciaram continuamente o nome de Jesus. Como os antigos mártires.

O vídeo pode ser visto aqui. Honestamente, não aconselho a ninguém a assisti-lo, mas espero que, a todos que o façam, que as imagens pavorosas lhes sirvam para fazer entender que não podemos mais ficar parados, que precisamos tirar, nem que seja na marra, a Igreja desta crise que parece interminável, deste 'catolicismo light' que tem medo de dizer a verdade e que eleva o respeito humano mais alto que a proclamação do Evangelho.


O Nome de Jesus

O bispo destes mártires disse: “Aquele Nome sussurrado no último instante foi como que o selo do seu martírio”. Os cristãos coptas são gente forte, temperada por quatorze séculos de perseguição islâmica. São herdeiros daquele Santo Atanásio de Alexandria que salvou a verdadeira fé católica da heresia ariana da maior parte dos bispos. São cristãos ousados, não uns imbecis como nós, católicos tíbios do Ocidente.

Eis aqui a verdadeira força: não é aquela dos que odeiam e matam os indefesos, até crianças, e crucifica quem tem uma fé diferente, violenta as mulheres, desfraldando a bandeira negra e escondendo o próprio rosto.

A verdadeira força é a dos indefesos que aceitam até mesmo o martírio para não renegarem a própria glória, isto é, a sua fé, para testemunharem a maravilha do “Belo Amor”, como diz uma antiga definição do Filho de Deus.

Um grande testemunho. Estes são os verdadeiros mártires: os cristãos. Não aqueles que massacram inocentes indefesos.

É esta a glória dos cristãos: seguir um Deus que salvou o mundo fazendo-se matar e não matando os outros, como fazem todos os déspotas, agitadores e ideólogos ou revolucionários deste mundo, que são aclamados nos livros de história.


A Lição

Uma grande lição para um Ocidente embriagado pelo “politicamente correto”, que, como um desastroso presidente da nação mais poderosa da Terra, Obama, se auto-impôs de nem sequer pronunciar a palavra “islã” e “muçulmanos” quando fala dos massacres destes meses, desde o Norte do Iraque até Paris e Líbia. Um Ocidente nihilista, que se envergonha de suas raízes cristãs e não perde nenhuma ocasião para as cobrir de desprezo.

É uma dolorosa lição, enfim, sobretudo para a Igreja. Para uma Igreja que não testemunha mais o fogo ardente da fé. Para a Igreja de Bergoglio que, enquanto existem homens e mulheres que dão a vida por Cristo, define como “uma solene besteira” o "proselitismo" da Igreja; para aquela Igreja de Bergoglio que, enquanto os cristãos são perseguidos e massacrados em todo o mundo muçulmano, faz um ato de adoração numa Mesquita, que parece se identificar com a ideologia obamaniana dominante, evitando cuidadosamente pronunciar a palavra “Islã”, a não ser para louvá-lo (por sua vez, o seu porta-voz em Buenos Aires atacou Bento XVI por causa de seu corretíssimo discurso em Ratisbona sobre o mesmo islã).

E sobretudo para um Papa que diz que a grande emergência atual da Igreja não é a fé, mas o meio-ambiente, e, depois, a acolhida aos novos tipos de "casal" e a Comunhão para os divorciados recasados. Parece com o filme de Benigni, onde se dizia que o verdadeiro, o grande problema de Palermo é… “o trânsito!”. É tanto assim que logo mais teremos a encíclica bergogliana sobre a ecologia e sobre as vantagens da coleta seletiva de lixo, ao invés de termos um grito de amor a Deus neste mundo sem fé e sem esperança. Teremos um apelo contra a erosão, ao invés da denúncia do ódio anticristão em todo o planeta (pelo resto, já sabemos que em sua Missa de entronização falou sobre o meio-ambiente, assim como no discurso à Expo, ao invés de falar de Cristo).

Esta nova Igreja comove os centros sociais, tipo Leoncavallo, mas não os cristãos que heroica e pacificamente lutam para testemunharem a salvação, sofrendo o desprezo e as acusações do mundo. Por que não se concede a púrpura, – sinal do martírio, – àqueles Bispos que, concreta e heroicamente, vivem com suas comunidades ameaçadas e verdadeiramente arriscam suas vidas junto com elas?


