Sobre as 'Missas de cura e libertação' – o Magistério da Igreja tira as dúvidas

Não fosse pela arquitetura e pela presença do padre, não seria possível distinguir esta Missa de um culto protestante pentecostal

VOLTA E MEIA ALGUÉM nos pergunta "o que achamos" ou qual é o nosso parecer a respeito das celebrações das chamadas "Missas de cura e libertação". Entendemos por bem responder a essa questão que parece não querer calar e que representa a dúvida de muitos.

    Sobre esse assunto – que invariavelmente gera polêmicas desnecessárias – outros apostolados competentes já prestaram bons esclarecimentos, como é o caso do site nosso parceiro Aleteia. Este estudo, pois, contém trechos de um artigo publicado neste veículo pelo nosso irmão leigo Alex Teles, com excertos e complementos nossos, além de nossos próprios desenvolvimentos e considerações.

[Pedimos àqueles leitores que por acaso não gostem ou 'não concordem' com o exposto neste estudo que leiam até o final ou, se preferirem, que saltem para a última parte, onde apresentamos a simples e fácil solução para toda a polêmica envolvendo o assunto em questão]

    Em primeiríssimo lugar, é preciso saber que a ninguém deveria interessar a opinião do Henrique Sebastião ou de qualquer membro da nossa fraternidade, ou mesmo do nosso apostolado como um todo. A opinião de qualquer fiel católico, e mesmo a opinião particular de qualquer sacerdote, ou até a opinião do próprio Papa, não são mais importantes e nem superam a posição definida e oficial da Igreja Católica. No caso em questão, essa definição existe e é bem clara. Vejamos:

    No Missal romano há uma seção intitulada “Missas para diversas necessidades”, a qual pode ser utilizada para diversas finalidades particulares. Existem ainda as Missas especiais de Rogações, as Missas para as Quatro Têmporas e a Missa pelos enfermos. Todavia quanto a Missas "de cura e libertação" não existe absolutamente nada.

    O Magistério da Igreja jamais promulgou um próprio para alguma Missa do tipo "de cura e libertação", e o motivo, de fato, é bastante óbvio: dizer "Missa de cura e libertação" é um pleonasmo, isto é, uma redundância: é a mesma coisa que dizer "água de molhar" ou "sol de iluminar". A verdadeira Santa Missa, que é uma só, por sua própria natureza e essência, cura e liberta.

    De fato, não existem vários tipos de Missa. A Missa é uma só, ainda que possa ser celebrada em ritos diferentes: é a renovação do Sacrifício do Cristo pela nossa salvação, no Calvário, como diz o Catecismo:

O Sacrifício de Cristo e o Sacrifício da Eucaristia são um único Sacrifício: "É uma só e mesma vítima, é o mesmo que oferece agora pelo ministério dos sacerdotes, que se ofereceu a si mesmo então na cruz. Apenas a maneira de oferecer difere". "E porque neste divino sacrifício que se realiza na Missa, este mesmo Cristo, que se ofereceu a si mesmo uma vez de maneira cruenta no altar da cruz, está contido e é imolado de maneira incruenta, este sacrifício é verdadeiramente propiciatório".

(...) A santa Missa é o Sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, oferecido sobre os nossos Altares, debaixo das espécies de pão e de vinho, em memória do Sacrifício da Cruz. (...) É o Sacrifício da Missa o mesmo que o da Cruz? O Sacrifício da Missa é substancialmente o mesmo que o da Cruz, porque o mesmo Jesus Cristo, que se ofereceu sobre a Cruz, é que se oferece pelas mãos dos sacerdotes seus ministros, sobre os nossos Altares, mas quanto ao modo por que é oferecido, o Sacrifício da Missa difere do Sacrifício da Cruz, conservando todavia a relação mais íntima e essencial com ele.

Catecismo da Igreja Católica (§§1367. 1382) / Catecismo de São Pio X, qq. 652-653

O Catecismo Romano diz a mesma coisa com clareza e precisão ainda maiores para o que nos interessa neste estudo:

Dizemos , portanto, que o Sacrifício que se oferece na Missa e o Sacrifício oferecido na Cruz são e devem ser considerados como um único e mesmo Sacrifício. Da mesma forma, a Vítima é uma e a mesma, Cristo Senhor Nosso, que uma vez só Se imolou de modo cruento no Altar da Cruz.

