O mínimo que se precisa saber: mitos e verdades sobre o nosso momento político e social

Mais de um milhão de pessoas na Praça Tahrir do Cairo, Egito, manifestaram a sua vontade com determinação férrea, no início da "Primavera Árabe": uma onda de protestos e manifestações ocorridas no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às ruas para derrubar ditadores, numa das mais emblemáticas ações populares da História, que resultaram em transformações radicais nos rumos da política mundial. 



NESTE MOMENTO HISTÓRICO inquietante e que certamente resultará em mudanças realmente muito importantes para o nosso país, não há como se tratar de outro assunto que não seja o panorama político e social do Brasil. Observando as principais dúvidas levantadas em grupos católicos, tentamos reunir algumas informações, dentre as mais importantes do momento, para tentar esclarecer questões essenciais neste breve artigo em formato de perguntas e respostas simples.



Foi por muito pouco, mas ficou provado que a maioria dos brasileiros apoia Lula.


Isso não é verdade. Somados os votos de Bolsonaro, mais as abstenções e votos brancos e nulos, temos 95 milhões de votos de brasileiros que rejeitam Lula, contra os 60 milhões que o despenalizado obteve. Foi eleito, neste sentido, por uma minoria.


Temos que respeitar a lei e aceitar a decisão das urnas.


Isso seria uma verdade inquestionável se o processo eleitoral não tivesse sido diretamente influenciado por uma verdadeira militância do TSE, que por completo absurdo foi dirigido pelo maior inimigo público de um dos candidatos, com ações inconstitucionais e uma imensidade de interferências descabidas e completamente inaceitáveis. A campanha se fez debaixo de uma censura imposta à Imprensa muito pior que aquela do AI-5 do regime militar. A liberdade de expressão individual foi liquidada nas redes sociais. O TSE desviou para Lula, com desculpas de quinta categoria, tempo do horário eleitoral que pertencia legalmente a Bolsonaro. Houve trapaça direta, também – milhares de horas de mensagens devidas ao Presidente em rádios de diversos Estados simplesmente não foram levadas ao ar durante a campanha, e o TSE não fez nada: sua única providência foi ameaçar com processo criminal quem fez a queixa e demitir o funcionário que encaminhou a denúncia aos seus superiores.

    Ainda inventaram multas ditatoriais de R$150.000 por hora para quem não obedecesse aos seus decretos. O ex-ministro Marco Aurélio, até outro dia decano do STF, não teve permissão para dizer que Lula não foi absolvido de nada pela Justiça brasileira; o homem é um jurista e não pôde falar de uma questão puramente jurídica! Em outro momento extraordinário, Moraes proibiu que fossem mostrados vídeos em que ele próprio dizia que o PT fez um governo de ladrões. Proibiram uma foto em que Lula aparece com o boné usado por uma facção criminosa no Rio de Janeiro; tudo isso sem nenhuma justificativa e nenhuma outra razão a não ser proteger um candidato e prejudicar outro.

    Tudo isso sem contar a proibição da campanha do atual Presidente de veicular imagens do dia 7 de setembro, o veto à fala da Primeira Dama e muitas outras coisas semelhantes. Uma ministra, para coroar esse festival de aberrações e abusos sem precedentes, declarou em público que estava, muito a contragosto, violando a lei, mas só fazia isso de forma “excepcional”, porque tinham que impedir a todo custo a reeleição de Bolsonaro, e, com isso, salvar a “democracia”! Nunca nada parecido havia acontecido em nosso país até então. 

    Mais ainda, todos os canais e pequenos veículos de mídia que apoiam o Presidente vêm sendo impiedosamente perseguidos e fechados durante todo o seu mandato, sem nenhuma razão justa, sem que nenhum crime tivesse sido cometido, enquanto que aqueles que favorecem o seu adversário têm carta branca para agir como quiserem, inclusive divulgando mentiras. Veja-se, como exemplo, que uns podiam chamar um candidato de "genocida", o que é absurdo; já o outro lado não podia chamar o outro candidato de "ex-presidiário", algo que ele de fato é.

    Tudo isso sem citar a escandalosa impossibilidade de se fiscalizar os votos, com muitos indícios apresentados que colocam em cheque a lisura da contagem dos votos.

    Por fim, como se tanto ainda não bastasse, houve a atuação criminosa de institutos de pesquisa no primeiro turno, divulgando números claramente falsos que, sem dúvida, influenciaram no resultado das urnas. Por tudo isso, se um lado não respeita as regras e não é punido, na medida em que as próprias instâncias oficiais parecem protegê-lo ou no mínimo são omissas, mas agem sempre rápida e implacavelmente contra o outro lado, é descabido, desonesto e injusto querer submeter apenas o lado prejudicado à observância das mesmas regras.


A ideologia esquerdista venceu em nosso país.


Falso. Essa suposta vitória do PT não se deu por razões ideológicas. Uma grande quantidade de eleitores humildes e incultos, de regiões miseráveis e com pouco acesso à informação, votaram em razão do terrorismo que esse partido sempre faz em suas campanhas, espalhando mentiras para assustar essa população frágil e geralmente ingênua. Muitos outros votaram influenciados por padres apóstatas e uma maciça campanha promovida pela velha mídia, com jornalistas e "artistas" populares que foram incansáveis militantes da oposição, não só agora como desde a posse do Presidente atual, e assim conseguiram a façanha de, contra todos os fatos, pintá-lo no como um verdadeiro monstro intolerante que só faz disseminar o ódio.