Salvar aqueles cristãos

Este é o caso do Bispo de Tripoli, D. Martinelli, o mesmo Bispo que, em 2011, quase sozinho (apenas com o apoio de Bento XVI), gritava todos os dias contra a guerra, explicando que se abriria a “Caixa de Pandora”, exatamente o que aconteceu depois. É uma tragédia pela qual devemos agradecer aos prêmios Nobel da Paz, Obama e Sarkozy.

E hoje, na Itália e no exterior, aqueles que aclamaram a guerra se fazem de desentendidos. Mas, enquanto nestes dias a Líbia corre o risco de se tornar uma base do ISIS, o Bispo Martinelli decidiu permanecer ali, expondo-se à morte: “Vi tantas cabeças cortadas, – conta, – e pensei que eu também poderia acabar assim. E se Deus quiser que meu fim seja ter a cabeça cortada, assim será (…). Poder dar testemunho é uma coisa preciosa. Eu agradeço ao Senhor que me permite fazê-lo, também com o martírio. Não sei até onde vai dar este caminho. Se me levar à morte, isso quer dizer que Deus quis assim… E eu não saio daqui. Eu não tenho medo!”.

Ele não quer abandonar a sua pequena comunidade, constituída por cerca de trezentos trabalhadores filipinos, que estão compreensivelmente aterrorizados. O Bispo é o único italiano que ficou em Trípoli, com alguns religiosos e religiosas não italianos.

Eu queria propor uma coisa ao Papa. O Vaticano, também com a ajuda do governo italiano, poderia pedir um auxílio humanitário, uma operação relâmpago de socorro aos cristãos que ficaram lá com o seu Bispo. São apenas trezentos, e arriscam suas vidas pela fé. O Vaticano poderia hospedá-los e, depois, eles decidiriam se é o caso de voltar às Filipinas. A coisa é possível. Por que não fazê-la? Esta é a minha oração ao Papa Bergoglio: que salve do massacre toda uma comunidade cristã e o seu pastor.

Esta seria, realmente, uma coisa digna da Santa Sé. Não esse clima de caça às bruxas e de apuração, que desde alguns dias circula no stablishment Vaticano, contra aqueles “grandes cardeais” (Ratzinger) que, fiéis à Igreja, ousaram se opor a Kasper no Sínodo de outubro.

“Quando abriu o quinto Selo, vi debaixo do Altar as almas dos homens imolados por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da Terra? Foi então dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que estavam com eles para ser mortos”. (Ap 6, 9-11)


O Mito da "Minoria Radical" Muçulmana
www.ofielcatolico.com.br

23 comentários:

  1. Graça e Paz!

    Achei no Facebook uma homenagem aos Cristãos mortos covardemente e gostaria de postá-la.
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    O mundo não vai parar pelos 21 cristãos assassinados... não haverá passeata de presidentes e multidões... mas deste vez eu digo:

    Je suis Milad,
    Je suis Abanub,
    Je suis Maged,
    Je suis Yusuf,
    Je suis Kirollos,
    Je suis Bishoy,
    Je suis Somaily,
    Je suis Malak,
    Je suis Tawadros,
    Je suis Girgis,
    Je suis Mina,
    Je suis Hany.
    Je suis Bishoy,
    Je suis Samuel,
    Je suis Worker,
    Je suis Ezat,
    Je suis Loqa,
    Je suis Gaber,
    Je suis Esam,
    Je suis Malak e
    Je suis Sameh_

    Via - Josemar Bessa


    Que Deus nos abençoe!

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  2. Daqui a algum tempo, só haverão 5 tipos de pessoas a influenciar o mundo, a saber:

    – Ateus; – Muçulmanos; – Comunistas; – Protestantes e – Gays.

    De católicos sobrará muito pouco, isto se sobrar alguma coisa.

    Anonimo Sidnei

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    1. Sidnei, Graça e Paz!

      Se os protestantes influenciarem o mundo, estaremos bem! Somos Cristãos e lutamos por muita coisa em comum. Já imaginou se sobrarem apenas ateus, comunistas, muçulmanos e gays? Além disso, nós, ditos protestantes históricos e tradicionais, estamos em número bem menor hoje. Fomos engolidos em número por outras correntes.

      Que Deus tenha misericórdia.

