Padre não queria ser identificado como sacerdote católico após escândalos, mas recebeu uma mensagem clara dos Céus


EM UMA MENSAGEM no Facebook, um sacerdote admitiu que, diante dos escândalos de abusos sexuais envolvendo o clero, ele chegou a sentir vergonha de usar o clergyman ou "clesma" (o colarinho branco clerical, que identifica os padres quando não estão usando a batina). Uma triste situação, mas terminou vivendo uma magnífica experiência que lhe devolveu a paz.

Trata-se do Pe. Jonathan Slavinskas, nascido em 25 de junho de 1984 em Worcester, Massachusetts (EUA), e ordenado sacerdote em 2012. Atualmente, ele é pároco de St. Bernard's Catholic Church of Our Lady of Providence Parish, onde é atuante e muito querido, especialmente pela comunidade carente.

Em sua mensagem compartilhada nas redes sociais no último dia 19 (agosto/2018), o sacerdote contou que durante toda a semana "andou com o coração pesado" e "completamente aborrecido e frustrado depois da divulgação dos relatórios de abusos na Pensilvânia e da situação de McCarrick".

Recordou Slavinskas que, quando estava no ensino médio e depois, na faculdade, os escândalos ocorreram pela primeira vez no nordeste do seu país; deste modo ee era consciente da "sombra" que estaria sobre ele se decidisse tornar-se sacerdote. Entretanto, seguiu com o seu ministério confiando em Nosso Senhor.

A minha oração contínua foi pelas vítimas. Na medida em que seguem as notícias, o meu coração sofre mais. Agora, o clergyman representa algo totalmente oposto ao que deveria ser. Enquanto caminhava pelas ruas, questionava-me sobre quantas das pessoas que me viam se perguntavam: ‘Este será também um abusador sexual?'”, escreveu.

Disse ainda que, nos últimos dias, depois de passar da reitoria à paróquia, e enquanto distribuía materiais escolares a jovens carentes do bairro, alguém lhe disse: "Tire o clesma!". Entretanto, uma experiência que teve ao visitar um hospital lhe devolveu a esperança e o seu desejo de usar este símbolo do seu sacerdócio, novamente e com alegria. Conta o próprio paddre Slavinskas:

Hoje de manhã, eu não queria usar o clergyman. Eu estava envergonhado. Estava cansado. Estava com raiva, mas mesmo assim o usei. Depois, quando visitei os paroquianos doentes no hospital, passei perto de uma mulher que estava do lado de fora de um quarto. Enquanto eu continuava andando em direção ao elevador, ela se aproximou de mim por trás e me perguntou se eu era um sacerdote católico. Eu estava pronto para receber o golpe...
Mas quando me virei e disse 'sim?', a mulher me perguntou, com lágrimas nos olhos, se eu poderia ungir o seu irmão, que estava morrendo de câncer.

Em seguida, Pe. Slavinskas refletiu e disse a si mesmo que não importava o que pensara sobre o clergyman nos últimos dias, pois aquela mulher o viu como "um sinal de esperança e da Presença de Cristo".

Se eu tivesse decidisse não usá-lo, seu irmão não teria recebido a Sagrada Comunhão de que necessitava, e toda a sua família não teria experimentado o consolo", reconheceu o padre. Além disso, recordou que o clergyman não trata do que ele poderia sentir ou não, mas que se “refere a Jesus Cristo”, trata-se de "recordemos que não estamos viajando sozinhos neste mundo".

Certamente não sou digno de usá-lo, mas percebo que estou chamado a usá-lo, não por mim, mas pelo bem dos outros. Quando o coloco, devo pedir a Deus para que me converta em um sacerdote santo, uma ponte e não um obstáculo.

Depois desta experiência, Pe. Slavinskas começou a rezar todas as manhãs por "uma consciência mais profunda da grande responsabilidade e magnitude do que representam" essas peças que são parte da vestimenta de um sacerdote.

"Por favor, façam uma oração por mim", concluiu Pe. Slavinskas em seu depoimento.

Parabenizemos ao Padre Slavinskas, fiel católico, pela fidelidade e pela atitude de coragem! Aqui está sua página do Facebook.

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Com ACI Digital 'VIRAL: Sacerdote não queria usar clesma após escândalo de abusos e isso foi o que aconteceu'.
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3 comentários:

  1. A revista de vocês é simplesmentee linda! Estou muito feliz com os estudos sobree progredir espiritualmente!

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  2. De fato, fico pensando, como está sendo angustiante a vida dos padres dignos, que vivem santamente sua vocação destes últimos dias. Os padres são vistos nos dias de hoje, por muita gente, como gays e pervertidos pedófilos, de forma nada imparcial e generalizada. Se fosse padre, também, estaria apreensivo em me apresentar em público através de uma identificação que me revelasse que fosse um padre, iria usar toda a descrição possível para não ser taxado de gay e pedófilo.

    Sidnei.

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  3. Assim como os padres, nos leigos fiéis ao chamado de Deus sofremos tambem injúrias, calúnias, difamação e outros. Pagamos também uma culpa por termos leigos infiéis em nossos meios, teremos que ser forte e resistentes pois o tempo é mal.

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