    Acontece que essas mesmas pessoas, assim iludidas, em sua maioria não compactuam com as pautas revolucionárias anticristãs e antifamília do PT. O povo brasileiro é majoritariamente contra o aborto, a promoção da ideologia de gênero, a sexualização precoce de nossas crianças e a invasão de propriedade privada, só para citar alguns exemplos de ações promovidas por esse partido e seus aliados. Porém, boa parte desse mesmo povo, ingenuamente, acredita que Lula não tem nada a ver com tudo isso. Não foi, portanto, uma vitória da ideologia. O resultado se deu por medo e por ignorância, e como efeito da desonestidade dos grandes veículos da velha mídia e de todos os crimes e arbitrariedades aqui listados.


No fim, o poder emana do povo, e somente o povo pode reverter essa situação.


Fato. Não é o Presidente da República, não é o STF, nem o Congresso ou as Forças Armadas. O maior poder político que existe, aquele que realmente é capaz de tomar todas as decisões e que pode mudar efetivamente o curso da História, se assim o quiser, é o que emana do povo, uma verdade (deformada pela Revolução Francesa, mas que não deixa de ser verdade) estabelecida já no no artigo 1º da Constituição Federal vigente. E parece que estamos começando a descobrir isso agora.

    Uma mudança pode acontecer neste momento, a partir da decisão firme de uma maioria unida em torno de um ideal comum? Sem dúvida que sim. Claro, não é coisa fácil: exige determinação férrea e  disposição para o sacrifício em altos níveis. Mas, se o povo realmente o quiser, e se unir, e não desistir até o fim, se os pais de família se dispuserem a lutar até as últimas consequências, sim, tudo pode ser mudado.

    Todo político teme o povo e nenhum juiz deste mundo pode contrariar o povo realmente unido. Se multidões saírem às ruas e aí permanecerem, sem medo de enfrentar o que vier, nada poderá nos deter. Deixem que nos tirem à força, haverá alguém filmando tudo, e assim o mundo inteiro saberá o que está acontecendo aqui. Eles não podem mandar prender milhões de brasileiros pelo país afora, não há sequer estrutura física para isso.

    Estamos agora numa espécie de "braço de ferro" contra os inimigos da nação. Em algum ponto, um lado vai ter que ceder. Só depende de quem for mais persistente. E como este é um veículo católico, é preciso dizer: não é hora para somente rezar. Rezar é útil e necessário sempre, mas tem muita gente pedindo ajuda do Céu sem perceber que essa ajuda já nos foi dada. Deus nos colocou aqui, a cada um de nós, e nos deu saúde e discernimento para fazer o que é preciso.

    Deus – que é maior do que tudo e todos –, proteja-nos, a Virgem Santíssima nos guarde e mantenhamos o estandarte da Sagrada Cruz de Cristo à nossa frente. Amém.

4 comentários:

  1. Todo poder emana de Deus

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    1. Amém. E Nosso Senhor nunca ensinou a inércia. Deus mesmo nos pôs aqui, e deu a cada um de nós uma missão, com a obrigação de sermos fiéis a Ele nos momentos difíceis. Tenho certeza de que você entendeu o contexto do artigo.

      Fraternidade Laical São Próspero

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  2. O GOLPE DO JUDICIÁRIO (por Augusto Paiva)

    O ladrão voltou à cena do crime.
    Quereis que eu não me desanime?
    O golpe já foi dado, e assim:
    O ladrão se tornou candidato
    Graças ao petista Edson Fachin.
    O ficha suja foi relevado.

    O mix de Mussolini e Xerxes,
    Supremo que com os ânimos mexe,
    Por violar a Constituição,
    Ser autoritário e parcial,
    É, no direito, a mor aberração,
    Agindo num inquérito ilegal,

    Investigando e julgando
    --- promotor e juiz --- a mando
    De uma elite corruPTa.
    Mas não passa de um vil rábula.
    Há uma ruptura abrupta,
    Uma eleição cheia de mácula.

    O Tribunal eleitoral tem lado,
    Nem esconde, é escancarado!
    Promove a campanha de Lula,
    Dando mais tempo de propaganda,
    Enquanto as do Jair anula.
    Tempos iguais é que a lei demanda.

    Eis o Ministério da Verdade.
    Os editores da sociedade
    Também editam o passado.
    Eles ditam o que pode ser dito.
    Quem discorda é reeducado,
    Quem insiste em dizer é proscrito.

    A epidemia do cinismo
    Tomou conta do jornalismo.
    O Salvador da democracia
    Que admira seus ditadores...
    Até a mídia gringa noticia,
    Sem o traduttore traditore.

    Mas aqui a grande velha mídia
    Passa pano, age com perfídia.
    Odeia a liberdade d’expressão,
    Relativiza e pede censura.
    Porca, lucrou com a corrupção,
    Na seca, pede bilhões pra cultura.

    E insiste, mentindo em voga:
    ‘’Não há ditadura de toga.’’
    Este é o poder não eleito,
    Não deve satisfações a ninguém.
    Mas o povo perdeu o respeito
    E está perdendo o medo também.

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  3. Cabe um paralelo entre os eleitores do Lula e o povo de Israel no deserto. Murmurava de saudade das panelas de carne que se viam no Egito. Pessoas com alma de escravo, que preferiam viver como boi ou cavalo, apenas com a comida garantida, ao invés de encarar diante de Deus a responsabilidade advinda da liberdade que tinham recebido.

    A conquista da terra prometida era assustadora para aquela geração marcada pela falta de fé, tanto que não puderam entrar nela, a exceção dos que disseram: "Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor, e não temais o povo dessa terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o Senhor é conosco; não os temais" (Números 14:9).

    Qualquer semelhança com o que ocorre hoje não é mera coincidência. Estados pagãos no controle de pessoas espiritualmente preguiçosas mudaram apenas de forma. A essência permanece a mesma.

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