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  3. Será que precisaremos de mais quantos mártires para tirar a Igreja desta crise? A relativização dos dogmas, a época de horrores e a degeneração social de valores mostra tempos de insanidade mental coletiva. Rezemos para o crescimento do apostolado leigo e a santificação das famílias para vencermos como soldados de Cristo num exército da Paz e fazer cair por terra as estratégias do mal. Que o inimigo de Deus perca a força de seduzir a sociedade e que o ser humano viva para construir a salvação na vida eterna, civilizando as comunidades na cristandade. E que o Senhor se compadeça de nós cristão do mundo inteiro para evitar o banho de sangue.

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  4. Muito me entristeceu e desapontou a publicação desse artigo.

    São injustas essas críticas ao Santo Padre.

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    1. Concordo que devemos honrar o Santo Padre! Mas mesmo com um líder tão carismático o mundo teima em ignorar a Cristo.

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    2. Olá, Wagner,

      Quero dizer que compreendo e respeito o seu ponto de vista. Acho que está claro que eu não sou eu o autor do artigo (e na verdade fiz questão de omitir dele, justamente, alguns trechos muito ácidos sobre o Papa). Mas acho que se trata de um desabafo, que eu também compreendo e preciso respeitar.

      Este artigo, e outros semelhantes, estão sendo reproduzidos em diversos sites católicos mundo afora, e você precisa reconhecer que não são totalmente desprovidos de razão. Penso que este grito de lamento, este desabafo, mesmo duro de escutar (ou de ler), seja um mal necessário nos nossos tempos.

      Também me entristeço, mas vejo uma parcela grande e importante do povo católico atordoada, assustada e aflita por não ver palavras e ações objetivas, duras e concretas da parte do Papa com relação à violência extrema da qual estamos sendo vítimas.

      Ora, crianças estão vendo seus pais sendo barbaramente assassinados e suas mães estupradas e mortas, diante delas, e depois sofrem o mesmo destino, apenas por serem cristãs! Nossos irmãos estão sendo, literalmente, crucificados por confessarem o Nome do Cristo, e o Papa prepara uma encíclica sobre ecologia? O mesmo Papa que deixa de dar a benção pontifícia em "respeito" aos ateus, e pede perdão aos pentecostais em nome da Igreja (não estou criticando o Papa, apenas citando fatos).

      Muita gente gostaria de vê-lo empenhado na defesa da fé e da doutrina tanto quanto se empenha nas questões pastorais e humanitárias. Que se mostrasse tão preocupado com a salvação das almas e em defender os católicos fiéis quanto em promover o diálogo inter-religioso.

      Então, você há de convir que não podemos nos "decepcionar" com o assombro de muitos de nossos irmãos. Realmente sinto, do mais fundo do meu coração e alma, mas a minha consciência não me permite simplesmente silenciar.

      A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo

      Apostolado Fiel Católico

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    3. Olha, eu li com muita atenção e sinceramente nã o vi desrespeito ao santo padre. Entendi como o Henrique, um desabafo, porque a gente queria ver sim uma palavra mais forte do nosso líder máximo sobre tudo isso.
      Olha gente eu já estudei com muçulmanos e eles fazem questão de não ser muito amigos da gente não. Vendo esse video entendo porque. então acho que temos que ter cuidado sim com essa islamização que está acontecendo na europa e no mundo inteiro. Aqui em são Paulo mesmo eu nunca tinha visto islamicos, ultimamente tenho visto muitos. Estão se formando grandes grupos inclusive muitos brasileiros, que odeiam sempre a Igreja católica.
      Eu nunca desrespeitei a religião de ninguém e nem vou desrespeitar, mas somos desrespeitados direto, por isso recisamos ter muitoa prudência sobre isso.

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    4. Querido Henrique Sebastião, irmão em Cristo Jesus!

      Sinceramente, não vejo no post nada que desaponte ou entristeça. O que entristece mais é ver as negações a Jesus Cristo e a Sua Santa Igreja, por parte do Seu Pontífice reinante.

      Que os corredores, quartos e cômodos da casa de Marta que o diga.
      Um Papa que deixa de usar indumentárias sagradas e tradicionais da Religião a que faz parte, própria do cargo que ocupa, e passa a usar trajes budistas, hinduístas, etc. É um tanto lamentável. Só por que há época de padre e bispo era radicalmente contra ao magistério (Cúria Romana)?
      Sem falar das perseguições aos contrários às suas ideias.
      Nunca na historia da Igreja, um pontífice carece tanto das nossas orações.

