ALGUÉM QUE NÃO se identificou fez hoje uma pergunta ao nosso apostolado que entendemos por bem reproduzir aqui, na forma de post, seguida de nossa resposta, porque a questão colocada traz uma daquelas ideias equivocadas na qual, com certeza, muitas pessoas acreditam em nossos dias. Segue:
Li uma resposta que orientava quem fez a pergunta a pensar se a Bíblia era a única regra de fé e prática.
Bom...a meu ver, somente os escritos dos Apóstolos e a Torá e os escritos usados desde o tempos de Jesus são totalmente confiáveis. Tudo mais, para mim, pode ser fonte de pesquisa, mas nunca um livro sagrado, com inspiração divina.
Os homens santos de hoje devem seguir a Jesus e deixa- Lo ser engrandecido. "Que Ele cresça..."
Entendo que a lógica do seu pensamento até parece fazer sentido à primeira vista, querido(a) leitor(a), (poderia por favor deixar o seu nome na próxima vez?). Só não entendi ter colocado a Bíblia cristã e a Torá em pé de igualdade, já que segundo a primeira vivemos agora os tempos da Nova e Eterna Aliança, sendo que as coisas antigas já passaram (conf. 2 2Cor 5,17-18). Mas veja que essa mesma lógica remete a um círculo infinito que obriga a retornar ao mesmo ponto: veja, se as Sagradas Escrituras são a única fonte confiável, então somos obrigados a ser Igreja, porque a própria Escritura vai atestar que "a Igreja é a Casa do Deus vivo, e a coluna e o sustentáculo da Verdade" (conf. 1Tm 3,15). Outras traduções corretas dessa passagem trazem "é a coluna e o firmamento" ou "o sustentáculo" da Verdade. Veja que é a própria Bíblia a atestar que aquele que quer seguir a Cristo não pode se basear somente no que foi escrito, mas precisa aceitar a continuidade histórica desse mesmo Cristo no mundo, que está na Igreja!
Por isso é que essa Igreja fundada diretamente pelo próprio Cristo (conf. Mt 16,18) é chamada de "Corpo de Cristo" em várias e várias passagens (cf. Ef 1,22-23, 1Cor 12,12-13 e muitos outros). Por isso também é que Jesus Ressuscitado diz a Paulo, na estrada para Damasco: "Por que ME persegues?". Ora, Paulo perseguia a Igreja. Entende o sentido profundo disto? Jesus se identifica com a sua Igreja, Ele é a Igreja nesse sentido, a Igreja é a continuidade do próprio Cristo, no mundo e na História.
Por isso também o Senhor diz a Pedro, o primeiro Sumo Pontífice escolhido por Cristo mesmo: "Apascenta as minhas ovelhas" (cf. (Jo 21,15-17), e repete a ordem simbolicamente por três vezes. Por isso, ainda, Ele garantiu e prometeu que estaria com a sua Igreja até o fim dos tempos (conf. Mt 28,20).
Essa ideia herética de aceitar e crer somente no que está escrito, desprezando a atuação do Espírito Santo no povo de Deus, já era o pensamento dos fariseus hipócritas, e por isso Jesus disse a eles:
"Vós examinais as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna (...), mas não quereis vir a Mim, para terdes a vida" (cf. Jo 5,39).
Veja como Nosso Senhor deixa claro que não basta examinar a Bíblia, é preciso ir até Ele e segui-lo, e como fazer isso, senão como membro da Igreja que é o seu Corpo Místico? A Igreja que é a coluna e o fundamento da Verdade no mundo??
Pense um pouco nisso, pedindo orientação a Deus para encontrar a Verdade onde ela estiver, sem preconceitos. Estamos aqui rezando pela sua vida.
Henrique Sebastião
Fraternidade Laical São Próspero

Vou dá um exemplo: Elias e Enoque NÃO foram levados ao Céu!
ResponderExcluirO sujeito tem coragem de chegar num espaço desse que é feito por um teólogo jornalista e escritor católico de longa data pra "dá" um exemplo. Eita! arrogância não tem fim
ResponderExcluirE assim tem que ser também a nossa paciência, cara mia: sem fim. :)
ExcluirHenrique Sebastião
Fraternidade Laical São Próspero
"O sujeito tem coragem de chegar num espaço desse que é feito por um teólogo jornalista e escritor católico de longa data pra "dá" um exemplo. Eita! arrogância não tem fim."