(...) Nestes termos, é preciso ensinar, sem nenhuma hesitação, um ponto que também já foi exposto pelo Sagrado Sínodo. O Sacrossanto Sacrifício da Missa não é apenas um Sacrifício de louvor e ação de graças, ou uma simples comemoração do Sacrifício consumado na Cruz, mas é também um verdadeiro Sacrifício de propiciação, pelo qual Deus se toma brando e favorável a nosso respeito.

Por conseguinte , se imolarmos e oferecermos esta Vítima Sacratíssima com pureza de coração, fé ardente e profunda compunção de nossos pecados, podemos estar certos de que havemos de conseguir "do Senhor misericórdia e graça em tempo oportuno" (Hb 4,1 6).

Catecismo Romano n.s 74-77

É claríssima, portanto, a Doutrina neste sentido: a única santa Missa – a renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo – apenas por ser o que já é, e por excelência, a fonte de toda cura e libertação para nós, pecadores.

Portanto, dizer que um determinado tipo de celebração seja em algum sentido superior ou "mais abençoado" do que outro, ou que uma forma de se rezar a Missa seja espiritualmente "mais forte", "mais ungida" ou qualquer coisa semelhante, além de não ter nenhum sentido ou fundamento, ainda se configura em pecado contra a Igreja e contra Deus. É coisa que só diria alguém que ainda não se converteu, pois de fato ainda não conheceu a Igreja nem reconhece a Cristo como Ele é.

    Desgraçadamente, porém, nestes tempos tão complicados em que vivemos, essa verdade tão simples quanto inquestionável já não convence a muita gente. A muitos, parece ultrapassado pensar assim, uma vez que temos padres utilizando-se de argumentos "espertos" para dizer o contrário. Dizem que tal padre "celebra de uma forma diferente", que tal Missa é "mais dinâmica" ou "mais próxima do povo", e assim vão introduzindo novidades sem fim, invenções mirabolantes introduzidas "ao gosto do freguês" e que são temerárias, para dizer o mínimo, na medida em que confundem as mentes simples e, via de regra, desvirtuem a sacralidade da Celebração Eucarística.

    Para chegar a uma conclusão, é necessário definir as características básicas de uma Missa dita "de cura e libertação", para que possamos analisar com fundamento se a sua natureza condiz ou não com a Doutrina da Igreja:

    Através da simples observação, vemos que nessas Missas são introduzidos os seguintes elementos:

    • Orações especiais e novas, que não constam do Missal; preces geralmente espontâneas pela cura e libertação dos presentes;

    • Abundância de cantos, sempre emotivos e não litúrgicos, muitas vezes até profanos. Por vezes até as orações essenciais, como o Pai-Nosso, são cantadas, e a letra da música não corresponde exatamente à Oração do Senhor, mas contém diversas alterações/adaptações;

    • Homilias igualmente sentimentalistas, que buscam a emoção fácil, muitas vezes recheadas de conceitos de "autoajuda" estranhos à fé cristã e que destoam completamente da Liturgia da Palavra do dia em que se celebra. Não é raro que se apele a pregações típicas da herética "teologia da prosperidade" protestante;

    • Novas ações que não constam da ação litúrgica prevista, como por exemplo a exposição e procissão do Santíssimo Sacramento no Ostensório durante a própria Missa; uma infinidade de gestos alheios  às prescrições do Missal.



Orações especiais’ por cura e libertação

A autoridade perene e inequívoca do Santo Padre, o Papa, foi exercida por meio da Congregação para a Doutrina da Fé, na “Instrução sobre as orações para alcançar de Deus a cura” nos seguintes termos (atenção aos destaques):

    Art. 2 – As orações de cura têm a qualificação de litúrgicas, quando inseridas nos livros litúrgicos aprovados pela autoridade competente da Igreja; caso contrário, são orações não litúrgicas.