      Rezemos, pois, pelo Papa Francisco!

      Seja Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!

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  5. Olá, Henrique.

    Sendo membro de um movimento juvenil chamado Treinamento de Liderança Cristã, temos como objetivo e meta a articulação entre os jovens de ensiná-los, antes de qualquer coisa, a amarem e respeitarem seus pastores, independente das posição que tomarem. Isso implica em ele atuando sob condições boas ou más porque são ungidos por Deus. São os escolhidos!

    Usamos esse ensinamento para levá-los a um verdadeiro aprofundamento na disciplina e obediência à Igreja de Cristo. Sabemos muito bem, e Dom Bosco nos apresenta sabiamente isso, que o grande mal da humanidade é a falta de obediência. Porém, também ensinamos a eles que não significa que devemos ser omissos a tudo e todas as algumas questões.

    Na medida do possível apresentamos a eles a questão da Objeção de Consciência diante das questões que possam ferir sua religiosidade e integridade moral. Constantemente falamos que isso também faz parte da vida do Cristão; que precisamos sim ser sinal de contradição no mundo em alguns pontos, mesmo estando na Igreja. Temos liberdade e nem o Criador nos quis como fantoches.

    Quanto às suas colocações, irmão, compreendo perfeitamente. O mundo precisa de corajosos que saibam denunciar. Disse, saibam denunciar. Se não existisse pessoas assim, talvez as coisas poderiam se complicar ainda mais. Nós somos Igreja é a injustiça com nossos irmãos martirizados também nos afeta. Fiquei e ainda estou chocado com tudo isso que nos explanou corajosamente. Sem palavras...

    Também não posso deixar de partilhar algumas negatividades quando se toma tal posição.

    Existem aqueles que passam superficialmente por essa ferramenta. Posso dizer com propriedade que um dia desses pedi a um amigo padre, que busca os mesmos princípios que nós, que observasse esse importante apostolado e por incrível que pareça viu um artigo fazia algumas críticas ao Santo Padre. Ele disse, José, como vamos combater o bom combate se nós mesmo não somos capazes de convivermos. Olhamos mais nossos defeitos "mesquinhos" - palavras dele, e não caminhamos para o olhar das coisas boas que fazemos. Infelizmente ele se deparou com uma questão que tratava sobre as ações e vestimentas do Santo Padre.

    Em contrapartida ele disse: Bento XVI, por exemplo, não gostava de usar a mesma casula mais de duas vezes. Se tivermos de olhar as ações, como ficam os outros. Todos foram ruins, sem frutos?

    Henrique, suas colocações são maravilhosas, e levam muitos a caminharem corretamente. Creio que as fazem com senso de justiça e com muita coragem de anunciar a Verdade. Irmão de fé e caminhada que nos tornamos, não poderia de partilhar esse olhar de um membro que admiro muito, assim como o admiro.

    Ele concluiu assim: Se realmente somos Fiéis Católicos, que sejamos na alegria e na dor; dando mais enfase na alegria que na dor. Infelizmente o mundo não está preparado para partilhar a dor e se realmente deseja ser luz na vida das pessoas, opte pela alegria, pelas coisas boas.
    As pessoas se sentem estigmatizadas e não gostam de ver ações que causam transtornos. Criam barreira constantemente.

    Afinal, Deus é bom e misericordioso e, se tratando da busca pela justiça nem sempre cabe a todos querer praticá-la. Tem de estar num nível muito bom de Santidade.
    Olhemos mais as coias boas e na hora certa as coisas ruins com quem entende...

    Fiquei balanceado com as palavras dele e gostaria que soubesse esse olhar que teve. Não sei se seria o correto, mais vindo de uma pessoa que tomo como exemplo de vida, assim como seu

    Será que o Santo Padre não está querendo ter a mesma posição de São Pio XII, quando na segunda guerra mundial? Sabemos que se ele se pronunciasse as coisas piorariam. Talvez, sem sabermos, ele já não esteja articulando algo? Veja, saiu em redes de comunicações que a Itália foi o primeiro que tomou partido no combate. Veio de Roma. Talvez? Não sei.

    Por enquanto, vamos rezando e clamando aos Céus o discernimento e a misericórdia.

    Abraço fraterno!

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    1. Olá, José Antônio,

      Antes de tudo, obrigado pela participação e pelo interesse.

