A VIDA MORAL E espiritual do sacerdote relaciona-se de duas maneiras com o Corpo Místico de Cristo: 1) a sua santidade ajuda a santificar os fiéis; 2) a santidade da comunidade cristã, por sua vez, ajuda a santificá-lo[1].
Na Última Ceia, Nosso Senhor deu aos seus sacerdotes uma razão convincente para que fossem santos, colocando-se a Si mesmo como exemplo: “Eu me consagro a Mim mesmo por eles, para que também eles sejam consagrados por meio da verdade. Não é só por eles que Eu rezo; rezo por aqueles que encontrarão a fé em Mim, mediante as palavras deles” (Jo 17,19.20).
Santificou-se Ele não só para Si mesmo, mas também por eles. Eles, por sua vez, haviam de se santificar pela Igreja, Corpo de Cristo, e por todos os crentes futuros. A espiritualidade começa por cima, não por baixo. O espelho reflete a luz do sol, mas não a cria. A santidade é uma pirâmide: como suave bálsamo derramado sobre a cabeça, que escorre pelas faces; bálsamo que escorreu pelas barbas de Aarão e chegou até a orla de sua roupa (Sl 132,2).