    Art. 3 – § 1. As orações de cura litúrgicas celebram-se segundo o rito prescrito e com as vestes sagradas indicadas no Ordo benedictionis infirmorum do Rituale Romanum.

    Logo, qualquer oração que não esteja inserida nos textos litúrgicos ou que não tenha sido devidamente aprovada pelo Bispo Diocesano, conforme o Cân. 838 do CDC, não são litúrgicas e não podem ser utilizadas na Missa. O povo católico pode e até deve rezar a Deus espontaneamente, mas não o padre durante a Missa. Da mesma forma, qualquer Missa que deseje rogar a Deus pela cura dos enfermos deve seguir a prescrição canônica em sua forma.

    Não são da Tradição cristã e católica e nem foram tratadas ou autorizadas por Roma em qualquer documento as orações por “libertação” durante a Missa, a não ser aquelas dos ritos próprios e os de exorcismo.

    Não é permitido inserir orações na Santa Missa alheias àquilo que ordena a Santa Sé. Ponto. Resta questionar, então, se ao menos as orações de exorcismo previstas poderiam ser utilizadas para o fim de libertação nas Missas. Sobre isso diz o mesmo documento:

    Art. 8 – § 1. O ministério do exorcismo deve ser exercido na estreita dependência do Bispo diocesano e, em conformidade com o can. 1172, com a Carta da Congregação para a Doutrina da Fé de 29 de Setembro de 1985(31) e com o Rituale Romanum(32).

    § 2. As orações de exorcismo contidas no Rituale Romanum devem manter-se distintas das celebrações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas.

    § 3. É absolutamente proibido inserir tais orações na celebração da Santa Missa, dos Sacramentos e da Liturgia das Horas.

    Mesmo assim, o Direito permite, no entanto:

    § 2. Durante as celebrações (...) é permitido inserir na Oração universal ou «dos fiéis» intenções especiais de oração pela cura dos doentes, quando esta for nelas prevista.

    Portanto, mesmo na Oração Universal, a oração pela cura dos enfermos só se faz quando for canonicamente prevista.


Dos cantos emotivos e não litúrgicos

É fato já bastante discutido, em inúmeros documentos oficiais da Igreja – alguns infalíveis – qual a natureza do canto litúrgico (em 'O Quirógrafo de São João Paulo II', na 'Tra le sollecitudini', no Documento da 48ª Assembleia Geral da CNBB, etc).

    Mais ainda, a “Instrução sobre as orações para alcançar de Deus a cura” também diz:

    Art. 9 – Os que presidem às celebrações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas, esforcem-se por manter na assembleia um clima de serena devoção, e atuem com a devida prudência, quando se verificarem curas entre os presentes. Terminada a celebração, poderão recolher, com simplicidade e precisão, os eventuais testemunhos e submeterão o fato à autoridade eclesiástica competente.

    Os padres não devem estimular os choramingos, as histerias, as manifestações ruidosas e os berros eufóricos. O clima da celebração deve manter-se o mesmo de toda celebração litúrgica, principalmente o da Eucaristia: silencioso, devocional, piedoso e amoroso, assim como já aconselhava o Apóstolo desde os tempos apostólicos: "Tudo, no culto a Deus, deve ser feito com ordem e decência" (1Cor 14,40).



Das homilias destoantes da Liturgia da Palavra do dia

O Papa Bento XVI decreta, na Sacramentum Caritatis (SC) e na Verbum Domini (VD), sobre a natureza das homilias:

    1) A sua «função [o seu fim] é favorecer uma compreensão e eficácia mais ampla da Palavra de Deus na vida dos fiéis» (SC n. 46 e VD n. 59).

    2) «A homilia constitui uma atualização da mensagem da Sagrada Escritura, de tal modo que os fiéis sejam levados a descobrir a presença e eficácia da Palavra de Deus no momento atual da sua vida» (VD n. 59).

    3) «Tenha-se presente a finalidade catequética e exortativa da homilia» (SC n. 46).

    A respeito do caráter exortativo, a VD menciona a conveniência de, mesmo nas breves homilias diárias, «oferecer reflexões apropriadas […], para ajudar os fiéis a acolherem e tornarem fecunda a Palavra escutada» (n. 59).

