Leão XIV ordenou a remoção da "arte do estupro" de Rupnik de todos os sites do Vaticano

AS IMAGENS FEITAS pelo ex-padre jesuíta Marko Rupnik, acusado de gravíssimos abusos sexuais, psicológicos e espirituais contra dezenas de vítimas, sobretudo mulheres religiosas, além da prática de rituais satânicos, foram finalmente removidas (jun/2025) dos sites oficiais do Vaticano, embora ainda sem uma explicação oficial.

    A remoção ocorreu quase um ano após o chefe do Dicastério para a Comunicação, Dr. Paolo Ruffini, defender a continuidade do uso das imagens, argumentando que apenas mantinham imagens preexistentes. As acusações contra Rupnik, expulso pelos jesuítas por desobediência, incluem estupro, sexo grupal e rituais (quase) satânicos(!), associados ao seu "processo criativo" ao longo de 30 anos(!!), especialmente em Roma. Muitas vítimas pertenciam a uma congregação que ele ajudou a fundar na Eslovênia.

    Papa Francisco protegeu Rupnik, segundo fontes do Vaticano, suspendendo sua excomunhão em 2020 (imposta por absolver um cúmplice de pecado sexual) e evitando processos contra ele, alegando prescrição. Suas obras, presentes em capelas e santuários em diversas partes do mundo, incluindo o Palácio Apostólico, foram chamadas de “arte do estupro” por vítimas e defensores, que exigiam a sua remoção. A advogada Laura Sgrò, representando várias vítimas, e Mirjam Kovacs, uma das acusadoras, consideraram a remoção das imagens um “sinal encorajador”, embora as vítimas continuem pedindo justiça.

    A mudança na política do Vaticano coincidiu com uma reunião entre o Papa Leão XIV, o Cardeal Sean O’Malley e a Comissão para a Proteção de Menores, sugerindo uma nova abordagem. Apesar de evidências robustas contra Rupnik, incluindo testemunhas confiáveis, o Vaticano ainda não o levou a julgamento, com fontes atribuindo a demora a Francisco. Anne Barrett Doyle, do portal Bishop Accountability, elogiou a remoção como um “pequeno passo positivo”, mas pediu a destituição de Rupnik do sacerdócio e sanções contra seus facilitadores.


    Observadores notam que a decisão reflete uma possível influência do Papa Leão XIV, que, como Cardeal Robert Prevost, atuara contra casos de abuso no Peru. O Vaticano não esclareceu quem ordenou a remoção ou o motivo, mas vítimas e defensores, como Antonia Sobocki da LOUDfence, veem a medida como um primeiro passo rumo à justiça restaurativa.


O Caso Rupnik


O caso que os investigadores haviam construído incluía inúmeras testemunhas "altamente confiáveis", como as descreveu um dos principais investigadores do Vaticano, o bispo Daniele Libanori. O acusado gozava de boa saúde e nada parecia impedir o seu direito de confrontar as testemunhas de acusação. Havia também um precedente para a revogação da proibição legal de acusação.

    Rupnik também foi secretamente investigado, julgado, condenado e excomungado pelo crime de "absolver um cúmplice de um pecado contra o Sexto Mandamento" — no caso, o crime que um padre comete quando ouve a confissão de uma pessoa com quem teve relações sexuais ilícitas — em 2020.

    Mas a excomunhão foi secretamente suspensa quase tão logo foi imposta — e somente o Papa Francisco tinha autoridade para fazê-lo na época. Francisco não suspendeu o prazo de prescrição que permitia que o caso Rupnik fosse investigado mesmo quando os jesuítas o expulsaram por desobediência, e parece ter sido forçado a mudar de posição em outubro de 2023, quando a Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores apresentou uma reclamação.

    Depois de dois anos, o Vaticano ainda não levou Rupnik a julgamento, com fontes internas do Vaticano culpando o Papa Francisco pela inação.

    “Esperemos que este seja apenas o começo”, disse Barrett Doyle. “Instamos o Papa Leão a ordenar uma conclusão rápida do caso canônico contra Rupnik”, disse ela, chamando a demora na justiça para Rupnik de “cruel e desnecessária”. “Rupnik deveria ser removido do sacerdócio”, disse ela ainda, “e o Papa deveria sancionar publicamente seus facilitadores na cúria, na diocese de Roma, nos jesuítas e na igreja eslovena”.

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Fonte:
"Pope Leo orders removal of Rupnik’s ‘rape art’ from Vatican websites", no Catholic Herald, disp. em:
https://thecatholicherald.com/pope-leo-orders-the-removal-of-rupniks-rape-art-from-vatican-websites/
Acesso 11/6/2025.

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