ExcluirPrezado irmão em Cristo, Manu! "Este sujeito" pede perdão se o comentário te ofendeu. Não foi minha intenção. Mas permita-me fazer uma reflexão: A remissão do pecado original somente se dá pelo sacrifício do Cordeiro. Dizer que "estas duas figuras" tenham sido favorecidas pela remissão do pecado original, sem a morte do Cordeiro, é o mesmo dizer que Cristo não foi imprescindível! Não há dúvidas de que nasceram com o pecado original, à exceção da Virgem Santíssima, cujo ventre acolheu o Deus vivo. E esse pecado era impagável. Só após a morte do cordeiro a divida estaria paga. Também não esqueça que antes da sacrifício do cordeiro, ninguém subiu ao céu. (Jo 3:13)
Deus abençoe você!
A paz de Cristo,
ResponderExcluirMuitos não entendem, aliás, os seguidores de Lutero e Calvino não entendem que as Sagradas Escrituras (Bíblia vem do grego e significa, Livros. Sei que os católicos sabem disso, mas esse site é visitado por fieis de outras Religiões), vieram depois da Igreja, já que Jesus Cristo nada deixou escrito. Seus seguidores, uns mais próximos, como Mateus, Marcos e João, pois Lucas foi discípulo de Paulo; reuniram os ensinamentos de Jesus e colocaram em pergaminhos. Os Pais da Igreja canonizaram os Livros Sagrados e isso, quando muitos já seguiam Jesus. Sem Igreja, sem Bíblia, logo, ficar atento apenas no que está lá de forma radical, não é o correto. Fora o fato das traduções que podem ter algumas diferenças, como acontece com as Bíblias publicadas pelos Reformistas, por exemplo.
Enfim, não preciso colocar mais nada, o irmão Henrique Sebastião fez um ótimo texto, como sempre.
Mania que muitos tem de buscar pelo em ovo, chifre em cabeça de cavalo, não vão encontrar, nunca.
Salve Maria!
Abs.
Salve Maria!
ResponderExcluirVou dá minha opinião sobre o tema, mas adianto que sou um pecador e leigo.
A interpretação apresentada sobre Elias e Enoque, e a necessidade do sacrifício de Cristo para a remissão do pecado original, contém elementos de verdade, mas requer nuances para uma compreensão mais completa à luz da fé católica.
Concordo que a remissão do pecado original se dá primordialmente pelo sacrifício de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). A morte de Cristo na cruz é o ato redentor definitivo, que paga a dívida do pecado original e abre o caminho para a salvação. Afirmar o contrário seria negar a centralidade de Cristo na história da salvação. Antes da sua morte e ressurreição, o acesso à visão beatífica, à plena comunhão com Deus, estava vedado. João 3:13, ao afirmar que o único que subiu foi o que desceu, deve ser compreendido neste contexto.
Como diz o texto, a Bíblia não é a única fonte de revelação.
Mas para uma conclusão mais precisa, precisaríamos ver o que os pais da Igreja falaram sobre esse tema. Quem tiver poste aí por favor!
Abraços fraternos!
A Sola Scriptura é totalmente sem pé nem cabeça. Se esse princípio é de fato ortodoxo porque esse princípio não se encontra na bíblia de forma incontestável e clara? Porque Cristo não jogou nas mãos dos apóstolos uma bíblia já pronta e com o canon já definido. E dito que só precisariam seguir o que estava escrito e pedindo a iluminação do Espírito Santo para a legítima interpretação? Invés de ter mandado os apóstolos irem pelos quatro cantos do mundo evangelizando na base da oralidade e não da escrita. Tanto é verdade que nem todos os apóstolos deixaram escritos. A idéia de a bíblia como única regra de fé e praticar seria impraticável pois a maioria esmagadora da população eram de analfabetos. Em 2Pedro 3, 15 -17 São Pedro alerta contra as deturpações que já se faziam naquele época das cartas de Paulo e das demais escritura. Isso demonstra que a sagrada escritura não é de livre interpretação particular. A bíblia é infalível, logo se precisa de um intérprete infalível. E esse intérprete infalível é a igreja que é coluna e fundamento da VERDADE 1Timoteo 3, 15. Pelos frutos se conhece a árvore e os frutos da Sola Scriptura estão aí para todos verem. É um princípio totalmente sustentado pelo subjetivismo do homem.
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