    4) Um ponto importante sobre o foco central da homilia: «Deve resultar claramente aos fiéis que aquilo que o pregador tem a peito é mostrar Cristo, que deve estar no centro de cada homilia» (VD n. 59).

    Portanto, não há lugar na homilética litúrgica para homilias como as que costumam figurar nestas Missas, e menos ainda para os padres-estrelas que aparecem mais do que o próprio Cristo.


Dos novos momentos na ação litúrgica

Não raro, os sacerdotes que se dispõem a esses verdadeiros "shows de auditório" na liturgia costumam introduzir momentos estranhos à ação litúrgica que se celebra. Segundas homilias, interrupções à oração eucarística, etc.

    Quanto a isso, a Instrução Geral do Missal Romano é também clara e direta (IGMR 46 à 90), indicando que a Santa Missa consta das seguintes partes:

    1) Ritos Iniciais (entrada, saudação, ato penitencial, Kyrie, Glória e oração coleta);

    2) Liturgia da Palavra (leituras bíblicas, salmo responsorial, aclamação ao Evangelho, proclamação do Evangelho, homilia, profissão de fé e oração universal);

    3) Liturgia Eucarística (preparação dos dons, oração sobre as oblatas, oração eucarística, rito da Comunhão, oração dominical, rito da paz, fração do Pão e Comunhão);

    4) Rito de Conclusão (notícias breves, saudação e bênção do sacerdote, despedida da assembleia, beijo no altar).

    Nem dentro nem fora desses momentos a liturgia aceita "inovações". Algumas celebrações, em especial as pontificais, possuem de fato momentos adicionais, estes, porém, estão especificamente descritos pela Santa Sé nos livros litúrgicos (Cerimonial dos Bispos, Pontifical Romano, Ritual de Bênçãos, etc) e se prestam à finalidade sacramental para a qual foram criados, em conformidade com a Doutrina e Tradição de sempre.


Da exposição ou procissão do Santíssimo Sacramento do Altar no ostensório durante a Missa

Sobre a exposição ou procissão do Santíssimo com o fim de se pedir graças especiais de curas ou favores particulares, a santa Igreja o considera ilegítimo, conforme o Documento do Cardeal Ratzinger já citado:

“[…]Também estas celebrações são legítimas, uma vez que se altere o seu significado autêntico. Por exemplo, não se deveria pôr em primeiro plano o desejo de alcançar a cura dos doentes, fazendo com que a exposição da Santíssima Eucaristia venha a perder a sua finalidade; esta, de fato, «leva a reconhecer nela a admirável presença de Cristo e convida à íntima união com Ele, união que atinge o auge na comunhão sacramental”».

    O auge da união com Cristo se atinge na Comunhão sacramental e esta é parte da Celebração Eucarística. É para Cristo dentro de si que o fiel católico deve olhar, é neste que deve meditar, é com este que deve manter e desfrutar um momento de santa intimidade que resulta na cura da alma, logo após recebê-lo sacramentalmente, e não para fora, uma vez que “dentro” Éle está mais próximo e íntimo do que “fora”. O rito de exposição do Santíssimo, portanto, não cabe na Santa Missa, salvos os casos pontificais presentes nos textos litúrgicos.


Dos gestos alheios às prescrições do Missal

A IGMR é clara:

    42. Os gestos e atitudes corporais, tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração brilhe pela beleza e nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se facilite a participação de todos[52]. Para isso deve atender-se ao que está definido pelas leis litúrgicas e pela tradição do Rito Romano, e ao que concorre para o bem comum espiritual do povo de Deus, mais do que à inclinação e arbítrio de cada um.

    A atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal de unidade dos membros da comunidade cristã reunidos para a sagrada Liturgia: exprime e favorece os sentimentos e a atitude interior dos presentes.

    Assim está demonstrado que, conforme a legítima Doutrina cristã e o ensinamento perene da Igreja de Cristo, não há e nem pode haver "Missa de cura e libertação", como em uma celebração que seja diferente da Missa desde sempre celebrada pela Igreja. Se alguém não é capaz de alcançar as graças de que verdadeiramente necessita mediante a assistência à santa Missa como sempre foi, é porque 1) ainda não atingiu a fé que se espera de um verdadeiro fiel católico ou 2) pela Vontade de Deus, que muitas vezes supera a nossa compreensão. Nesses casos, a paciência e a perseverança são as virtudes pelas quais se demonstra a fidelidade de cada um.