      Vocês estão certos em estimular os jovens a amar e respeitar nossos pastores, em especial o Santo Padre, porque são ungidos de Deus. A obediência está no cerne de tudo aquilo que se pode chamar de cristianismo. São João Bosco falou profeticamente, e o fato de que a desobediência é o grande mal da humanidade vemos hoje, muito claramente: vivemos um tempo de questionamento absoluto, em que nada mais é sagrado, e os frutos são a prostituição, os vícios, a imoralidade e o desespero. Há um sentimento de vazio, de falta de propósito e de sentido que toma conta dos corações, e que piora quanto mais se questionam os valores sagrados da Igreja.

      Existem momentos, porém, em que precisamos buscar e compreender certas realidades a partir de nosso próprio juízo, por assim dizer, desde que de boa consciência diante de Deus e em Comunhão com o que ensina a Santa Mãe e Mestra Igreja, como diz o Catecismo:

      "Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo, mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e fazer o bem e a evitar o mal, no momento oportuno a voz desta lei ressoa no íntimo de seu coração. É uma lei inscrita por Deus no coração do homem. A consciência é o núcleo secretíssimo e o sacrário do homem, onde ele está sozinho com Deus e onde ressoa sua Voz." (§1776)

      Só gostaria, mais uma vez, de deixar muito claro que não estou "denunciando" o Papa. Não estou nem mesmo criticando. Estou apenas divulgando um texto o qual considero ter algum valor, e que representa o pensamento de muitos católicos atônitos diante de certas situações atuais.

      Claro que lidar publicamente com as palavras é tarefa inglória, delicada e que exige imensa responsabilidade; – tenho aprendido isso a cada dia. – Muitas vezes dizemos "A" e algumas pessoas entendem o alfabeto inteiro, por conta própria. Outros leem trechos isolados do que dizemos e rapidamente formulam juízos de valor baseados em interpretações irreais.

      Quanto ao revmo. padre seu amigo, pelo que você diz, faz-me pensar que infelizmente se enquadra nessa categoria. Como pode dizer que eu não olho as "coisas boas"? Que texto seria esse, que o deixou com essa impressão? Se você fizer uma pesquisa neste site com as palavras "Papa Francisco", vai ver que todas as postagens que aparecem tratam de divulgar as mensagens do Santo Padre ou elogiar suas boas ações.

      Lamentavelmente, hoje, a reação de muitos, diante de qualquer observação minimamente negativa a respeito de Francisco, é criticar Bento XVI! Ora, isto é o cúmulo da contradição! Dizem que não se pode dizer nada contra ações ou posturas de Francisco, porque é Papa, mas são rápidos em tentar defendê-lo apontando (supostos) defeitos em Bento XVI, que também foi (e ainda é) Papa!

      Ora, se Bento era zeloso nas questões litúrgicas e com os paramentos, é porque tinha profundíssima reverência pelas coisas santas; assim como o Santo Cura D'Ars, via a Igreja como Casa de Deus (que de fato é), e entendia que precisamos honrar Nosso Senhor na Sagrada Liturgia. Seria um erro? Muito mais errado é o grotesco descaso com que, cada vez mais, se tratam as coisas santas.

      Se devemos ser fiéis na alegria e na dor; dando mais enfase à alegria que à dor, então, com muita humildade, digo que estou cumprindo a minha missão, por Misericórdia de Deus, pois falo muito mais dos acertos do que de qualquer outra coisa.

      Mas não é possível ser católico sem dor, sem assumir a Cruz de Cristo, sem apontar os erros do mundo, sem proclamar claramente a Verdade, e isto é mais importante do que o respeito humano.

      Não se pode ser católico de verdade se não saímos de nossas zonas de conforto, e esta, aliás, é uma das tônicas da pregação do Papa atual.

      Sim, José Antônio, rezemos. Rezemos muito, e acreditemos na Divina Providência, que não nos desampara e nos deu o Papa Francisco.

