Dom Athanasius Schneider sobre o caso Viganò


DOM ATHANASIUS SCHNEIDER O.R.C., o respeitado Bispo auxiliar de Astana, Cazaquistão, e Bispo titular de Celerina, Suíça, teceu reflexões públicas a respeito da carta também pública do cardeal Dom Carlo Maria Viganò (saiba mais) às quais foram publicadas em português pelo combativo apostolado "Fratres in Unun". Reproduzimos, abaixo, o resumo das suas declarações nos trechos mais importantes dos comentários de Sua Eminência. Segue.

É um fato raro e extremamente grave, na história da Igreja, que um bispo acuse pública e especificamente o Papa reinante. (...) Dom Viganò confirmou sua declaração por meio de um juramento sacro invocando o nome de Deus. Não há, portanto, motivo razoável e plausível para duvidar da veracidade do conteúdo do documento do Arcebispo Carlo Maria Viganò.

(...) Católicos por todo o mundo, simples fiéis, os “pequenos”, estão profundamente chocados e escandalizados com os graves casos recentemente divulgados, nos quais autoridades da Igreja acobertaram e protegeram clérigos que cometeram abusos sexuais contra menores e contra seus próprios subordinados. Tal situação histórica, que a Igreja vive em nossos dias, requer absoluta transparência em todos os níveis da hierarquia da Igreja, e, em primeiro lugar, evidentemente, do próprio Papa.

(...) É completamente insuficiente e nada convincente que as autoridades da Igreja continuem a formular apelos genéricos de tolerância zero em casos de abusos sexuais por parte de clérigos e pelo término de acobertamento desses casos. Igualmente insuficientes são os apelos estereotipados de perdão em nome das autoridades da Igreja. Esses apelos por tolerância zero e pedidos de perdão se tornarão críveis somente se as autoridades da Cúria Romana lançarem as cartas à mesa, dando nome e sobrenome de todos aqueles na Cúria Romana – independentemente de seu posto e título – que acobertaram os casos de abusos sexuais de menores e de subordinados.

(...) Não surpreenderia se a oligarquia da mídia mainstream internacional, que promove a homossexualidade e a depravação moral, começasse a denegrir a pessoa do Arcebispo Viganò e deixasse o núcleo do assunto de seu documento cair no esquecimento.

(...) Firmeza e transparência em constatar e confessar os males na vida da Igreja ajudarão a iniciar um eficiente processo de purificação e renovação espiritual e moral. Antes de condenar os outros, todo detentor de cargo eclesiástico na Igreja, independentemente do cargo e título, deve se questionar, na Presença de Deus, se ele mesmo acobertou, de alguma forma, abusos sexuais. Descobrindo-se culpado, deveria confessá-lo publicamente, pois a Palavra de Deus o admoesta: 'Não te envergonhes de reconhecer tua culpa' (Ecl. 4,26). Pois, como São Pedro, o primeiro Papa, escreveu: 'Chegou o tempo do juízo, a começar pela Casa (Igreja) de Deus' (1 Pedro 4,17).

+ Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Maria Santíssima em Astana

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Fonte:
Fratres in Unun, 'Exclusivo – Reflexões de Dom Athanasius Schneider sobre o caso Viganò', disp. em:
https://fratresinunum.com/2018/08/28/exclusivo-reflexoes-de-dom-athanasius-schneider-sobre-o-caso-vigano/
Acesso 28/8/2018
www.ofielcatolico.com.br

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