Então, o católico não pode rezar ‘fora da caixa’? (a solução é simples e fácil)

Sim, pode. Sabemos bem que, para muitos, o que apresentamos até aqui soa rígido, desprovido de caridade, legalista, farisaico. Sempre que alguém tenta explicar a invalidade dessas inovações na santa Missa, vê-se confrontado com testemunhos de pessoas que dizem ter alcançado a conversão e/ou grandes curas por meio dessas celebrações.

    É verdade que Deus conhece o coração de cada um, e o Espírito Santo cura, concede graças e "sopra onde quer" (Jo 3,8), até mesmo fora da Igreja; se assim não fosse, como poderiam os pagãos se converter? Não estamos aqui a julgar os corações e almas de ninguém, apenas apresentamos a posição da Igreja quanto ao assunto.

    Não é permitido ou não é possível rezar fora dos moldes, numa relação íntima e mais espontânea do fiel para com Deus? Sim, é permitido; sim, é aconselhável. Padre Pio conversava intimamente com seu anjo da guarda e com outros anjos, e tinha conversas amigáveis com a Virgem Maria e até mesmo com Nosso Senhor em Pessoa.

    O que dizemos – que é o que a Igreja diz – é que a Missa não é o lugar para essa espontaneidade e menos ainda para que os fiéis ou padres exerçam a sua criatividade nas orações, nos cantos e outras formas de exercer a fé. É bom que os irmãos troquem seus pios testemunhos, por exemplo. É bom que se relacionem, que rezem juntos espontaneamente, também uns pelos outros. É bom que se apoiem mutuamente: isso só fortalece a fé cristã, que é essencialmente comunitária. Por isso é que em nossas orações dizemos sempre "Pai nosso", e não "meu Pai"; e por isso dizemos "rogai por nós" e não "rogai por mim". Essa convivência fraterna – com a oração fraterna, comunitária, livre e espontânea – é mais do que salutar, é autêntica, desejável e deve ser estimulada... Fora da Missa.

    Este é o grande "segredo" e a grande solução para toda a polêmica que envolve o assunto aqui abordado. A coisa toda é muito simples e bem fácil de se resolver. O que é preciso é apenas conciliar o jeito de ser deste povo brasileiro, tão alegre, tão expansivo e tão dançante – características essas muitas vezes incompatíveis com a sacralidade da Celebração Eucarística – com o desejo de adorar e louvar a Deus com liberdade: isto pode-se alcançar com a organização de grupos de oração pelos próprios fiéis, que se reúnam em horários próprios, por exemplo antes ou depois da Missa. Nesse tipo de encontro, sim, pode-se dar vazão a toda essa energia e essa criatividade que sobram.

    Mas que não se confundam as coisas e que se compreenda que na Missa estamos diante de uma outra realidade, completamente diferente. Assim, tudo se resolve.


Fala Dom Armando Bucciol


3 comentários:

  1. Fantástico...a cada dia percebo mais sobre a grandeza da Missa....Salve Maria....Rogai por nós

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  2. D ARMANDO BUCCIOL TEM TODA RAZÃO!
    FORA COM AS CELEBRAÇÕES DAS SANTAS MISSAS BARULHENTAS, DISSIPANTES E DETURPANDO O CONTEÚDO MEDITATIVO E INTROSPECTIVO DELAS!
    Não compartilho com liturgias ruidosas pois passariam mais para exteriorismos, sentimentalismos; a introspecção e atenção aos necessários conteúdos das mensagens evangelísticas do dia, faltariam-lhes o devido respeito para com tão sublime ato do Sacrifício Incruento de Jesus na cruz; dessa forma, justificaria ser dispensável, deturpando o ato sublime litúrgico - afinal, não é um show de auditório com o apresentador no palco!

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  3. CNBB têm razão??? Sei...

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