      A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo

      Apostolado Fiel Católico

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    2. José Antonio, eu compartilho do mesmo pensamento seu, acredito que se o Papa Francisco fosse mais duro em seus pronunciamentos contro o ISIS, quem iriam sofrer seriam nosso irmãozinhos lá no oriente, e aí seriam capaz de culpar o Papa de ter sido imprudente e por Causa de sua imprudência, milhares de cristãos pagaram com a vida no Oriente Médio nas mãos destes assassinos. Se O Papa fala, criticam, se o Papa não fala, criticam da mesma forma, tal foi o Papa Pio XII tal é hoje o Papa Francisco. Porém o que mais me incomoda no Papa Francisco é esta aproximação com o pessoal da Teologia da Libertação e de grupos gays. O quem sou eu para julgar, se um gay procura a DEUS, parece entender que o Papa esta dando um sinal verde aos gays de que se eles forem a missa de manhã e a noite se deitarem com alguém do mesmo sexo, estará tudo bem perante a DEUS, e não devemos julgar estas pessoas, fora a recepção que teve a alguns dias atrás de um transexual e sua namorada em audiência privada dentro do Vaticano e nesta semana (dia 18/02/2015) em audiência pública, houve um grupo gay dos E.U.A que, segundos os jornais, tiveram um tratamento vip junto ao Papa (http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,gays-conseguem-tratamento-vip-com-o-papa-francisco,1636006) se bem que esta notícia para mim é um tanto dúbia, pois pelo que eu sei, nas audiências públicas no Vaticano todos são recebidos de igual modo, e ninguém recebe tratamento vip algum, tenho que para mim esta notícia é bem tendenciosa, porém, isto reflete o quem sou eu para julgar, o qual, grupos gays fazem refém o próprio Papa, fazendo parecer, que eles são tão importantes, que devem até receber tratamento vip na audiência pública junto ao Papa.

      Anonimo Sidnei.

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    3. Prezado Henrique, como sempre, muito bem e coerente em suas colocações. Você tem um discernimento maravilhoso e um diálogo fora do comum. Respondendo a sua pergunta, confesso que também gostaria de saber qual post meu amigo padre viu e que chamou sua atenção para o comentário que postei acima. De fato nunca o vi postando algo parecido; muito pelo contrário, sempre o acompanho e vejo muitas coisas boas sobre o atual governante da nossa Igreja. Talvez ele possa ter se deparado com alguns comentários sobre o Santo Padre que o levou a ter tal impressão. Em momento oportuno vou tentar descobrir.

      O fato é que tenho o mesmo pensamento que você quanto a imparcial reverência de Bento XVI para com nossa Igreja. Tenho tanta admiração por ele que meu segundo filho que em breve vai nascer o batizarei com o nome Bento. Senti que deveria ser assim após diversas orações que fiz diante do Santíssimo Sacramento. Senti não como uma resposta à sociedade católica, mas como um chamado do Senhor para essa vida que Ele nos possibilitou gerar. No começo eu e minha esposa pudemos ver o quanto somos superficiais em obediência e ingratos, principalmente com as verdades da nossa Igreja. Bastou definirmos o nome e partilhar com os irmãos da comunidade para as máscaras caírem. E olha que são pessoas querídissimas e de muita adimiração na comunidade.

      Compreendo perfeitamente suas colocações quanto ao bem-querer da nossa Igreja, irmão, e não quero desencorajá-lo. Muito pelo contrário, apenas quis partilhar uma colocação, um olhar de quem adimiro muito para que você possa ter um feedback. Saiba que através do seu apostolado muitos frutos tem surtido. Criamos o blog tlcamparo.blogspot.com.br, por exemplo e muitos da minha diocese tem acompanhado. Graças ao seu exemplo de fidelidade à Santa Igreja. Me encorajou e encorajei a tantos outros jovens. Tenho a impressão que não mudaremos o mundo, mas as pessoas que nos acompanhan terão a certeza daquilo que pensamos como Igreja, e aí está o nosso foco. Gostamos da Verdade e partilhamos a Verdade.

      Sei que esses comentários não se enquadram diante da mostruosidade que fizeram com nossos irmãos. Compreendo que não entram nem no contexto, mas acho oportuno partilhar isso aqui porque tenho certeza que muitos estão lendo esse nosso bate-papo.

      Quanto à Francisco, penso que deveríamos ver as fontes mais seguras e verdadeiras a seu respeito. A mídia secular só quer uma coisa da gente: Nosso fim! Eles querem assumir tudo silenciosamente e bem devagar. Vocês podem se expantar com o quie vou escrever, mas eles acabam sendo piores que os radicalistas acima porque usam da psicologia das pessoas, de pessoas de bem para convencer. Isso mesmo, eles não estão preocuopados em chocar a sociedade; eles querem "modificar nossos conceitos" como lobos em vestes de carneiros. Por isso repito, cuidemos para analsiar as fontes sobre o Santo Padre. Se queremos conhecê-lo temos de ler o que ele escreve. Penso que o caminho é mais seguro.

      Por fim, que Deus venha em nosso auxílio para conduzirmos mais pessoas à Verdade.
      Que a virgem Maria acompanhe você e seu apostolado.

      Paz e Bem!

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  6. E ainda dá nojo ao constatar isto:

    http://brasilsoberanoelivre.blogspot.com.br/2015/02/nossos-aliados-criaram-o-isis-afirma-ex.html

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  7. São José Patrono e Protetor da santa Igreja
    ROGAI POR NÓS

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  8. Não quero parecer um "profeta de internet", mas me arrisco a dar um palpite: se não estamos (ainda) no fim dos tempos, nunca estivemos tão próximos. O mundo moderno está cada vez mais paganizado e confuso: e pensar que a os defensores da "praga PC" (como diria o filósofo Luiz Felipe Pondé) bradam, com ares de sabedoria, "Religião da paz! Religião da paz!". Sim, existem muçulmanos pacíficos. Outra coisa bem diferente é reconhecer que os princípios religiosos contidos no Alcorão corroboram com a formação de muçulmanos pacíficos e tolerantes. Afinal, é muito estranho que tal tendência se observe de modo tão frequente e quase que enraizado no mundo islâmico... por quê? Deve existir alguma razão que vai além do simples fenômeno do fundamentalismo enquanto caso isolado e presente em todas as religiões.

    Henrique, apesar de sua (justa) recomendação, assisti o vídeo. Talvez soe um tanto estranho o que direi agora, mas mesmo diante de toda a barbárie deplorável destes homens que matam em nome de seu profeta, minha postura foi de admiração: ah, quem dera o Senhor me concedesse esta fé inabalável, esta serenidade, esta santidade transbordante... enquanto uns externalizam sua lenta morte espiritual por intermédio da violência e do terror, outros, através de sua morte (que, aos olhos do Pai, não foi em vão!), transbordam sua vivacidade espiritual, fundamentada no amor a Cristo.

    Rezo para que este clero decadente que hoje nos governa – com raras e heroicas exceções – possa despertar para a realidade que o cerca. O Papa não precisa convocar uma "cruzada", como li em alguns blogs e sites católicos, contra o Islã (isto sequer faria sentido, nem é concebível em nosso contexto histórico-cultural); mas precisa se engajar na conscientização destes fracos governos ocidentais, que além de assistirem a tudo isso de braços cruzados, nada fazem para impedir males ainda maiores no futuro.

    Rezemos também pela pequena nação vaticana, que caminha em meio à este turbulento oceano de incertezas que pairam sobre este Ocidente (ex) cristão.

    Deixo uma pergunta, e me sentiria honrado caso o sr. Henrique respondesse: até que ponto o ecumenismo é válido? Quer dizer, quais são os seus limites (sobre tudo nestas circunstâncias)?

    Que Deus vos abençoe.

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    1. Anônimo, bom seu comentário, pena que não deixou o nome, sem nenhum fatalismo eu também sinto o fim está chegando. Eu não sou conhecedor da histórai como o hHenrique mas acho que a Igreja nunca viveu um momento tão complicado c omo esse que nós estamos agora. o problema é que os próprios padres estão perdendo a fé, como é que fica? E aí ninguém gosta de criticar o papa nem eu mas ele fica sempre preocupado em agradar o mundo, falar a língua do mundo. E nós, a Igreja, que queremos ser guiados pelo nosso pastor visível, como é que ficamos??

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    2. Luis Antônio,

      Obrigado pelos elogios. É bom saber que a aflição que sinto é partilhada por muitos católicos. Você tem toda a razão quando expõe sua posição em relação às palavras ditas de modo tão inapropriado pelo Santo Padre; nós não o amamos menos por dizer a verdade.

      Ah, Luis, você me pergunta - justo a mim, um pobre ignorante quase que "recém-convertido" - "como é que ficamos". Pois bem, Luis, ficamos como os primeiros cristãos frente às injúrias e perseguições de seu tempo, em uma sociedade corrompida e cada vez menos desprovida de virtudes.

      Mas se Pedro não está tão próximo de nós quanto gostaríamos que estivesse, eis mais uma razão para buscarmos uma união cada vez mais íntima com Cristo: unamos nossas dores às dores de Crucificado. É isto que Ele espera de nós. E saibamos que todas as coisas concorrem para o bem das pessoas de fé, ainda que não compreendamos a ação divina em nossa história.

      Quanto ao meu nome, me chamo Orlando Alves, autor do recém-criado blog "Apostolado Anima Christi" (que logo trará algumas reflexões sobre a fé católica). Peço a permissão do senhor Henrique para deixar o link: http://apostoladoanimachristi.blogspot.com.br/

      Meu modesto blog está bem longe de grandes pretensões, e tenho "O Fiel Católico" como um magno modelo a ser seguido.

      Postei como "anônimo" porque não tenho conseguido comentar de outro modo.

      Pax.

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  9. Não sou católico praticante mas nasci em família católica e sempre respeitei a religião, mas eu ando assustado com o que a igreja está virando. Vocês sabem o pior de tudo? Essas cenas do vídeo chocaram o mundo só pq foram muito explicitas. Só que as pessoas já estão se acostumando com essas notícias.
    Tem muita gente até que defende essas coisas, dizem que é a cultura dos muçulmanos. A tendencia é piorar.
    Saudades do George W. Bush, que os pcs (politicamente corretos) tanto odiavam. Ele já teria dado um jeito faz tempo. Na verdade, nem teria deixado chegar onde chegou.
    Mas hoje em dia todo mundo prefere o bonitinho do Obama, sem contar que ele tem uma qualidade enorme: é negro. Agora, se vc é negro ou gay, todo mundo te defende até a morte, mesmo se vc for um bandido ou um babaca. Vamos indo pro buraco, humanidade, em ritmo acelerado.....
    PI

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  10. Devido ao avante do ecumenismo proposto pelo concílio Vaticano II, os papas predecessores não mais querem afrontar erros religiosos para não impedir o ecumenismo.
    É simples, se você fala de algum erro do outro, acaba o ecumenismo e voltamos a estaca zero.

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  11. Não consegui ver o vídeo... Pai do Céu, que vergonha para nós brasileiros!
    SOMOS A MAIOR NAÇÃO CATÒLICA DA TERRA! COMO NOSSA FÉ É PEQUENA, MORNA !

    Que NOSSA SENHORA APARECIDA nossa Mãe e Rainha, nos fortaleça.

    Vivemos os últimos dias e temos que ter a consiência, que Jesus virá como ladrão... peçamos a misericórdia de Deus para não nos afastarmos de Jesus e testemunhá - lo com a nossa vida!

    Amém !

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  12. Assustado com essa notícia:

    http://extra.globo.com/noticias/mundo/estado-islamico-divulga-video-de-execucao-de-200-criancas-sirias-18002471.html

    E triste pelo pouco caso da mídia nacional.

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  13. Na resposta do Henrique Sebastião ao Wagner, acima, merecem compartilhamento, não ataca o Papa Francisco, mas apresenta dados reais, sem partidarismo.
    Que as esquerdas representadas pelos comuno-marxistas, ateus e a midia globalista inimicíssimas de nosso saudoso, santo e super inteligente papa Bento XVI estão aclamando o papa Francisco é fato!
    As seguidas ameaças e ataques recorrentes à Igreja praticamente cessaram, como se passassem as nuvens tenebrosas de uma tempestade!
    Os cardeais apoiadores do relativismo estilo Kasper e similares - infiltrados a Igreja, da maçonaria? - no tempo do papa Bento XVI estavam presos a 7 chaves...
    Até o Boff & Ass. sairam do túmulo!
    Agora estão livres, soltos e desculpem os termos -vomitando heterodoxias, heresias umas atrás da outras!
    Outra: que notas sairam contundentes do Vaticano de apoio particular às minorias cristãs massacradas no O Medio e recebê-los prioritariamente na Europa?
    Só a Arabia Saudita tem mais de 3.000.000. de alojamentos prontos para receberem refugiados, porque não recebe os da Siria, Iraque etc?
    Mas receber só os muçulmanos e seria invadirem silenciosamente a Europa e chegariam até gritando Allahu Akhbar, pode?!
    Muy estraño, não achamos nós, HS?!

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